O papa, o jejum e a paz
O Papa Francisco determinou aos crentes do seu Deus que no próximo sábado, dia 7 de setembro, se unam a ele num “dia de jejum e oração” e, como determina o proselitismo, convidou pessoas de todas as religiões para, sábado à noite, rezarem pela paz na Síria.
Não duvido do desejo de paz do papa, desejo que partilho. Dando por adquiridas as boas intenções, duvido dos meios e do deus do Papa. Que a paz só se conquiste com pedidos, deixa mal visto um deus que, podendo preservá-la, apenas a concede através de orações e jejuns ou, não podendo, fica mal o papa a pedir sacrifícios de utilidade duvidosa.
Há um módico de racionalidade que devia impedir quem está investido de autoridade moral de a delapidar com apelos que dificilmente darão melhores resultados do que um placebo. A guerra depende mais da decisão do Congresso americano e da vontade de Obama do que das orações pias e jejuns encomendados.
Alguém percebe o humor de um deus assim?
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
- Ponte Europa http://ponteeuropa.blogspot.com/
- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/
- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
http://www.blogger.com/profile/17078847174833183365
http://avenidadaliberdade.org/index.php?content=165