Relembramos os nossos sócios e amigos que devem confirmar a presença no almoço-convívio do 4.º aniversário até ao dia 21.
Para os sócios, o encontro é às 10.00h, para a Assembleia Geral.
No Peru, cardeal do Opus Dei não é bem visto pela opinião pública
Bispo fiel frente a uma onda progressista ou integralista mascarado que persegue todos aqueles que não estão de acordo com a “linha dura” da Igreja? O cardeal Cipriani, arcebispo de Lima, é objeto de muitas críticas neste período. Em particular, duas situações caracterizam negativamente a sua imagem no Peru.
O Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, cardeal Rino Fisichella, falou no “direito de Deus”, o contrapoder antidemocrático que gostaria de sobrepor ao sufrágio universal. No mesmo dia, o Papa aproveitou as felicitações hipócritas ao novo presidente francês para lhe solicitar «respeito pelas «tradições espirituais», uma afronta a um país sem mácula no respeito pela liberdade religiosa.
«A República [Francesa] assegura a liberdade de consciência » e «garante o livre exercício dos cultos» (Art.º 1) mas «não reconhece, não remunera nem subvenciona nenhum culto» (art.º 2 ) da lei de11 de Dezembro de 1905, texto que Pio X condenou e que os dois últimos pontífices se esforçaram por remover.
A França não esqueceu, na hora do voto, as piruetas de Sarkozy para atrair votos dos crentes, sobretudo dos católicos, tradicionalmente conservadores e certamente teve em conta os recados do Vaticano e do episcopado contra François Hollande.
Na última terça-feira, o novo presidente francês manifestou a sua intenção de reafirmar “em todas as circunstâncias” os “princípios intocáveis da laicidade” do país, comprometendo-se também na luta “contra o racismo, o antissemitismo e todas as discriminações”. Não fez mais do que reiterar o respeito pela lei e pelos compromissos assumidos durante a campanha.
A laicidade tem poupado a França às humilhações que os dignitários religiosos gostam de impor a quem tem legitimidade democrática e, desde 1905, tem sido um instrumento útil para defender a cidadania do comunitarismo e a liberdade da exótica vontade divina que, jamais, seja qual for a religião que a interprete, se conforma com as leis humanas.
A laicidade é a forma justa de tratar todas as convicções de igual forma e de combater a subversão que o proselitismo procura. Mais do que um direito, é uma necessidade para os Estados conterem o proselitismo de religiões concorrentes.
O Estado é incompetente para se pronunciar sobre assuntos da fé e não deve encarregar-se de promover a difusão de qualquer credo particular.
A França, no que diz respeito à laicidade, é um modelo que devia servir de exemplo aos outros países. Os franceses, vítimas do genocídio provocado pela cruzada contra os albigenses, têm na laicidade a arma que impede o Vaticano de impor a sua iconografia nas escolas, tribunais, repartições e outros edifícios públicos e, sobretudo, a coerência para se defenderem do fascismo islâmico fomentado nas madraças e mesquitas.
A laicidade é filha dileta da República. Viva a República.
Vaticano/França: Papa escreve ao novo presidente e pede respeito pelas «tradições espirituais»
Bento XVI felicita François Hollande e deseja que o seu mandato promova solidariedade e justiça
No discurso proferido na cerimónia de investidura, esta terça-feira, o novo presidente francês manifestou a sua intenção de reafirmar “em todas as circunstâncias” os “princípios intocáveis da laicidade” do país, comprometendo-se também na luta “contra o racismo, o antissemitismo e todas as discriminações”.
Contrariamente ao que tem sucedido noutros crimes, incluindo a proteção ao arcebispo Marcinkus no caso da falência fraudulenta do Banco Ambrosiano, desta vez o Vaticano imita os Estados de direito.
O porta-voz do Vaticano assegurou hoje a “plena colaboração” da Santa Sé com as investigações da justiça italiana relativamente a Enrico De Pedis, falecido líder da Mafia, cujos restos mortais foram identificados na basílica romana de Santo Apolinário.
Durante o campeonato europeu a Igreja católica pretende evangelizar as multidões de aficionados que aí se deslocarão convencida de que pode transformar claques furiosas em devotos inflamados.
Que queiram ser católicos é um direito, que pretendam converter outros é abuso mas se os quiserem obrigar, como a ICAR fez na evangelização, é um ato gratuito e que revela a sua própria intolerância.
Autoridades confirmam que mafioso está enterrado em igreja de papas
Autoridades italianas abriram hoje uma sepultura na Basílica de Santo Apolinário, em Roma, e confirmaram, através de um exame de impressões digitais, que nela estava enterrado o mafioso Enrico De Pedis.
Comentário: Cemitério interdito a mafiosos que não sejam papas.
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