Loading

Mês: Dezembro 2012

27 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) lamenta o encerramento do único diário ateísta, para além do DIÁRIO DE UNS ATEUS.
Pessoalmente, agradeço ao Ricardo Pinho o contributo que deu para a causa ateísta e o seu apelo a favor da Associação Ateísta Portuguesa.
Até breve, Ricardo Pinho. Tens o teu nome no Diário de uns Ateus e espaço para escreveres. Os ateus têm divergências e dúvidas. Bastam os crentes para terem certezas e cultivarem os dogmas.

Em 1999 fundei um sítio web para que se juntasse uma comunidade de ateus e agnósticos para a socialização, informação, e eventual criação duma associação ateísta. Em 2005 foi finalmente criada a primeira associação ateísta em Portugal.

 

Agora, sem recursos para manter uma comunidade e uma publicação neste endereço, encerro-o dignamente. Ateus e agnósticos que achem importante continuar a participar numa comunidade secular, são convidados a inscreverem-se na Associação Ateísta Portuguesa.

 

Quanto a nós, para já é um adeus.

 

@ricardo

27 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O POLICARPO E A VIRGINDADE

Por

ONOFRE VARELA

O Jornal de Notícias de 25 de Dezembro dá conta do discurso de Natal do cardeal José Policarpo. Trata-se do mais dogmático discurso de púlpito que um sacerdote pode dar aos seus fiéis reunidos em missa, sintonizados para aceitarem tudo quanto o padre deixe sair da boca, para uma clientela do falso, do dogma e da fé sem reservas. O cardeal-patriarca José Policarpo já me habituou a ver no seu discurso recados para mentecaptos.

Desta vez reafirmou a virgindade de Maria, sintonizado com o que o seu patrão B16 escreveu no livro “A infância de Jesus”, acabado de editar. Disse que “foi a entrega de todo o seu ser ao amor Deus”, o que permitiu a Maria gerar Cristo, e que a virgindade de Maria é uma verdade inequívoca da fé. E disse mais isto: que “o amor de Deus é
criador, pode fecundar e fazer germinar a vida”, sublinhando dois momentos cruciais da criação divina. O primeiro diz que “só a terra era virgem”, e o segundo afirma que a criação se dá quando “o amor criador fecunda uma mulher virgem”.

O homenzinho deve estar transtornado!… Tantos anos casto, sem experimentar o acto sexual com uma mulher de verdade, com amor carnal vero, com paixão e entrega, provocou-lhe estes “desarrincanços fornicais” que ninguém entende!…

Disse ainda que a virgindade de Maria serve de modelo à Igreja que aproveita a germinação no seu próprio seio, “o Filho de Deus feito Homem”. A Igreja toma a boleia e “gera todos os homens que se tornaram filhos de Deus”! E disse mais: que “a Igreja é continuamente fecundada pelo amor de Cristo, que a ama como um Esposo”(!!!).

Eu não sei que leituras anda a fazer o senhor José Policarpo, nem que medicamentos toma. Mas parece-me que a literatura mais aproximada do seu discurso será a revista “Heros” ou a “Playboy”!…

A notícia termina com uma referência aos ateus (ou não crentes), que, parece, são gente a preocupar cada vez mais as mentes dos cardeais. Evocou novamente o papa B16 para sublinhar que até os descrentes trazem inscrita a exigência daquilo que vale a pena e que permanece sempre. “Há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o
dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo”.

Quer ele dizer, na sua, que só a fé é o motor de busca das verdades. E que o descrente, não o sabendo em consciência, tem a centelha da fé com que Deus ilumina as mentes preocupadas com o sentido da verdade!

Ó senhor cardeal, olhe que não…

Bem sei que lhe dá jeito transferir para o seu credo as atitudes positivas dos não crentes, mas olhe que isso é desonestidade!… É apropriação ilícita da obra dos não crentes sem respeitar os direitos de autor, e insinuando que o autor, afinal, não é o não crente, mas
Deus! Seja crente, mas seja, também, intelectualmente honesto.

Os não crentes não recebem nada de Deus. E os crentes também não! Nem o senhor, por mais que afirme que sim! Nós só podemos colher os frutos das árvores que os dão… e não há árvore de onde germine o fruto-Deus. Esse fruto não existe e por isso ninguém o pode cultivar nem colher… mas pode-se colher (e bem) da fé dos crentes… mas isso já é outra conversa.

Na sua cabeça o senhor pode dar largas às suas fantasias e criar os frutos-deuses que quiser, e falar por eles. Na sua mente pode plantar um pomar de árvores que dão anjos, e também pode dizer que a Igreja é fecundada pelo amor de Cristo que a ama como um esposo… mas se teima nesse discurso não conte comigo para testemunhar a sua sanidade mental!

Já garanto a sua razão quando diz que o amor é criador. É sim senhor. Comprovo-o. Foi assim que eu e a minha mulher concebemos uma filha, e foi assim que ela nos deu dois netos. Mas olhe que essa tarefa nos obrigou a deitarmo-nos na cama, nus, e trocarmos fluidos corporais numa luta corpo-a-corpo com todo o prazer que esse acto, denominado
amor, nos arrancou com orgasmos! É assim que se faz filhos. Foi assim que os seus pais o fizeram, senhor cardeal, aceitando que o senhor foi concebido por uma relação normal, e não por uma violação criminosa.

E se acaso Jesus Cristo existiu realmente, e se foi parido por Maria, ela teve que se deitar com um homem e ser penetrada pelo pénis do companheiro.

O José ou outro qualquer… já que os católicos teimam em chamar pai adoptivo a José!…

26 de Dezembro, 2012 José Moreira

Reflexões (pouco) profundas

  1. Afinal, o mundo não acabou. Não houve Apocalipse, excepção feita a “Apoclypse Now”, não houve Armagedão, não apareceu o “Anticristo”, mais conhecido por 666, nada! Tudo sereninho, tudo tranquilinho. Os Maias enganaram-se. Mas não haveriam de ser os únicos. Um tal de Jesus Cristo, que até tinha obrigação de saber tudo, já que era só perguntar ao pai, e não me refiro ao carpinteiro mas sim ao outro, porque Jesus também chamava pai a outro, dizia eu que esse Jesus também se enganou. Então não é que, segundo inúmeras e idóneas testemunhas, Cristo anunciou urbi et orbi que não passaria aquela geração sem que o mundo terminasse? Depois dele vieram outros, e outros hão-se vir. Mas em verdade vos digo que nenhum de vós assistirá ao espectáculo, nem que pague bilhete.
  2. Por falar em 666: isso vem descrito no versículo 18. Ou seja: 6+6+6. Pronto, acabou-se o mistério.
  3. Bento 16 descobriu que o burro e a vaca não “estavam lá” quando o menino nasceu. Alguns ateus desataram a tratar o homem de senil, mas, afinal, ele revelou estar com uma estrutura intelectual capaz de fazer inveja a qualquer doente de Alzheimer. Porque a descoberta reveste-se da maior importância. Não sei para quê, mas é importante, de contrário o homem não teria perdido tempo com esses estudos. Agora, só lhe falta descobrir o que é que andavam os pastores a fazer àquela hora da noite, com os rebanhos, mas isso ficará, certamente, para outra ocasião.
  4. Também descobriu que, afinal, os reis magos não eram do Oriente e que, provavelmente, seriam oriundos de Al Andaluz, aka Andaluzia. Logo alguns ateus mal-intencionados desataram a berrar que Andaluzia não era no oriente, mas sim no ocidente.  E eu pergunto: onde é que foram buscar tal certeza? Vou dar-vos uma ajuda, homens de pouca fé: coloquem-se em Belém, virados para norte. à vossa direita ficará o quê?O oriente, claro. Muito bem, vê-se que aprenderam geografia. Agora, tracem uma linha imaginária nessa direcção. Sempre, sempre, sem parar. Sempre em direcção a oriente. Passem o Meridiano e sigam sempre. Verifiquem bem que, daí a pouco já estão a sobrevoar Andaluzia. Então, vieram do oriente, ou não?
  5. O que é o absoluto? Assim, de uma forma primária, o absoluto é o que não é relativo, e o senhor de La Palice deve andar às voltas no caixão. Se Deus existisse, seria absoluto. Ou seja, seria aquele, e mais nenhum. Vamos fazer de conta que existe, de contrário não valeria a pena estar a gastar kilobytes, que não são tão baratos como isso. Uma hipótese faz sempre jeito, embora a gente saiba que uma hipótese é uma coisa que a gente sabe perfeitamente que não é, mas que faz de conta que é, para ver como seria se fosse. Assim, por hipótese, Deus existe. Qual Deus? Ora, só há um: o oficial, o que nos é descrito na Bíblia. O que matou e mandou matar, o que sacaneou Adão e Eva, o que criou o mal, o que não explicou como foi que Caim encontrou uma cidade, quando não havia mais ninguém na Terra.  Existindo, esse deus é absoluto.  “Ah! Mas esse não é o meu conceito de deus” – alguém há-de berrar. Ai não? O absoluto é passível de conceitos?

Boas Festas.

26 de Dezembro, 2012 Luís Grave Rodrigues

Mitra

26 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Os fantasmas do único Estado totalitário da Europa – o Vaticano

Há temas, ditos fraturantes, que a ICAR gostaria de silenciar. O aborto, a eutanásia e o casamento de homossexuais são os que mais a crispam e apaixonam. E, no entanto, não podem ser ignorados nem perpetuamente adiadas as soluções legais.

A moral não é universal nem legitima a imposição de todas as normas e, muito menos, a punição pela sua transgressão. O divórcio, por exemplo, será um mal, mas não deve ser proibido e só a intolerância religiosa e a cumplicidade da ditadura o limitou e, na prática, impediu, até ao regresso à democracia. O adultério é decerto ruim e, no entanto, ninguém de são juízo se atreveria a propor uma punição legal, mas é bom lembrar que foi esse o crime que levou Camilo Castelo Branco ao cárcere.

Os que hoje ainda se opõem à descriminalização do aborto são os que, já depois do 25 de Abril, não aceitavam que o risco de vida da mãe, as malformações fetais e a violação fossem motivos legítimos para a interrupção voluntária da gravidez, como se a lei impusesse a obrigação e não, apenas, consagrasse a permissão.

O mesmo acabará por acontecer com a eutanásia, como já acontece com os casamentos dos homossexuais, cujo precedente existe em vários países europeus, apesar do terrorismo ideológico com que os adversários se opuseram. Convém repetir que são direito que se consagram e não obrigações que se impõem.

O que surpreende nos adversários das alterações legais liberalizadoras, ou da simples discussão, não são as opiniões que perfilham, é o ódio que nutrem pelas ideias que colidem com as suas.

Há pessoas para quem a liberdade religiosa se confunde com o direito ao proselitismo e a exigência de conversão dos réprobos. Não lhes passa pela cabeça que a conversão e a apostasia, a ortodoxia e a heterodoxia, a devoção e o agnosticismo, a beatice e o ateísmo são direitos que se inserem na liberdade religiosa que, até hoje, só a laicidade do Estado conseguiu tornar efetiva.

26 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O Vaticano e o discreto namoro com o nazismo

Os 70 anos da mensagem natalícia de Pio XII

Por eu 24/12/2012 às 00:59

http://www.youtube.com/watch?v=mJgj-XTGVaU
http://www.youtube.com/watch?v=Jr5Q5Volv88

http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=47351
IGREJA CATÓLICA ALEMÃ INDEMNIZA 594 ESCRAVOS DO NAZISMO 

http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=195190
IGREJA NA ALEMANHA RECONHECE QUE EXPLOROU CERCA DE 6000 DEPORTADOS DURANTE O NAZISMO
No Natal de 1942, Pio XII fez um discurso natalício na Rádio Vaticana em plena 2ª guerra mundial.

http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/speeches/1942/documents/hf_p-xii_spe_19421224_radiomessage-christmas_po.html

No discurso, Pio XII condenou claramente o comunismo (“a Igreja condenou os vários sistemas do socialismo marxista e condena-os ainda hoje como é seu dever e direito permanente de preservar os homens de correntes e influências que põem em risco a sua salvação eterna.”) , mas não condenou Hitler e nem os cúmplices dele: Mussolini, Franco*, Pétain**, padre Tiso***, Ante Pavelic****, Hideki Tojo***** etc. No máximo, Pio XII disse uma mensagem ambígua (“Este voto deve-o a humanidade às centenas de milhares de pessoas que sem culpa nenhuma da sua parte, às vezes só por motivos de nacionalidade ou raça, se vêem destinadas à morte ou a um extermínio progressivo.”), mas sem mencionar os agressores. A crítica explícita de Pio XII ao comunismo e a recusa de crítica ao nazismo(na mensagem natalina) se deu por causa de seu anticomunismo ferrenho. Pio XII considerava Hitler uma “ponta-de-lança” contra o comunismo(depois dos fiascos alemães em Stalingrado e Kursk, Pio XII certamente ficou desesperado).Quando a guerra acabou, o Vaticano, com a conivência de Pio XII, ajudaria Eichmann, Mengele. Pavelic**** e outros nazis a fugirem para a América do Sul (“Ratlines”).

*ditador espanhol, ajudou Hitler na guerra com a Divisão Azul.

** chefe do regime de Vichy (França); perseguiu judeus e a Resistência.

*** ditador eslovaco; perseguiu judeus, ciganos e opositores.

**** ditador croata, promoveu genocídio de sérvios, ciganos, judeus e opositores com a cumplicidade ativa do clero croata. Os crimes de Pavelic chocavam inclusive os nazistas.

***** premier japonês; o Japão cometeu muitas atrocidades em territórios ocupados (estupros; assassinatos em massa; “experiências científicas” horrendas, como amputação de membros e vivisecção). O Japão chegou a ocupar áreas com significativas populações católicas (Indochina, Timor Leste, Filipinas…) sem qualquer condenação de Pio XII.

Nota: Na época da mensagem natalina do Pio XII, a Alemanha estava perdendo em
Stalingrado (e pra piorar havia perdido em El-Alamein; os Aliados
desembarcaram no Marrocos e Argélia controlados por Pétain**)

25 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Convite da Associação Ateísta Portuguesa ao Sr. Patriarca Policarpo

O cardeal-patriarca de Lisboa convidou, esta segunda-feira, os “descrentes” com “inquietações no seu coração” a celebrar o Natal católico na expectativa de poderem encontrar “luz e paz” que lhes alivie o sofrimento.

Ignorava a anatomia das inquietações e, depois do Natal católico, cujo convite aceitei, senti mais peso no estômago do que inquietações no coração. Depois do bacalhau, do polvo e dos respetivos acompanhamentos, regados com excelente vinho que guardo para a liturgia dos momentos canónicos, esqueci as inquietações que o patriarca domicilia no coração.

Por um momento, ainda, recordei os sem-abrigo e as vítimas das guerras de que o deus do Sr. Cardeal é responsável (tudo é da vontade de Deus) mas a alegria das companhias com quem partilhei as vitualhas, com uma garrafa de vinho só para mim, afastaram as inquietações. Ninguém precisou de agradecer ao deus do Sr. Cardeal os alimentos, de debitar ave-marias ou fazer sinais cabalísticos. Limitámo-nos ao convívio familiar e a cultivar os afetos que nunca nos abandonam.

Não levo a mal que o Sr. Patriarca convide os descrentes a celebrar uma festa dos seus devotos, apenas me causa surpresa em quem consentiu que no dia 13 de maio de 2008 se fizesse uma peregrinação a Fátima «contra o ateísmo» e que, no mesmo ano, tenha considerado o ateísmo «a maior tragédia do nosso tempo», pelos vistos maior do que as guerras, as pandemias, a fome e as catástrofes que o seu deus é incapaz de evitar ou capaz de ser o responsável.

Mas, dado o convite que o Sr. Policarpo fez aos descrentes, entre os quais me conto, e ao facto de ter celebrado o Natal católico, sem missa, incenso ou água benta, aproveito para convidar o Sr. Cardeal para o almoço ateísta que todos os anos a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) leva a efeito.

Está desobrigado de levar a mitra, o báculo e o anelão. Basta levar os cigarros. O resto chegará à mesa sem rituais exotéricos e encontrará boa companhia. Há de ver que os ateus são mais divertidos do que as beatas que lhe confessam os pecados ou os padres que lhe ajeitam os paramentos.

25 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

QUEM FOI O AVÔ DE JESUS?

Por

João Pedro Moura

Mateus 1:1-17:
“1- Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.

2- Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos;

3- E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão;

4- E Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom;

5- E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé;

6- E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.

7- E Salomão gerou a Roboão; e Roboão gerou a Abias; e Abias gerou a Asa;

8- E Asa gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão gerou a Uzias;

9- E Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou a Acaz; e Acaz gerou a Ezequias;

10- E Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a Amom; e Amom gerou a Josias;

11- E Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para babilônia.

12- E, depois da deportação para a Babilónia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel;

13- E Zorobabel gerou a Abiúde; e Abiúde gerou a Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor;

14- E Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a Aquim; e Aquim gerou a Eliúde;

15- E Eliúde gerou a Eleázar; e Eleázar gerou a Matã; e Matã gerou a Jacó;

16- E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo.

17- De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilónia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilónia até Cristo, catorze gerações.”

Isto é, segundo Mateus, o avô paterno (o materno não conta para o registo bíblico…) da personagem bíblica Jesus foi… Jacob…

Vejamos agora a genealogia, segundo Lucas:

Lucas 3:23-38:

“23- E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli,

24- E Heli de Matã, e Matã de Levi, e Levi de Melqui, e Melqui de Janai, e Janai de José,

25- E José de Matatias, e Matatias de Amós, e Amós de Naum, e Naum de Esli, e Esli de Nagaí,

26- E Nagaí de Máate, e Máate de Matatias, e Matatias de Semei, e Semei de José, e José de Jodá,

27- E Jodá de Joanã, e Joanã de Resá, e Resá de Zorobabel, e Zorobabel de Salatiel, e Salatiel de Neri,

28- E Neri de Melqui, e Melqui de Adi, e Adi de Cosã, e Cosã de Elmadã, e Elmadã de Er,

29- E Er de Josué, e Josué de Eliézer, e Eliézer de Jorim, e Jorim de Matã, e Matã de Levi,

30- E Levi de Simeão, e Simeão de Judá, e Judá de José, e José de Jonã, e Jonã de Eliaquim,

31- E Eliaquim de Meleá, e Meleá de Mená, e Mená de Matatá, e Matatá de Natã, e Natã de Davi,

32- E Davi de Jessé, e Jessé de Obede, e Obede de Boaz, e Boaz de Salá, e Salá de Naassom,

33- E Naassom de Aminadabe, e Aminadabe de Arão, e Arão de Esrom, e Esrom de Parez, e Perez de Judá,

34- E Judá de Jacó, e Jacó de Isaque, e Isaque de Abraão, e Abraão de Terá, e Terá de Nacor,

35- E Nacor de Seruque, e Seruque de Ragaú, e Ragaú de Fáleque, e Fáleque de Éber, e Éber de Salá,

36- E Salá de Cainã, e Cainã de Arfaxade, e Arfaxade de Sem, e Sem de Noé, e Noé de Lameque,

37- E Lameque de Metusalém, e Metusalém de Enoque, e Enoque de Jarete, e Jarete de Maleleel, e Maleleel de Cainã,

38- E Cainã de Enos, e Enos de Sete, e Sete de Adão, e Adão de Deus.”
Segundo Lucas, o avô da personagem Jesus foi… Heli…

Isto é, dois evangelistas, Mateus e Lucas (que ninguém sabe quem foram…), que deveriam orientar o povo cristão na senda do … cristianismo, contradizem-se na genealogia desse deus de fancaria, num ponto fundamental: a origem do homem mais importante da humanidade, segundo os cristãos…
… Logo, duas proposições contraditórias anulam-se mutuamente. Pelo que, não há genealogia e, por isso, não há Jesus…

Mas, admitamos que há um Jesus na Bíblia…

Então, como é que esse deus, um deus, não consegue inspirar corretamente os escribas que traçaram a sua suposta genealogia???!!!

Mais e pior:

Como é possível traçar uma genealogia duma suposta criatura humana a partir do seu pai… putativo: José???!!!

Mais e pior ainda:

Adão conheceu Eva e ambos conceberam Caim e Abel. Então, como é que em Génesis, 4, 17, se diz: “Caim conheceu sua mulher, que concebeu e deu à luz Henoc…”???!!!
Donde é que veio essa mulher, se só existiam Adão, Eva, Abel, entretanto assassinado, e Caim???!!!???!!!
E em Génesis 5 aparece outra descendência de Adão, totalmente diferente, que teria vivido 930 anos e gerado um filho aos 130 !…

Alguém entende alguma coisa disto???!!!
Bem digo eu que a religião é a coisa mais estúpida do mundo e… arredores…!