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  • 7 de Março, 2014
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

“DEUS DÁ LIBERDADE AO SER HUMANO PARA FAZER O BEM OU O MAL”

Por

João Pedro Moura

1-      Esta é a enorme e fundamental falácia de todos os religionários…

Para a mente simplória e sumamente estúpida dos crédulos divinais, deus seria como que uma mera autoridade, dador benévolo de liberdade, para o bem e o mal, mas isento de responsabilidades, se a criatura se orientasse para o “mal”…

… Mas não pode ser!

2- E não pode ser, porque o tal deus não é, apenas, uma mera autoridade concessora de liberdades, mas, essencialmente, um criador, no dizer dos crédulos…

Ora, se é um criador, não pode ficar ilibado do mal, pois que “criou” pessoas maléficas, isto é, pessoas que se sentem impelidas para fazerem maldades. Pessoas que até podem, toda a vida, andarem certinhas sem fazer mal a ninguém, mas, um dia, cometeram um crime e uma maldade das grandes, para só falar das grandes…

3- Acresce que os crédulos do divino cometem um erro fundamental, também, de conceberem o tal deus como um ser antropomórfico que, supostamente, daria liberdades e que depois ignora o que se passaria no futuro, como qualquer ser humano concessor de liberdades aos outros…

…Mas deus não ignora e sabe sempre o que se passará no futuro… de resto, como se passou no passado…

… Porque deus é … deus… criador, governador e justiceiro, omnipotente, omnisciente e omnipresente…

4- Logo, deus, na medida em que criou um indivíduo que vai causar males, é responsável pela malevolência, pois sabe que tal indivíduo vai ser maléfico, porque assim deus o criou…

5- Portanto, se tanto pode haver “mal” como “bem”, para nada serve o culto a tal divindade…

6- Se deus deu liberdade às massas geológicas para elas se movimentarem devagarinho, sem causar estragos, ou rapidinho, causando mortes e destruições, para nada serve cultuar-se tal aberração… pois que esta é caprichosa… no bem e no mal…

7- Por isso, o raciocínio lógico do genial filósofo grego, Epicuro (341-270 a.C.), na questão divina, quando comentou um incêndio num templo, no seu tempo, é simplesmente devastador:

“O fogo chegou à casa do vosso Deus e consumiu-a. Pergunto-vos: por que razão não evitou esta calamidade, se realmente é justo e bom?

            Ou ele a quis evitar, mas não pôde; ou pôde e não quis; ou não quis nem pôde, ou, enfim, quis e pôde.

            Se quis e não pôde, é impotente; se pôde e não quis, é perverso; se não pôde nem quis, é  impotente e perverso; se pôde e quis, é monstruoso.

            Assim, para que prestais culto a semelhante divindade?”

Pergunto-me como é que os crédulos responderão a isto?…

Perfil de Autor

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- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa

- Sócio fundador da Associação República e laicidade;

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- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;

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- Colaborador do Jornal do Fundão;

- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»

- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:

- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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