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A secularização da sociedade portuguesa acelera

Em 1977, 1991 e 2001, a ICAR portuguesa fez «contagens de cabeças» nas missas dominicais, a nível nacional e que nos dois últimos casos coincidiram com datas de censo nacional. A evolução que essas contagens permitem vislumbrar (ver artigo de 2007) é de uma secularização progressiva da sociedade portuguesa, com as percentagens (de pessoas presentes na missa católica sobre a população nacional) a caírem de 26% para 23% e depois para 19%.
Em 2011, a ICAR optou por não fazer essa contagem. Todavia, parece que a diocese de Viseu a fez. O resultado é que foram contadas nas paróquias dessa diocese, em fevereiro do ano passado, 43375 pessoas. Dez anos antes, seriam 70752. Ou seja, 39% dos católicos praticantes deixaram de o ser (por falecimento ou desinteresse). A diocese de Viseu resume: a percentagem da população da região que é católica praticante caiu sucessivamente de 33% (1991), para 29% (2001) e agora para 20% (2011).
Extrapolando os resultados de Viseu para o todo nacional, pode ser-se tentado a concluir que a percentagem nacional de católicos praticantes poderá estar agora nos 13%. E parece que os políticos não sabem.

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