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Mês: Março 2012

18 de Março, 2012 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) na RTP – 1

A RTP – 1 convidou o presidente da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) para participar no programa Prós e Contras, de amanhã. Estará na primeira fila (isto é, fora da mesa) onde espera ter os dois minutos habituais para se pronunciar sobre a eliminação dos feriados.

Para a AAP é particularmente grave que o feriado emblemático do regime, o 5 de outubro, seja eliminado, enquanto a ICAR manipula e chantageia o Governo com dias santos, como se o Estado fosse confessional e Portugal um protetorado do Vaticano.

18 de Março, 2012 Ricardo Alves

Da falta de liberdade religiosa em Inglaterra

É o líder do partido que ganhou as últimas eleições parlamentares no Reino Unido quem escolhe o líder da igreja anglicana. Não são os «fiéis», em eleições livres e democráticas, como acontece na Suécia. (Também não é aquele esquema dos católicos de esperarem que os nomeados pelo monarca falecido sejam «inspirados» pela pomba.) Os anglicanos não têm liberdade para escolher o seu representante máximo.
[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]
17 de Março, 2012 Carlos Esperança

Coisas…

17 de Março, 2012 Abraão Loureiro

15 de Março, 2012 Carlos Esperança

Tribunal de Madrid acusa freira de rapto de crianças

O seu nome repetia-se nos testemunhos de muitas mães que denunciavam o roubo de seus filhos nas clínicas São Ramón e Santa Cristina de Madrid. O Tribunal de Madrid chamou-a recentemente a declarar como acusada. Soror María Gómez Valbuena, compareceu mas negou-se a falar, segundo fontes do Ministério Público, que agora a arguiu por detenção ilegal junto do tribunal de instrução número 43 de Madrid.

15 de Março, 2012 Carlos Esperança

A 1.ª República e as «leis religiosas»

A República e as «leis religiosas»

Vale a pena recordar as três leis religiosas emanadas do Governo Provisório da República que mais polémica geraram e profunda efervescência causaram: a da Separação entre o Estado e as Igrejas; a que permitiu o divórcio; e a que estabeleceu o Registo Civil».

A Igreja Católica Apostólica Romana ( ICAR) moveu-lhes uma luta obstinada. Fomentou o ódio, instigou arruaças e conjuras militares, denegriu, caluniou e combateu ferozmente o que hoje aceita. Negou os sacramentos e funerais religiosos a quem apoiasse a República, armas que à época aterrorizavam as pessoas, receosas do castigo de Deus, da chantagem dos padres e da reprovação social.

Convém não esquecer que algum clero foi perseguido, algumas vezes de forma violenta, por condenável retaliação. Mas é interessante ver como leis tão justas foram combatidas com tanta brutalidade, só possível porque o catolicismo é um cristianismo rural que vingou nas aldeias, por entre regos de couves e leiras de feijão de estaca, adubado pelo espírito retrógrado de padres fiéis ao concílio de Trento. Como religião a ICAR é monoteísta, reacionária e um proclamado veículo para a salvação da alma.

O Portugal beato, rural e analfabeto é hoje um pesadelo do passado, graças à progressiva secularização, mas, durante a 1.ª República, foi o caldo de cultura onde germinou Salazar, esse génio da mediocridade que, para castigo do Povo, abandonou o seminário e transformou o País em sacristia.

A ICAR tem ainda um enorme poder que se exerce à sombra das sacristias, nos meandros da conferência episcopal, disfarçado em obras de assistência ou infiltrado no aparelho de Estado mas as leis da Separação entre o Estado e as Igrejas; a que permitiu o divórcio; e a que estabeleceu o Registo Civil aí estão, desde 1911, como símbolo da modernidade de que a República Portuguesa foi pioneira.

Viva a República.