Loading

Mês: Agosto 2009

6 de Agosto, 2009 Carlos Esperança

Malditas religiões

The New York Times

No mundo árabe, trata-se de um desporto incomum [luta livre], mas um técnico aqui de Diwanyia decidiu criar uma equipe de luta livre feminina, em janeiro, a primeira da história do Iraque. As lutadoras adoraram a ideia, e já sonham competir em uma Olimpíada.
(…)
Um morador disse que elas deveriam ser “massacradas”, caso persistam. Um líder religioso xiita afirmou que a equipe deveria ser proibida, porque luta livre pode resultar em promiscuidade e “transgressões” contra o islamismo.

5 de Agosto, 2009 Carlos Esperança

Não lembra ao diabo

(…)

A UE está a finalizar uma Directiva sobre a igualdade que quer ver aplicada em 2011. Acontece que uma boa ideia – a não discriminação – pode gerar os piores resultados. Há receios de que essa Directiva possa excluir qualquer iniciativa que um dado grupo social julgue nociva. Por exemplo, os grupos ateístas poderão tentar proibir a exibição de arte sacra em museus por a terem como discriminatória.

Comentário: As proibições costumam vir do lado das Igrejas, não dos ateus.

5 de Agosto, 2009 Ricardo Alves

Agência católica ataca ICAR

«Os católicos mudaram várias passagens da Bíblia para adaptá-las às suas próprias ideias, que nenhum estudioso, crente ou não, poderia encontrar nos textos originais. Portanto, são um grupo com expressões e formas religiosas parecidas com as cristãs, mas que tentam fazer-se passar por uma igreja cristã sem sê-lo. Em definitivo, são uma seita, que pretende ter mais e mais adeptos e mais e mais dinheiro deles e, assim, maior influência.»

5 de Agosto, 2009 Carlos Esperança

A fé e a crise

Quando a ciência avança vacila a fé. A lepra cuja cura era um truque favorito de JC não resistiu às sulfamidas, à higiene e aos antibióticos. As epidemias, que rendiam orações e promessas, foram controladas, não pela graça divina, mas pela descoberta das vacinas.

Mas, à medida que a ciência avança, novos problemas nos desafiam e, nos períodos de crise, as religiões florescem. A doença, a fome e a guerra são os alimentos predilectos da fé. A irracionalidade atinge o auge com o desespero, os deuses ganham clientes e os padres  arrecadam esmolas.

Também os bruxos, quiromantes e outros parasitas da desgraça alheia, vêem aumentar a clientela e os honorários. A ciência é recente e ainda não eliminou medos e superstições geneticamente assimilados ao longo dos séculos.

Não sei o que leva os homens e as mulheres a ajoelharem-se perante outros homens que têm o hábito de se vestirem de mulheres, fazerem sinais cabalísticos e borrifarem os clientes com água normal a que chamam benta.

As angústias da vida  e séculos de sujeição estão na origem  desta perda da razão a favor da fé, da quebra da dignidade por submissão ao medo e da troca da posição vertical por genuflexões e rastejamentos.

Quando as pessoas se curarem dos terrores da fé, poderemos construir uma sociedade de homens e mulheres livres, sociedade eternamente adiada, à espera de que as desgraças deixem de bater à porta dos que sofrem e crêem.

3 de Agosto, 2009 Carlos Esperança

AAP – SIC Notícias

Na sequência da minha participação, hoje , na SIC – Notícias, para comentar algumas notícias da imprensa, recebi numerosas mensagens de apoio e de felicitações que me apraz registar e agradecer. Foram várias as que deveras me sensibilizaram.

Quero dizer a todos que não me move qualquer desejo de mediatismo, mas não recuso dar a cara na defesa dos direitos de ateus, agnósticos e livres-pensadores. O país é, ou devia ser, de todas as crenças, descrenças e anti-crenças, situação que a escalada beata das Igrejas compromete. O que está a passar-se com as capelanias e o ensino religioso nas escolas públicas é uma agressão à laicidade. Cabe a todos e a cada um de nós lutar contra o clericalismo que se infiltra nas escolas, hospitais e Forças Armadas.

A comunicação social tem, quase sempre, acolhido as posições da AAP e é o veículo ideal para denunciarmos a progressiva influência clerical e a chantagem da Igrejas, particularmente da ICAR, que aproveitam os períodos eleitorais e a desatenção da opinião pública, neste período de férias, para aumentarem as exigências e os privilégios.

Reitero os meus agradecimentos aos que se solidarizaram com a minha presença na SIC e peço a todos que denunciem a chantagem eclesiástica sobre os órgãos de soberania e o oportunismo com que as religiões se infiltram no poder.

Confio na nossa determinação para evitar que a religião, um direito inalienável, não se transforme em obrigação, como sucedia na ditadura salazarista, e já acontece outra vez no primeiro ciclo do ensino básico, sob a hipócrita designação de “oferta obrigatória”.

Saudações ateístas.

Carlos Esperança