Cristo Rei
No próximo dia 17 de Maio passarão 50 anos sobre a inauguração daquilo a que se convencionou chamar o «santuário de Cristo Rei».
O monumento foi erigido como pagamento de uma promessa dos bispos portugueses:
“Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, sinal visível de como Deus, através do Amor, deseja conquistar para Si toda a humanidade».
Portugal livrou-se efectivamente da II Guerra Mundial o que, se pensarmos na quantidade de países que não tiveram essa sorte, dá até azo ao desenvolvimento de teorias de que Deus afinal é português.
O pior é o impacto visual que a porcaria de um monumento à mais bacoca crendice de meia dúzia de mitómanos causa na paisagem de Lisboa e Almada.
De facto, quando tanto se fala da necessidade de protegermos as zonas ribeirinhas do Tejo do impacto de contentores e de armazéns decrépitos e inúteis, é estranho que ninguém se abalance a falar da poluição visual que causa uma porcaria de uma estátua – ainda por cima feia como tudo – de um sujeito de braços abertos e empoleirado numa enorme peanha de betão.
Já faz 50 anos que o monumento foi inaugurado.
Não era já tempo de tirar aquele mamarracho dali?…