Uma recente pesquisa mostrou que 79% dos britânicos acreditam ser a religião a origem de muita miséria e conflitos no mundo. Do total, 11% discordaram dessa avaliação.
A pesquisa foi realizada pelo YouGov em parceria com o Departamento de Política e Estudos Internacionais da Universidade de Cambridge. Foram ouvidos 64.303 adultos (maiores de 18 anos).
A história que o «Diário de Notícias» nos conta já não é nova, mas mantém ainda toda a actualidade: o Tribunal de Santo Tirso condenou a dois anos e meio de prisão, embora com a execução da pena suspensa, o “falso padre” que durante quatro anos celebrou missas, casamentos, baptizados e funerais em todo o país, inclusive na Sé de Braga.
Pelo que lemos na notícia, o falso padre foi punido porque burlou três pessoas a quem tem agora de indemnizar e pedir desculpas.
Muito bem!
Mas, ao que parece, o sujeito foi também punido por “usurpação de funções” e porque “lesou a fé das pessoas”.
E é aqui que a porca torce o rabo:
Em primeiro lugar porque a sentença judicial não nos explica o que raio é isso de “lesar a fé das pessoas”. Até agora sempre pensei que a «fé» era algo que existe ou não existe. E que, quando efectivamente existe, não há força humana – nem sequer divina – que consiga “lesar”.
Em segundo lugar, porque a sentença judicial parece estabelecer que para “lesar a fé das pessoas” é preciso uma autorização, assim uma espécie de alvará, que se obtém depois da frequência de um curso num seminário qualquer, depois do qual se adquire o título de padre, diácono ou sacerdote, ou lá o que é isso, ou ainda mais sugestivamente de “vigário”.
Com efeito, nunca vi nenhum “vigário” ser punido por “lesar a fé das pessoas”, quando lhes leva dinheiro para lhes tirar os pecados ou, com o único fito de lhes extorquir o dinheiro que têm, e até frequentemente o que não têm, as tenta convencer a peregrinar a um sítio onde a mãe virgem de um carpinteiro judeu que viveu há dois mil anos apareceu no cimo de uma azinheira para transmitir mensagens idiotas a três pastores atrasados mentais.
Deve ser porque tem alvará…
Em terceiro lugar, porque o “falso vigário”, passe a expressão, foi também condenado por “usurpação de funções”.
E é aqui que reside a maior perplexidade:
Será que é possível punir criminalmente por “usurpação de funções” alguém que se faça passar por psíquico, médium, parapsicólogo, astrólogo, tarólogo, vidente, vedor, padre, bispo, cardeal ou Papa, etc., etc., ou até mesmo por “médico” homeopata?
Como pode alguém “usurpar” coisas deste… género???
Ao mesmo tempo que deveria ser condenado por burla e a indemnizar as pessoas a quem extorquiu dinheiro, não deveria antes ter sido o homem condecorado – e agraciado com um subsídio estatal – por mostrar aquilo que é tão óbvio que deveria entrar pelos olhos dentro das pessoas?
De facto, não deveria alguém ser legalmente punido por “usurpação de funções” somente quando essas funções tivessem um mínimo de dignidade para merecer a atenção da lei penal quando eventualmente fossem “usurpadas”?…
Um divertido poema sobre a falta de espírito crítico geralmente associada à rejeição do naturalismo:
São os próprios empresários que reconhecem que a procissão do Adeus, no Santuário de Fátima, contou anteontem com a presença de 85 mil fiéis, menos 15 mil do que na peregrinação de Outubro de 2010. Uma quebra de 15%.
A burla de Fátima, tentada noutras localidades, teve êxito na Cova da Iria onde três crianças analfabetas, aterrorizadas com o Inferno, viram a Senhora de Fátima a saltitar pelas azinheiras e um anjo a aterrar no anjódromo onde as cabras pastavam.
As cambalhotas do Sol e os conselhos da virgem nómada foram a coreografia de um número contra a República que, depois da ditadura nacional-católica de Salazar, foi reciclado na luta contra o comunismo.
A conversão da Rússia foi o desejo pio de quem pensava que a Igreja ortodoxa deixava a católica entrar na sua coutada. O Inferno que Cristo mostrou à Irmã Lúcia numa bolsa de estudo que o crucificado lhe ofereceu, quando a infeliz estava enclausurada em Tuy, foi posteriormente abolido por falta de combustível ou medo do ridículo mas não impediu a vidente de ver o Administrador do Concelho de Ourém que ali passava a defunção por não frequentar a missa nem rezar o terço.
Em tempos de crise, o negócio da fé costuma prosperar mas o ridículo também mata e Fátima, apesar de ter a maior área coberta para a oração, tem cada vez menos clientes.
Enquanto a IURD e outras concorrentes fazem milagres todas as semanas, a Igreja católica vê-se aflita para fabricar um milagre de jeito para o Papa JP2, talvez o último que, na sua superstição, acreditou em deus.
Depois de os não crentes se terem tornado maioritários na república Checa e em França, a secularização avança e, em Portugal, já se importam padres em sistema leasing.
Por: |
O PSC diz que só Homem + mulher + filhos = família.
Então:
Avó(ô) + Mãe (pai) solteira (o) + Filho(s) + Amor = Isso não é família?
Avó(ô) + Neto (s) = Isso não é família?
Mae solteira + Filho(s) = Isso não é família?
Irmão (ã) maior de idade orfão + Irmãos(s) menores + Amor = Isso não é família?
Tia (o) + Sobrinhas(os) + Amor = Isso não é família?
Homem + Homem + Filho(s) + Amor = Isso não é família?
Mulher + Mulher + Filhos(s) + Amor = Isso não é família?
…..
Fundamentalismo cristão + Preconceito + Ódio maquiado de fé “cristã” = PSC PARTIDO SOCIAL CRISTÃO
Nas próximas eleições diga um sonoro não aos candidatos desse partido intolerante e preconceituoso!
Faça um favor ao Brasil divulgue essa mensagem.
http://www.youtube.com/watch?v=a7yp_X4jsnk&feature=related
The Roman Catholic bishop of Kansas City-St. Joseph, Robert Finn, and the diocese he leads have been indicted by a county grand jury on a charge of failure to report suspected child abuse in the case of a priest who had been accused of taking lewd photographs of young girls.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.