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Mês: Maio 2010

17 de Maio, 2010 Carlos Esperança

O TEMOR DE UM SIMPLES MORTAL ! . . .

Quinta, 13 Maio de 2010

A RTP 1 transmitia em directo as cerimónias de Fátima.

A SIC transmitia em directo as cerimónias de Fátima.

A TVI transmitia em directo as cerimónias de Fátima.

A RTP África transmitia em directo as cerimónias de Fátima.

A TSF transmitia em directo as cerimónias de Fátima.

A Rádio Renascença transmitia em directo as cerimónias de Fátima.

Tive medo de ligar a torradeira!..

(Enviado por um excelente amigo)

16 de Maio, 2010 Carlos Esperança

O milagre do Sol e outros prodígios

No tempo em que as virgens saltitavam de azinheira em azinheira chegou uma em voos curtos à Cova da Iria, no dia 13 de Maio de 1917, coberta de luz, de manto branco, para dizer a três criancinhas que era do céu e prometer-lhes que as levaria com ela, mas que o Francisco teria de rezar muitos terços. Pediu ainda a virgem que voltassem nos dias 13, sempre à mesma hora, seis meses seguidos, para lhes dizer quem era e o que queria.

São assim as virgens, caprichosas e enigmáticas, mas tendo-lhe a Lúcia perguntado por duas amigas mortas, logo lhe disse que a Maria das Neves estava no Céu e que a Amélia estaria no Purgatório até ao fim do mundo, novas de quem viaja, saber de quem conhece o país das almas e está de visita à paróquia de Ourém, sem adivinhar que o Purgatório será extinto.

As crianças obedeceram, depois de aceitarem oferecer-se a deus para suportarem todos os sofrimentos que ele quisesse enviar-lhes em acto de reparação pelos pecados com que ele, deus, era ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores.

Depois de se terem comprometido a pagar as dívidas alheias, a virgem levantou voo na vertical, não sem antes ter pedido que rezassem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra. Eram dóceis as crianças. Doutro modo podia nunca ter acabado a guerra que em 1918 se extinguiu.

O Sol, condenado à imobilidade por Galileu, revoltou-se contra a ciência, reconciliou-se com os preceitos bíblicos e um dia fez piruetas na Cova da Iria para reabilitar o deus de Abraão, estupefazer as criancinhas e deslumbrar os mirones que acorriam ao local.

Exultaram os padres que teceram o milagre para excitarem as hostes contra a República, benzeram-se os crentes que agitavam terços e renderam-se os incréus do costume para atestarem a verosimilhança do prodígio pio.

Que sorte não existirem então as medidas de segurança que ora soem. Se a virgem que vinha mensalmente cavaquear com os pastorinhos e o anjo que ali desceu, convencido de que era seguro o anjódromo, tivessem apanhado com um decreto que interditasse o corredor aéreo, certamente que a GNR teria aberto fogo com as escopetas e teríamos o anjo de asas quebradas, a voar baixinho, e uma virgem derrubada da azinheira a esvair-se sem pensar na guerra, nos terços e nos pecados.

Valeu ao negócio da fé o carácter artesanal com que então se defendia o espaço aéreo.

15 de Maio, 2010 Carlos Esperança

Os papas são tolerantes…

Uma professora italiana casada pode tornar-se a primeira mulher a ser ordenada sacerdote em uma igreja anglicana perto do Vaticano. Maria Longhitano pertence à Igreja Vétero-Católica.

Apesar de Maria não se tornar sacerdotisa católica romana, a sua ordenação é motivo de desconforto para o Vaticano. O papa Bento XVI se opõe à nomeação de mulheres sacerdotisas e seu predecessor, João Paulo II, inclusive proibiu que o tema seja discutido publicamente.

15 de Maio, 2010 Carlos Esperança

Despedida…

Por

José Moreira

Cavaco Silva despediu-se de Joseph Ratzinger. E logo esse facto me causou uma certa perplexidade; é que fiquei sem saber se o presidente da República se despediu do chefe do estado do Vaticano, ou se o católico Cavaco Silva se despediu do seu líder religioso.

Cavaco Silva disse, numa entrevista, que ia acompanhar um chefe de estado e, portanto, iria para onde ele, o tal chefe de estado, fosse. Isto porque o jornalista, capciosamente, deu a entender, na pergunta, que o laicismo de estado estava a ser violado. O que é mentira, como Cavaco demonstrou. Ficámos, pois, a saber que:

  1. Um chefe de estado pode rezar missas. As que quiser, e onde quiser.
  2. Um chefe de estado pode distribuir o corpo de Jesus Cristo às rodelas.
  3. Um chefe de estado pode estar dispensado de passar revista às tropas em parada, contrariamente ao que é habitual.
  4. Um chefe de estado pode substituir as tais “conversações” por homilias.

Fiquei informado. Mas não era aí que eu queria chegar. Na despedida, no aeroporto de Pedras Rubras, a que alguns chamam de Sá Carneiro, vá lá saber-se porquê, o chefe do Estado português pediu ao seu homólogo, chefe do Estado do Vaticano, que rezasse por Portugal. Fiquei ainda mais informado: o problema de Portugal resolve-se com rezas. E pergunto: não se poderia rezar umas avé-marias, em vez de se mandar aqueles milhões todos para a Grécia? E uns padre-nossos bem aviados não chegariam para as empresas de rating nos colocarem num AAA? Quem pergunta quer saber, né?

Entretanto, anuncia-se a visita de Lula da Silva a Portugal. Talvez não fosse má ideia Cavaco Silva pedir-lhe, a esta e a outros chefes de estado que nos visitem, para rezarem por Portugal. Quantos mais, melhor.

Desde logo, não está minimamente provado que as rezas resolvam algum problema. Alguém, não recordo quem, disse que resultava mais duas mãos a trabalhar do que cem a rezar. Mas vamos fazer de conta que sim. Vamos fazer de conta que umas rezas resolviam o défice de Portugal, e que o Sócrates rasgava o PEC. Tem de ser o Papa a rezar? Cavaco Silva certamente que reza. As rezas de Ratzinger valem mais que as de Cavaco? Não me parece…

Aqui ao lado, estão a bichanar-me que sim. Que é como as cunhas: vale mais uma cunha de um secretário de estado que a de um porteiro. Não sei porquê, mas tenho as minhas dúvidas…

De qualquer modo, estamos safos. Se o Papa começar já a rezar, pode ser que Bruxelas deite fora o PEC, por inútil. Se assim for, pode ser que a lei do casamento homossexual seja vetada.

Deus é grande…

15 de Maio, 2010 Carlos Esperança

Lisboa – Ontem – Imagens da conferência



Ateísmo, Laicismo e Anti-clericalismo em Portugal

Dia 14 de Maio – 18H30: Ludwig Krippahl

Tema: Argumentos científicos contemporâneos – Deus não existe

Biblioteca-Museu República e Residência – Espaço Cidade Universitária
(Próximo da Faculdade de Farmácia)

15 de Maio, 2010 Carlos Esperança

Dúvidas de um leitor (2)

Tenho notícias do Porto: como seria de esperar a Avenida dos Aliados esteve cheia, mas com as vias de circulação automóvel livres, o que dá cerca de 60.000 a 80.000 pessoas.

Pude testemunhar no local que não havia um número muito reduzido de pessoas nas ruas laterais (menos do que as que caberiam nas vias de circulação livre da avenida), estamos a falar de cerca de 10 a 15 metros no máximo em cada rua.

Exemplo desta pouca ocupação dos espaços secundários foi a situação da Praça D. João I (do Teatro Rivoli a poucos metros da avenida) onde as pessoas estava SENTADAS NO CHÃO durante a missa…

Posto isto voltamos à situação do costume: números como 150.000 apresentados na televisão são completamente irrealistas (para usar uma expressão suave).

14 de Maio, 2010 Fernandes

Venha a nós o vosso reino

– «Enfrentamos um dilema, se damos a impressão de sermos demasiado ricos, o povo não nos “apoia”; se parecemos pobres de mais, perdemos o seu respeito»; confidencia um cardeal milionário no livro de Nino lo Bello: O Empório do Vaticano. Quiçá uma das expressões menos lisonjeiras, ouvidas em Roma; utilizada por católicos e usada há pelo menos cinco séculos para descrever os negócios papais, seja: – La Bottega del Papa, ou La Santa Bottega-, “A loja do Papa”. Eles referem-se não apenas aos interiores dourados das igrejas e santuários mas também às riquezas do Papa. Quando os italianos discutem o Vaticano, acabam quase sempre por encolher os ombros e lembrar-nos que “l`oro non fa odore”.

Os leigos obedecem e não questionam a sua religião ou os elementos dedicados que a ministram, com assuntos práticos e terra-a-terra, como dinheiro e economia. A maioria dos católicos não pensa no Vaticano como uma empresa financeira, ou seja, como um centro nervoso da alta finança, organização interessada em lucros, activo e passivo com receitas e despesas. A noção de que o Papa é multimilionário, e que a sua Igreja não é apenas uma instituição religiosa mas essencialmente um gigantesco império financeiro, passa despercebido à maioria dos fiéis.

O estado do Vaticano é a comunidade mais singular do mundo, ao contrário das outras nações, não dispõe de indústria válida, agricultura ou recursos naturais, no entanto, enfileira ao lado dos países mais ricos do planeta. A riqueza ostensiva do enclave de 108,7 acres, dentro das sólidas Muralhas Leoninas, – igrejas magnificentes, muitos milhares de tesouros artísticos e manuscritos preciosos -, apenas servem de cume visível ao “icebergue” financeiro, já que a parte mais vultosa jaz abaixo da superfície num secretismo total.

Único Estado soberano que jamais publica um orçamento. Os estádios financeiros da actividade do Vaticano mantêm-se rodeados pelo segredo. O Vaticano é a única religião organizada a guardar estritamente para si os seus negócios venais. Quanto à fortuna do Papa, nem ele nem nós sabemos exactamente o valor. Sabemos apenas que o Vaticano é uma das maiores organizações financeiras do planeta, ocultando as suas operações financeiras cuidadosamente sob um véu de obscuridade e divulgando constantemente uma imagem de falsa pobreza, fazendo passar a ideia de que tem fracos rendimentos e enormes despesas.

O não pagamento de impostos na maior parte dos países onde a igreja católica se instala, a sua total liberdade de acção (que faz a inveja de qualquer homem de negócios) e o secretismo a par da ausência de relatórios de contas ou fiscalização, a que se juntam os contactos diplomáticos e a informação privilegiada, permitem-lhe toda a vantagem sobre os concorrentes, sendo que, no Vaticano, a soma de dois mais dois nunca dá quarto ou vinte e dois, mas centenas de milhares de dólares.

Os quase 90 milhões de dólares pagos por Mussolini ao Papa, resultantes do Tratado de Latrão, rapidamente se transformaram em 550 milhões, pelas mãos de Bernardino Nogara que gastou 26,8 milhões para adquirir ouro aos Estados Unidos, parte desse ouro foi posteriormente revendido aos mesmos, ficando o Vaticano com um lucro líquido final de 21,8 milhões de dólares. A manobra implicou contas do Vaticano em bancos suíços. Pediam ao banco suíço que depositasse dinheiro do Vaticano em Nova Iorque, mas em nome do próprio banco. Seguidamente, providenciavam no sentido de o banco suíço ordenar ao banco americano recipiente que emprestasse dólares a uma firma italiana propriedade do Vaticano. A firma italiana a quem pertencia o dinheiro em primeiro lugar, debitava-se a si própria na conta suíça pelo juro que estava a ser pago na América. Deste modo, o dinheiro do Papa era investido em segurança, e segredo, ao abrigo de qualquer interferência por parte das autoridades italianas, e isto durante um período em que o estado impunha severas restrições cambiais.

– Jamais esquecerei a primeira vez que estive no Banco da cidade do Vaticano; escreve Nino lo Bello no seu livro; – ao observar os caixas a receberem freiras, jesuítas, missionários e bispos. Num momento de acalmia, disse a um dos caixas: – suponho que alguns dos seus clientes, na qualidade de religiosos, não perceberão muito de dinheiros. O jovem deu a resposta correcta à minha demonstração de ingenuidade, comentando com a precisão de uma calculadora: – A minha experiência diz-me que todos eles sabem muito, mas mesmo muito, de dinheiros.

Além do “seu pessoal”, o Vaticano serve-se ainda dos seus uomini di fiducia (homens de confiança) que “cuidam” dos interesses do Vaticano, como laicos. O círculo é restrito e cabe-lhes “dar a cara” no mundo exterior dos negócios. Os nomes do conselho de administração numa determinada empresa ou companhia, constituem normalmente uma indicação sobre se o Vaticano a penetrou.

As empresas industriais e companhias, revelam amiúde o interesse da Igreja nelas, ao incluírem, em qualquer nível, os nomes de “agentes” conhecidos do Vaticano. “Agentes,” não será porventura a palavra mais feliz para descrever os membros do círculo laico interior, mas dá uma ideia precisa dos interesses que estes servem. Sempre que um “nome do Vaticano” aparece no conselho de administração de um serviço público, uma investigação apurará quase invariavelmente, o facto de este possuir interesses minoritários ou maioritários nessa organização.

Estes agentes, no mundo empresarial são conhecidos como os “cães de guarda do Vaticano”. Em Portugal até se atropelam na vil tentativa de subir na escala de interesses e influência, nos mais variados cargos de empresas públicas e privadas. Todos os dias desfilam na comunicação social. Eles têm poder suficiente para “vergar” o país aos interesses que representam, e para tal não olham a meios, e atingem os fins. Esta semana, em que todo o país quase parou, é o exemplo.

Não é difícil perceber como é descaradamente provocatório ao garantir os seus interesses financeiros. O Vaticano não se entrega unicamente ao comércio de Deus; a sua empresa vai muito além Dele.

14 de Maio, 2010 Carlos Esperança

Lisboa – Hoje

Ateísmo, Laicismo e Anti-clericalismo em Portugal

Dia 14 de Maio – 18H30: Ludwig Krippahl (Prof. universitário)

Tema: Argumentos científicos contemporâneos – Deus não existe

Biblioteca-Museu República e Residência – Espaço Cidade Universitária
(Próximo da Faculdade de Farmácia)

Rua Alberto de Sousa, 10 – A (Zona B do Rego) – Lisboa

Estações de Metro: Cidade Universitária; Entrecampos

14 de Maio, 2010 Carlos Esperança

A multidão de Fátima – Dúvidas de um leitor

Uma questão que me deixou surpreendido… numa medição rápida no Google Earth a Avenida dos Aliados tem pouco mais de 20.000 m2… algumas notícias falam de 200’000 pessoas a ver a missa no Porto o que é, obviamente, impossível.

O mesmo se passa em Lisboa… a Praça do Comércio tem cerca de 30.000 m2, mesmo incluindo áreas circundantes (como a Praça do Município) ficamos com menos de 50.000 m2… onde muito dificilmente se conseguem “empacotar” as 100.000 pessoas que são referidas nas notícias…

Parece-me que há muita confusão na comunicação social entre as pessoas que vão realmente ver as missas do papa e as, potencialmente muitas mais, que o vão ver passar nas ruas…