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Mês: Dezembro 2011

5 de Dezembro, 2011 Luís Grave Rodrigues

Deus

4 de Dezembro, 2011 Carlos Esperança

Os pescadores de Caxinas e a Senhora de Fátima

A população de Caxinas guarda memórias amargas de vidas perdidas nas ondas do mar. É uma terra de viúvas e mães chorosas, cuja sobrevivência depende da coragem dos homens que se fazem ao mar em frágeis embarcações. Não há famílias sem parentes e amigos perdidos na faina.

Aos 83 pescadores afogados nos últimos 30 anos, por incúria de governantes, escassez de meios de protecção e fúrias súbitas do mar, quis o acaso que resistissem ao frio, ao pânico e à fome, seis pescadores que viram afundar-se o pesqueiro em que seguiam da balsa salva-vidas onde se abrigaram.

Não é vulgar resistir 60 horas sem comida, com temperaturas baixas, apenas com água. Raramente sobrevivem nestas condições. Desta vez houve lágrimas de alegria por um acaso feliz, para compensar o desespero que as famílias e amigos viveram.

Foi exagerado o circo mediático montado pela comunicação social e o oportunismo da Igreja católica que estimulou a fé na Senhora de Fátima, especialista na salvação das almas sem méritos conhecidos no salvamento de vidas. Até o bispo se dispôs a ir rezar uma missa de acção de graças pelos seis sobreviventes.

Santa hipocrisia! Que aproveitamento da dor e angústia das famílias que o medo fez devotas! O bispo vai abanar a mitra e exibir o báculo enquanto aproveita as genuflexões para dar a beijar o anelão. Ao contrário dos abutres aparece para festejar a sobrevivência dos seis pescadores. Se tivessem morrido, lá estava o padre Domingos Araújo que já fez o funeral de mais de 80 pescadores mortos pelo mar nos últimos 34 anos.

Há quem viva das tragédias humanas. Os padres e os cangalheiros estão na primeira linha.

3 de Dezembro, 2011 Carlos Esperança

O perigo dos monoteísmos

Jeannette Bougrab

A secretária de Estado da Juventude de França (na foto) afirmou hoje que não existe “islamismo moderado” e que as leis fundadoras da «charia», a lei islâmica, são “necessariamente uma restrição dos direitos e das liberdades”.

Comentário: Podia dizer o mesmo dos outros monoteísmos. Bastava-lhe ler o Deuteronómio ou o Levítico.

3 de Dezembro, 2011 Luís Grave Rodrigues

Ateu

2 de Dezembro, 2011 Carlos Esperança

Aprenda a viver sem Deus

 

 

Caros leitores:

Recordam-se do livro “Aprenda a Viver Sem Deus“, aqui anunciado no Diário Ateísta?

Pois bem, um ano depois da sua publicação e diante do marasmo que é a nossa sociedade nesta matéria, o autor decidiu oferecê-lo a TODOS os deputados da Assembleia da República.

Fê-lo ontem. Foi a Lisboa e entregou pessoalmente na Assembleia da República 231 livros (um para a presidente).

O azedume de alguns deputados já será suficiente compensação para o autor, Max Bright.

Os beatos merecem a azia que o livro lhes despertará. Outros poderão aprender a andar de pé, sem genuflexões.

2 de Dezembro, 2011 Carlos Esperança

O COMBATE DE SANTA HILDEGARDA CONTRA O RISO

Hildegarda de Bingen, freira, viveu de 1098 a 1179, no que é hoje a Alemanha.

Naturalmente, o seu modo de pensar era característico daquela época, a Idade Média.

Era inimiga do riso. É herdeira de uma corrente de pensamento cristão que sempre diabolizou o riso. Na Idade Média esta corrente foi sempre minoritária.

Tinha uma delicada saúde. Quando adoeceu foi objecto de troça. Pretendeu impor uma reforma austera à ordem a que pertencia. As freiras enfrentaram-na com uma resistência maliciosa. Corria a sua alcunha de velha encarquilhada.

Hildegarda atribuiu os escárnios ao demónio que tomava conta das pessoas. Considerava o riso diabólico e com raízes no baixo, nas partes desagradáveis e vergonhosas do corpo. O riso era como uma bexiga sacudida em todos os sentidos pelo ar que dele escapa.

O homem que ri era como um membro viril a ejacular aos sacões, o corpo era sacudido pelo riso do mesmo modo que pelos mesmos movimentos da copulação e, no momento do máximo gozo, o riso fazia jorrar lágrimas como do membro viril jorrava a esperma.

Achava que esse louco regozijo não existia antes do pecado original. Então, não se via nem riso nem gargalhadas, apenas a voz das alegrias supremas. Era fruto do pecado, como a sexualidade.

Era como o peido: um vento que parte do âmago, percorre o fígado, o baço e entre-pernas e provoca sons incoerentes, semelhantes a balidos. Rebaixa o homem a nível da besta, fere-lhe o baço, molesta-lhe o fígado e cria uma total perturbação dos humores. Seca os pulmões e arruína a saúde.

No caso de riso mais louco recomenda uma beberagem com noz-moscada, açúcar e vinho quente.

 

Ao menos, não tem papas na língua e… Sabia do mundo… É uma santa que errou, mas… Está perdoada…

De História do Riso

Para mais informações ver na Wikipédia a sua biografia

1 de Dezembro, 2011 Luís Grave Rodrigues

Blasfémia