O cardeal Rouco apresenta o plano para evangelizar Espanha
Os bispos espanhóis estão reunidos esta semana em assembleia plenária à procura da melhor maneira de evangelizar Espanha, convertida agora em terra de missão.
“Ele [Jesus] dá-nos hoje de novo a sua paz, abre o caminho para a vida e a bondade”, disse o Papa, após a oração do Regina Caeli, que durante o tempo litúrgico da Páscoa substitui o Angelus.
Comentário: A morte e a ressurreição, repetidas todos os anos, deixam de ser levadas a sério.
http://www.youtube.com/watch?v=81IkXat-qsk&feature=related
O Alfredo Dinis continua a insistir que o «Equívoco fundamental» do ateísmo é o «maior drama [de] estar estruturalmente impedido de […] erradicar a religião»(1). Isto não só confunde equívoco com drama e impedimento como demonstra que o Alfredo ainda não percebeu aquilo que tenta criticar. O Alfredo tem a sua crença de cristão no centro da sua vida e na origem dos seus valores. Não admira que julgue dramático que outros rejeitem as hipóteses de haver vida eterna, criação inteligente ou um ser omnipotente que nos ama a todos. Mas o meu ateísmo não tem nada de fundamental. É apenas um efeito colateral de dois factores: a minha opção de formar opiniões que se conformem às evidências e a preponderância de evidências mostrando que não há um propósito inteligente para o universo nem vida depois da morte. Eu rejeito estas crenças do Alfredo tal como rejeito a crença em Osiris, no professor Karamba ou na astrologia. Sem drama, impedimento ou sequer grande preocupação com o que os outros acreditam. O que oponho nestas coisas das religiões, astrologias, homeopatias e tretas afins é apenas o seu impacto social negativo. Esse gostaria de ver desaparecer, admito, mas a minha incapacidade de atingir esse objectivo não constitui, por si, qualquer equívoco.
Neste episódio da sua série de equívocos, o Alfredo foca a resposta de Lawrence Krauss à questão «Porque existe algo em vez de nada?». Segundo o Alfredo, Krauss equivoca-se por querer substituir a definição filosófica de “nada” como “não-ser” por uma definição científica. Infelizmente, o Alfredo não explica porque é que isto é um equívoco, invocando apenas que «Os neopositivistas do Círculo de Viena já tinham transformado a filosofia numa ‘serva da ciência’», um salto particularmente confuso. Mas, para explicar a confusão, vou começar com exemplo mais fácil. O tempo.
Antes de Einstein a filosofia já tinha tentado definir este termo, dividindo-se em vários campos mas concordando que o tempo, fosse ideia ou real, fosse relacional ou absoluto, definia uma ordem única para os acontecimentos. Se A ocorresse antes de B, julgavam os filósofos, A ocorria antes de B em qualquer referencial e para qualquer observador. Mas Einstein notou que este conceito de tempo não correspondia à realidade e substituiu a definição filosófica por uma definição operacional. O tempo é aquilo que for medido por processos regulares que possam servir de relógio. Pela teoria da relatividade, é possível que A ocorra antes de B num referencial, B ocorra antes de A noutro referencial e ocorram em simultâneo noutro ainda. Hoje sabemos que até a ordem pela qual acontecimentos ocorrem depende do referencial.
Isto não é neopositivismo nem faz da filosofia uma serva da ciência. Ao contrário do que julgavam os positivistas, não se pode separar completamente os dados das teorias. Só se pode obter dados tendo teorias com que os interpretar, e é preciso filosofia para criar teorias antes de ter dados. Só que, sem dados, não se consegue convergir para as teorias certas. Isso faz-se com ciência, usando dados para testar especulações, rever conceitos e adaptar teorias às evidências. Ou seja, a filosofia e a ciência são apenas fases do mesmo processo contínuo de compreensão da realidade. É preciso que a filosofia especule, pois sem especular não se consegue sequer começar, mas é igualmente necessário que a ciência vá corrigindo e afinando essas especulações, pois sem isso não se sai da confusão inicial.
É isto que estão a fazer com a noção de “nada”. As definições filosóficas deram sentido ao termo recorrendo apenas a outros termos e conceitos. Por exemplo, o nada como não-ser. É o melhor que se consegue sem dados concretos que se possa usar. Mas, agora, a física pode dar uma definição operacional de “nada” que encaixa melhor com os dados que temos. É essa a definição que Krauss defende, e que parece ter escapado ao Alfredo: «o nada que normalmente chamamos espaço vazio. Ou seja, se tomar uma região de espaço e me livrar de tudo o que lá estiver – poeira, gás, pessoas e até radiação que passe por lá, absolutamente tudo de dentro dessa região…»(2). E o que sabemos agora mostra que desse nada pode, espontaneamente, surgir um universo. Já não precisamos de explicar porque há algo em vez de nada como faz a teologia, definindo “nada” como um não-ser vazio de tudo excepto um deus omnipotente desejoso de criar um universo. O mecanismo é bem mais simples. Basta o nada. Não o nada teológico ou filosófico, mas o nada real da física.
Queixa-se também o Alfredo de que Krauss «decidiu transformar as questões que começam por ‘Porquê?’ por questões que começam sempre por ‘Como?’ […] Como se um sociólogo pudesse proceder ao estudo sociológico do suicídio estudando simplesmente os diversos modos como as pessoas se suicidam.» Esta analogia é errada porque, por definição, o suicídio é um acto intencional. Obviamente, nesse caso não podemos excluir a motivação que levou o falecido a terminar a sua vida deliberadamente. Mas seria um erro do sociólogo estudar todas as mortes assumindo sempre haver motivação e intenção inteligente. Acidentes, doenças, velhice, tudo isso pode levar à morte por um “como” sem qualquer “porquê”, neste sentido de intenção e propósito. Enquanto que “Como?” é sempre uma pergunta válida, cuja resposta atenta e fundamentada pode, se for caso disso, suscitar um “Porquê?”, é um erro começar pelo “Porquê?” antes de perguntar “Como?”, porque essa pergunta assume logo à partida haver propósito e inteligência. No caso da origem do universo, essa premissa é mera especulação sem fundamento e é um equívoco começar por aí quando a melhor resposta ao “Como?” não indica qualquer “Porquê”.
1- Alfredo Dinis, Grandes equívocos do ateísmo contemporâneo
2- Lawrence Krauss, A Universe from Nothing.
Em simultâneo no Que Treta!
A bom ritmo, como não podia deixar de ser, promove-se o obscurantismo. Desta vez, são os “rituais de magia negra”. Naturalmente, no chamado “Portugal profundo”, desta vez com uma parceria “bruxo-autarca”.
Em pleno Século XXI.
Há algumas peculiaridades comuns a todos os movimentos fanáticos de massas, sejam religiosos ou outros. Não digo que sejam idênticos, mas sim que comungam similitudes. Todos os movimentos religiosos por muito diferentes que sejam as suas doutrinas, despertam nos seus aderentes o mesmo tipo de mentalidade. Seja qual for a doutrina que advogam ou o programa que defendem, todos fomentam o fanatismo, entusiasmo, esperança fervorosa, ódio, intolerância, e o mais importante: – todos exigem uma fé cega e uma obediência unívoca.
Há uma uniformidade de actuação nos que manipulam as massas através da fé na busca do poder. Embora haja diferenças óbvias entre o Cristão, o Maumetano, o Comunista ou o Nazi, a verdade é que o fanatismo que os move pode ser encarado como um só. Ou seja, por mais díspares que se apresentem as causas sagradas pelas quais as pessoas estão dispostas a “dar a vida”, parece-me que o leitmotiv se mantém. O mesmo se verifica na motivação que os impele para a expansão e dominação global. Há diferenças no conteúdo das causas sagradas e das doutrinas, mas existe uniformidade nos factores que as tornam eficazes. Aquele que como Pascal, encontrou razões exactas para a eficácia da doutrina cristã também as encontrou para a eficácia da doutrina comunista, nazi e nacionalista.
O sentimento de frustração é um dos primeiros motivos que leva o crente a aderir a um qualquer movimento de massas, e geralmente adere de livre vontade. Parte-se do princípio que:
1º) A frustração, sem estímulos de proselitismo exteriores, pode suscitar a maioria das características peculiares do verdadeiro crente.
2º) A técnica de conversão-eficaz consiste essencialmente no inculcar e no fixar de propensões e reacções inerentes a uma mente frustrada.
Para testar a validade destas premissas, basta aferir dos males que afligem os frustrados, como reagem a eles, o grau em que estas reacções correspondem às reacções do verdadeiro crente e, por fim, a maneira como estas reacções podem viabilizar a ascensão e disseminação de um movimento de massas.
É possível constatar, examinando as técnicas e práticas aperfeiçoadas das conversões bem-sucedidas dos movimentos contemporâneos, como estas corroboram a opinião de que, um movimento de massas proselitista fomenta deliberadamente nos seus aderentes um estado de espírito frustrado, e de que persegue automaticamente os seus interesses ao secundar as propensões dos frustrados. É necessário que a maioria de nós tenha a percepção quanto aos motivos e às reacções do verdadeiro crente. É compreensível que os que fracassam sintam propensão para culpar o mundo pelo seu fracasso. Mentalmente manietado e previamente manipulado, o crente está sempre em marcha, e mediante conversão e confronto vai moldando o mundo à realidade dos interesses dos seus manipuladores.
Os movimentos religiosos são fábricas de entusiasmo generalizado. Os crentes, atraídos pela promessa de riquezas incalculávies (geralmente espirituais, apenas) e de mudança súbita e espectacular nas suas condições de vida, aderem ao espírito que se anuncia de renovação, só que essa renovação, não passa de uma continuidade no conservadorismo inerente a toda e qualquer religião. O crente contraria a sensação de insegurança e frustração, fazendo da sua existência uma rotina fixa dos rituais religiosos, através dos quais os seus manipuladores lhe extorquem tudo o que conseguem a troco de uma promessa de recompensa só possível de constatar depois de morto, no outro mundo. É esta a miserável condição de um crente.
A Igreja Católica, à semelhança das suas congéneres, não passa de isso mesmo; uma multinacional filha de um capitalismo extorsionário, sem o qual não sobreviveria.
O juiz descobre que sóror Maria falsificou a inscrição no registo de um bebé roubado
A Irmã Maria, negou-se a falar perante o juiz Carretero no passado dia 12.
O caso da Irmã Maria, a freira acusada por roubar um bebé à mãe na extinta maternidade do hospital madrileno de Santa Cristina, pode levar esta religiosa, de 87 anos, ao banco dos acusados por delitos de detenção ilegal e falsidade.
ONOFRE VARELA EXPÕE DESENHO E PINTURA
Na próxima Terça-feira, dia 24 de Abril, pelas 15 horas, será inaugurada uma exposição de Onofre Varela, no Auditório Municipal de Gondomar, mantendo-se patente até 13 de Maio. Integrada na comemoração dos 38 anos da Revolução de Abril, a abertura da exposição será precedida da cerimónia da entrega dos prémios do concurso escolar para a criação do Cartaz de Abril (concurso que tem o alto patrocínio da Câmara Municipal de Gondomar, e foi aberto a todas as escolas do concelho).
A mostra constará de desenho, pintura, ilustração, caricatura,cartune, banda desenhada e ilustração científica, e a erimónia contará com uma pequena representação teatral pelo artista plástico que também se aventura nas artes de palco.
“Obra Vária 6” reúne o maior número de trabalhos que Onofre Varela já expôs, e nela se integram desenhos e pinturas que abarcam um período de tempo alargado, que vai de 1968 a 2012, e algumas das obras são mostradas pela primeira vez. É o caso do “Nu incompleto”, auto-retrato a óleo sobre tela, iniciado na década de 80 e nunca concluído.
A década de 80 foi um período em que o autor experimentou alguma inquietação emocional, o que o levou à produção de desenhos a tinta da china representando seres aflitivos e monstruosos, a que chamou “Pesadelos”. Alguns dos desenhos dessa série têm aqui a sua primeira mostra pública, e contrastam flagrantemente com a sua obra mais conhecida marcada pela forte tónica satírica e humorística. O quadro “Nu incompleto” esteve guardado 28 anos sem ser visto por ninguém, nem pelo próprio autor. É agora mostrado pela primeira vez, juntamente com alguns dos desenhos inquietantes produzidos no mesmo período.
A mostra pode ser vista de Terça a Sexta, das 10h00 às 12h00, das 15h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00. Aos Sábados, das 15h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00, e aos Domingos das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 18h00. Encerra aos Feriados e às Segundas-feiras.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.