O banqueiro Gotti Tedeschi suspeitava que algumas das contas cifradas abertas na Santa Sé ocultavam fundos ilícitos de empresários, políticos e chefes da Máfia.
Durante os últimos meses à frente do banco do Vaticano, o economista Ettore Gotti Tedeschi, de 67 anos, viveu temendo que algum dos homens fortes da Igreja, com ou sem barrete, dessem a ordem para matá-lo.
Na possibilidade de isso acontecer, construiu com paciência de filatelista um volumoso dossiê que a sua secretária teria de entregar depois da sua morte a dois amigos seus, um advogado e um jornalista, para que eles, por sua vez, o fizessem chegar a um terceiro amigo: o Papa.
Leia mais aqui:
BÍBLIA CRISTÃ – COMO FOI ORGANIZADA
A seleção dos evangelhos canónicos para serem incluídos na Bíblia cristã só foi feita no concílio de Niceia (325 d.C.) e ratificada no de Laodiceia (363), muito tempo depois de os mesmos terem sido redigidos.
Tal trabalho realizou-se com o clero cristão a obedecer à vontade férrea do Imperador Constantino e cumprindo a política por ele desejada para o Império Romano.
Os critérios, supostamente de inspiração divina, são indigentes, assim como os milagres que se afirma terem sucedido durante o seu estabelecimento.
O processo utilizado, para distinguir entre textos verdadeiros e falsos foi, segundo a tradição, o da «eleição milagrosa».
Foram apresentadas quatro versões diferentes para justificar a preferência pelos quatro livros canónicos escolhidos:
Depois de os bispos terem rezado muito, os quatro textos voaram por si sós e foram pousar-se sobre um altar;
Puseram todos os evangelhos em competição sobre um altare os apócrifos caíram ao chão, enquanto os canónicos não se mexeram;
Depois de escolhidos, os quatro foram colocados sobre o altar e foi pedido a Deus que se neles houvesse qualquer palavra falsa os fizesse cair ao chão, o que não sucedeu com nenhum deles;
O Espírito Santo, na forma de uma pomba, penetrou no recinto de Niceia e pousando no ombro de cada bispo sussurrou a cada um deles quais eram os evangelhos autênticos e quais os apócrifos. Esta última versão revelaria, além do mais, que uma boa parte dos bispos presentes no concílio eram surdos ou muito incrédulos, visto ter havido grande oposição àselecção – por voto maioritário, que não unânime – dos quatro textos canónicos actuais.
Santo Ireneu (c. 130 a 200) justificou a selecção dos livros canónicos do seguinte modo:
«o Evangelho é a coluna da Igreja, a Igreja está espalhada por toda a Terra, a Terra tem quatro direções, convém portanto que haja também quatro Evangelhos. … O Evangelho é o sopro ou relato divino da vida para os homens e, como há quatro ventos cardiais, é necessário que existam quatro Evangelhos… O Verbo criador do universo reina e brilha sobre os querubins, os querubins têm quatro formas, e é aqui que o Verbo nos obsequiou com quatro Evangelhos“. Esta explicação baseia-se no seguinte texto do Apocalipse: Depois disto vi quatro anjos que estavam de pé nos quatro ângulos da terra (na época julgava-se a terra plana e com quatro ângulos e não redonda), e retinham os seus quatro ventos para que não soprasse sobre a terra vento algum … (Ap 7, 1).
Como a autenticidade dos evangelhos canónicos não era unanimemente reconhecida pelos bispos cristãos, tendo sido preciso que a autoridade da Igreja a impusesse mediante uma votação maioritária num concílio, que autoridade pode ter uma Igreja que afirma basear a sua autoridade nuns evangelhos duvidosos que ela própria teve de avalizar quando nem ela nem os textos gozavam ainda de qualquer autoridade?
Para mais, os milagres e argumentação são de uma pobreza chocante e sem fundamento científico, embora de inspiração divina, que tudo sabe…
Extraído de Mentiras Fundamentais da Igreja Católica, de Pepe Rodíguez, 1997, 3ª Edição Portuguesa Terramar, 2007, páginas 68 e 69.
Nota: Texto enviado pelo leitor C. F.
Vaticano: Igreja está preocupada com apreensão de documento privado dirigido ao papa
Cúria Romana pede às autoridades italinas para respeitarem soberania da Santa Sé
A detenção do mordomo do papa deixou a descoberto uma guerra de poder no Vaticano. O cardeal Bertone enviou para o exílio alguns de seus colaboradores mais queridos. Bento 16 tenta obter uma trégua, mas a luta é encarniçada.
Por
Os países com o melhor padrão de vida estão-se tornando ateus. Essa mudança oferece um vislumbre do futuro do mundo.
O Ricardo Pinho não gosta do Diário Ateísta. Está no seu direito. Não pode é esperar que os outros partilhem o seu gosto pessoal.
Colaboro com o Ricardo Pinho há mais de dez anos. Primeiro, numa mailing list ateísta defunta, depois no site ateismo.net, e depois ainda no blogue Diário Ateísta. Ao longo desses anos foram-se juntando pessoas, organizando encontros e dando maior visibilidade ao ateísmo. A discussão sobre a medida certa de crítica religiosa, divulgação da ciência e defesa da laicidade nas atividades deste grupo é recorrente. E nunca terá final, compreensivelmente.
O que não entendo nem nunca entendi é que o Ricardo Pinho, não gostando do que os outros fazem, não faça ele mesmo. Nos quase nove anos que leva o Diário Ateísta, raramente escreveu. A despenalização da IVG interessou-lhe, é certo. Mas não me recordo que se tenha esforçado por escrever, sabiamente ou não, pelo menos uma vez por mês (ou por ano) sobre ateísmo.
Enfim. Não entendo também a importância que dá a quem tem o site registado em seu nome, ou porque é que finge não saber que este texto não é uma resenha. A vida continua, neste site ou noutro. Só me chateia verdadeiramente que escreva que eu não aprecio Bach ou os quadros do El Greco. Isso, é imperdoável. E já que estamos nisto, também aprecio uma boa sátira anti-religiosa. Chamar-lhe «ódio» é que é cómico.
Ettore Gotti Tedeschi, ex-presidente do Banco do Vaticano, investigado por suspeitas de lavagem de dinheiro, temia ser morto.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.