Da doutrinação religiosa infantil
A formatação intelectual de crianças na mais que questionável veracidade de determinadas crenças primitivas desconformes ao conhecimento hodierno, para além de desconexas da realidade cognoscível, e que acarretam uma carga emocional desproporcionada à sua capacidade cognitiva extremamente moldável, crenças essas fundamentadas numa fé utópica, vazia de racionalidade e razoabilidade, mesmo que façam parte do imaginário sociocultural vigente, deveria ser considerada como uma forma de abuso infantil.
As crianças não são dotadas de um sentido crítico desenvolvido e tendem a crer em tudo o que os seus formadores lhes ensinam, mimetizando e absorvendo conceitos e práticas independentemente da sua real significação.
As crenças religiosas ministradas na infância são, na maioria dos casos, uma forma encapotada de coação repressiva ao normal funcionamento do Eu; são como teclados de um computador aos quais se subtraíram as teclas “Escape” e “Delete”, condicionando e manipulando o normal funcionamento do todo.