Liberdade de sentido único
O nosso amigo Ratzinger tem reflexões muito inspiradas sobre a liberdade. Agora, saiu-se com esta:
- «O máximo da liberdade é o ‘sim’, a conformidade com a vontade de Deus. Só no ‘sim’ o homem chega a ser realmente ele mesmo; só na grande abertura do ‘sim’, na unificação de sua vontade com a divina, o homem chega a estar imensamente aberto, chega a ser ‘divino’.» (Zenit)
Ora bem: portanto, para o nosso amigo Ratz, a liberdade só é «máxima» se se conformar com a vontade de outrém. Se cada indivíduo puder dizer «sim» ou «não», por si e para si, a liberdade, sempre segundo Ratz, já não é liberdade.
Confusos? Não vale a pena. George Orwell explica, no clássico 1984: «Liberdade é escravidão».
(Ricardo Alves)