Este Sábado teve lugar no auditório da Biblioteca de Cantanhede um colóquio sobre religiões, organizado pelos alunos do 12.º ano da Escola Secundária.O auditório estava cheio.
Além do moderador, fizeram parte da mesa um membro da Fé Bahá’í, um budista, um ateu, em representação da Associação Ateísta (eu), um muçulmano, um judeu e um católico (padre).
De forma civilizada mas contundente esgrimi argumentos, não contra os crentes, mas contra as crenças. Outros, incluindo o padre católico, dedicaram-se a identificar a fé com a paz e o amor. Só o muçulmano defendeu a supremacia do homem sobre a mulher. A menstruação foi o único argumento, o que levou uma ateia a confrontá-lo com o despautério.
Finalmente houve uma prenda para cada orador. Uma excelente garrafa de vinho. Há muito que não me ria tanto como quando agradeci à comissão organizadora terem brindado o muçulmano com uma bela garrafa de vinho que, nesse momento, segurava sem que Maomé visse.
A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), regozijou-se em Novembro de 2009, com a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo, proibindo os crucifixos nas escolas, considerando-os susceptíveis de perturbarem “as crianças de outros credos” e tendo, por isso, condenado a Itália.
A AAP vê agora, com perplexidade, o mesmo tribunal, perante o recurso italiano, revogar a doutrina que defendia a laicidade e a liberdade religiosa, sem privilégios para qualquer confissão e sem que os Estados se imiscuíssem sobre assuntos que pertencem ao foro individual. O TEDH considerou então – bem – a presença de crucifixos nas escolas «contrário ao direito dos pais de educarem os filhos de acordo com as suas convicções» e «ao direito das crianças à liberdade religiosa e de pensamento».
A exibição de símbolos religiosos particulares em edifícios públicos é tão inadmissível como seria a exibição do busto da República nas igrejas. Ignora o princípio da liberdade religiosa, a igualdade dos cidadãos e a separação do Estado e das Igrejas.
Deixar ao arbítrio dos Estados cuja Constituição é omissa em relação à imposição da laicidade (o que não é o caso da CRP) é estimular o proselitismo religioso e permitir a chantagem das confissões melhor instaladas nos aparelhos de Estado.
A Associação Ateísta Portuguesa repudia e lamenta uma decisão jurídica que abre espaço ao regresso das lutas religiosas numa Europa herdeira do Iluminismo, num espaço de liberdade onde as querelas religiosas foram ultrapassadas, depois de muitas lutas, com a separação dos Estados e das Igrejas.
Numa altura em que o proselitismo dos diversos credos assume níveis perigosos de confronto, é um retrocesso civilizacional estimular querelas ultrapassadas e abrir uma crispação que só a laicidade consegue conter.
Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 18 de Março de 2011
Cristãos afirmam que terremoto no Japão foi castigo divino contra população do país
Será que o terremoto foi no Japão foi castigo divino? Deus quem enviou a tsunami para o Japão? Alguns cristãos estão afirmando que o terremoto que assolou o país asiático é um castigo de Deus contra os japoneses. As explicações para a afirmação são as mais diversas, desde versículos da Bíblia até o fato de apenas 1% da população ser cristã.
Por
Nos domínios do cardeal Rouco Varela, acende-se uma questão religiosa que tem por pano de fundo a Universidade Complutense (Madrid), as suas 5 capelas, um grupo de alunos[as] contestatários, um avisado reitor… e um incontornável convénio com a Conferência Episcopal (espanhola).
E uma interessante entrevista ao El País do reitor Carlos Berzosa link
O Vaticano criou para o antigo Papa – que será beatificado a 1 de Maio – uma página oficial no Facebook e no You Tube onde serão introduzidas memórias do seu pontificado.
Deve ser o primeiro morto a escrever as suas memórias na Internet.
Alunos da Universidade Católica que participam nas praxes envolveram-se esta noite em cenas de pancadaria com um grupo de sem-abrigo, em Braga.
Os incidentes começaram quando cerca de três dezenas de estudantes da Faculdade de Filosofia (FAC/FIL) da Universidade Católica de Braga, com um grupo de caloiros que praxavam, se terão dirigido aos sem-abrigo que descansavam nos claustros da Rua do Castelo, no centro de Braga. Esta foi a versão unânime dos vários transeuntes, parte dos quais chamaram a PSP.
Foi criado no Facebook o evento «Eu vou escolher a opção “Sem religião” na pergunta 36 dos Censos 2011». Adiram e convidem os vossos amigos. Todos ainda seremos poucos.
A Richard Dawkins Foundation for Reason and Science e a Non-Believers Giving Aid estão a recolher dinheiro para ajuda às vítimas do terramoto e tsunami no Japão. É seguir os linques.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.