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Justa indignação de um leitor

Por

Carpinteiro

Fraudes com aulas de religião católica *

Na realidade este é um truque usado desde há muito, por professores em inicio de carreira [darem aulas de religião, nomeados pelos bispos] para ganharem tempo de serviço. Para o clero é óptimo pois mostra aos neófitos as vantagens em defender os interesses da Igreja, e “estar do lado certo”, como eles tanto gostam de afirmar. Os professores beneficiários da falcatrua, agradecem.

Há muitos professores que não conseguindo arranjar colocação no grupo a que pertencem, dão aulas de Religião e Moral para arranjarem tempo de serviço e ultrapassarem assim colegas do mesmo grupo e curso. Isto é sobejamente conhecido. Quem está disposto a servir os interesses do clero safa-se quem não tem ligações ao poder religioso vê os amigos do clero tirar-lhe o lugar e passar-lhe à frente. E nós é que pagamos esta pouca vergonha.

Se o clero quer dar aulas de Religião, deverá custear as despesas e não sobrecarregar o Estado e por conseguinte todos os contribuintes, sejam eles crentes ou ateus. É assim a “Democracia Católica”. Dir-me-ão que está na concordata, – mas eu não votei nenhuma concordata para que os meus impostos fossem custear propagada do poder religioso dominante.

É precisamente por estas e muitas outras vergonhas que eu concordo com o Carlos quando escreve que é preciso travar de algum modo a exuberância da Igreja Católica, que em vez de se preocupar com as almas passa o tempo a condicionar as consciências dos cidadão e da sociedade e a pressionar de forma abusiva o poder politico, ao ponto de este se tornar refém do poder religioso.

Nunca a Igreja Católica teve a coragem de dizer aos portugueses, em quanto ficam aos cofres do estado os professores que administram aulas de Religião, colocados sem concurso algum, pela Igreja, no ensino oficial. Desde vencimentos a reformas os números são enormes. Estas “aulas” deveriam ser dadas nos templos como sucede com as restantes confissões religiosas. É portanto um abuso a que os cidadãos deveriam pôr cobro já que o poder político não tem coragem para o fazer. Há directores de turma que são” amavelmente pressionados” para no acto das matrículas, influenciarem os pais a inscreverem os filhos na disciplina de Religião e Moral.

Que o clero queira ensinar como verdadeiras, fábulas de serpentes e mulas que falam, pombas inseminadoras e outras extravagâncias, está no seu direito; que nos façam pagar essas anedotices é que já é o cúmulo e um abuso. Segundo o livro «Em nome de deus», em 1970 o império económico do Vaticano rondava os, “13 biliões de dólares” – como têm coragem para fazer pagar a um povo que está na miséria, as aulas de religião?

Mais grave ainda é que a nota de Religião e Moral, não é qualitativa (bom, satisfaz etc.) mas quantitativa (1,2,3,4,5) contando para a aprovação ou retenção do aluno, o que prejudica de forma desonesta e injusta os alunos que não frequentam a disciplina.

* Título da responsabilidade do Diário Ateísta

Perfil de Autor

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- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa

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- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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