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Mês: Setembro 2008

19 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Pio 12 deve ser canonizado. A inquisição também foi santa.

 O papa Bento 16 defendeu enfaticamente na quinta-feira o seu antecessor Pio 12 da acusação de não se ter empenhado para ajudar os judeus. Deve ter confundido o empenhamento posto na protecção dos carrascos nazis e na sua deslocação para a América do Sul.

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Pio 12 não foi um celerado que arrancasse olhos aos sérvios, um carrasco que estivesse nos campos de concentração a assassinar judeus, um biltre que usasse as próprias mãos para despachar hereges a caminho do Inferno.

Pio 12 foi apenas um Papa católico, amigo da ordem e da paz, anti-semita como os seus pios antecessores e anticomunista como os sucessores. Foi com muita mágoa – dizem os panegiristas de serviço –, que assistiu em silêncio ao extermínio dos judeus e, depois da guerra, para compensar, converteu conventos e seminários em refúgios nazis, enquanto a diplomacia do Vaticano arranjava passaportes para a América do sul.

Não se pode condenar Pio 12 pelo anti-semitismo. É um dever que o Novo Testamento impõe, é o culto de uma tradição que alimentou as fogueiras do santo Ofício e um preito de gratidão a todos os santos que perseguiram judeus e moiros e dilataram a fé.

Pio 12 apenas queria celebrar concordatas com os Estados fascistas, proteger as famílias cristãs dos malefícios do divórcio e assegurar às crianças o ensino obrigatório da sua fé. Haverá odor que mais agrade a Deus do que o de um herege a ser queimado? Ou maior delícia do que a tortura de quem siga uma religião falsa?

Claro que Pio 12 deve ser canonizado. Quantos biltres o não foram já? O problema que lhe complica a vida é não ser incluído em levas de centenas e, na sua singularidade, ter ainda quem se lembre de que o Vaticano foi um antro de conivência com o fascismo.

Mas não aconteceu o mesmo com JP2, um papa que fazia milagres em vida, apesar de só os mortos terem alvará para o negócio?

 

Ora, canonize-se o cadáver. Com os anos que já leva de morto, há muito que não fede.

a) Carlos Esperança

18 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Vaticano na vanguarda da ciência (3)

Por

José Moreira

Afinal, de vez em quando vai havendo boas notícias. Por exemplo, a ICAR, ou seja, o B 16, está de boa saúde e recomenda-se. De tal forma que é capaz de dar um golpe de rins que nem nos Jogos Olímpicos foi visto.
Só me falta saber uma coisa: como é que o pastor alemão vai fazer para conciliar a Bíblia com a Evolução? Hmmm acho que já sei, e a fórmula parece-me simples: Evolução, sim senhores, mas foi Deus quem a fez.
Cá por mim, continuo a dizer: só há um deus, que é Oparin, e Darwin é o seu profeta.

18 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Deus é um mito perigoso e duradouro

Apesar das numerosas referências ao Monstro de Loch Ness que habita as águas gélidas do lago Ness, na Escócia, do registo escrito por S. Columbano e das fotos, recuso-me a acreditar na existência da aquática criatura.

O Abominável Homem das Neves, prejudicado por ter aparecido apenas em 1921, tem testemunhos de numerosos turistas e fotos das suas enormes pegadas esculpidas na neve dos Himalaias, mas o cepticismo arquiva-o na categoria de mito.

As sereias referidas por vários textos greco-latinos, cuja existência foi confirmada por Plínio, o Velho (séc.I) são igualmente referidas por Homero, na Odisseia, onde Ulisses resiste aos seus feitiços, e Cristóvão Colombo dá-nos o seu próprio testemunho de quem as avistou nas costas da Florida. Com tão credíveis testemunhos será legítimo duvidar da existência desses seres que tantos marinheiros enfeitiçaram antes de os desiludirem com a parte inferior do corpo?

O Monstro de Loch Ness, o Abominável Homem das Neves e as encantadoras sereias existem, ainda hoje, na mente delirante ou supersticiosa de numerosas pessoas e, diga-se em abono da verdade, com um grau de probabilidade próximo do zero mas superior ao da existência de Deus.

Não duvido da boa-fé das testemunhas nem da convicção dos alucinados. Todos temos a experiência das miragens do deserto ou do asfalto das estradas em dias de Verão. Não são verdadeiras, mas lá que parecem, parecem. Não me peçam para demonstrar que são falsos os primeiras exemplos e que as miragens são isso mesmo e não uma realidade.

O ónus da prova cabe a quem afirma e não a quem duvida. É a tentativa de inverter o ónus que alimenta o mito de Deus e permite a sua exploração por empresas imunes ao escrutínio das associações de consumidores e ao veredicto dos tribunais.

Deus é um activo de valor nulo cuja cotação depende do grau de superstição e do medo dos crentes, mas se os hereges e apóstatas estiverem sujeitos à lapidação e à fogueira, o seu valor aumenta no mercado da fé. Se a liberdade e o laicismo avançam, a cotação cai a pique.

18 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

O branqueamento do papa de Hitler

Trata-se de um encontro de alto nível, no qual participam historiadores, rabinos, sobreviventes do Holocausto e testemunhas da obra de assistência aos judeus posta em marcha pela Igreja Católica durante a ocupação alemã.`

É preciso limpar o passado para absolver a ICAR e canonizar Pio XII.

17 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Vaticano na vanguarda da ciência (2)

Por

João Pedro Moura

A teoria da evolução é completamente incompatível com a Bíblia.
É preciso insistir bem nisto!
Na Bíblia, salienta-se que o Universo, os astros, o nosso planeta, a flora e a fauna apareceram por determinação criacionista. A tal “criação” em 6 dias…
O que os religionários tentam fazer é uma colagem capciosa à ciência, arengando que uma coisa é a criação e outra coisa é a evolução daí decorrente.
Então, seria caso para perguntar, se o Adão e a Eva eram australopitecos ou Homo Habilis.
Aqui é que a turba religionária é apanhada, fundamentalmente, pois a Bíblia refere o aparecimento dos primeiros homem e mulher, sem qualquer evolução, quando nós sabemos cientificamente, que a hominização é um processo lento, como toda a evolução, declinando absolutamente o pretenso aparecimento criacionista de espécies biológicas.