OPUS DEI – o banco da Vaticano… Roland Joffé mete mãos à “Obra”
Por
E – Pá
Na realidade, para a cúria papal e demais institutos divinos e câmaras eclesiásticas que pontificam no Vaticano – como ontem a imprensa mundial recordou em relação a Galileu – é cada vez mais difícil manter os privilégios dos dogmatismos conciliares, das irracionais e insultuosas infalibilidades , das mitologias prodigiosas e crenças milagreiras, das tentativas de ocultação das verdades científicas, da venialidades das indulgências, dos seculares apetites pela luxúria e da leiga atracção pelo dinheiro.
Enfim, uma inexorável perda de idoneidade… uma imparável marcha para a decadência.
A airosa, mas denunciada, saída, encontrada pelo Vaticano para recompensar a “Obra” pelo esforço financeiro efectuado com vista à solvência do IOR (o “banco de deus”), canonizando o seu fundador – Josemaria Escrivá – ao contrário do que a ICAR pensa e desejaria, não é um assunto encerrado… nem um postulado incontroverso.
O mundo tornou-se aberto e mais transparente, sendo difícil às diferentes igrejas conservar ancestrais privilégios de subtracção de assuntos ao conhecimento público, quer sonegando a sua discussão, quer escusando os escândalos do livre tratamento informativo, literário e artístico.
Os recentes escândalos de pedofilia que mancham e envolvem dramaticamente a ICAR no mundo do crime, em diversos pontos do planeta, evidenciando práticas abusivas e repugnantes do tipo serial killer, são um exemplo destes novos tempos, que tornaram irreversível o regresso ao “glorioso” passado do silenciamento e da ocultação.
Por todas estas razões e outras que não me ocorrem, Ralf Hoch Hunt escreveu a peça dramatúrgica “O Vigário” revelando uma postura pro-nazi e anti-judaica do papa Pio XII, Dan Brown transformou o ‘Código da Vinci’ num best-seller, estamparam-se e disseminaram-se pelo mundo – perante a fúria dos muçulmanos e a indignação dos católicos (pondo as barbas de molho) – caricaturas do profeta e, agora, o cineasta e realizador ROLAND JOFFÉ – antecipando-se à eventuais reacções das “Igrejas” (neste campo a solidariedade ecuménica funciona!) – prepara um filme… sobre Josemaría Escrivá de Balaguer, um místico franquista desde a 1ª. hora e um recalcitrante falangista que, no nefasto e calamitoso período nazi, revelou-se cumulativamente um (im)piedoso germanófilo… entretanto, feito santo, em tempo recorde (antes que fosse revelada a plenitude do seu iníquo percurso)!
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
- Ponte Europa http://ponteeuropa.blogspot.com/
- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/
- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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