18 de Abril, 2008 ricardo s carvalho
não há como parar estes abusadores!
«[…] Washington: Papa encontrou-se de surpresa com vítimas de abusos sexuais […]»
(PÚBLICO.PT --- 18.04.2008)
«[…] Washington: Papa encontrou-se de surpresa com vítimas de abusos sexuais […]»
(PÚBLICO.PT --- 18.04.2008)
O Papa Bento XVI celebrou hoje missa para mais de 48 mil pessoas reunidas no recém inaugurado Nationals Park Stadium, em Washington, referindo-se pela terceira vez desde o início da viagem aos EUA ao escândalo de pedofilia que abalou a Igreja católica no país, mas pedindo aos fiéis para continuarem a confiar no clero.
“Nenhuma palavra minha pode descrever o sofrimento e os danos causados por tais abusos”, declarou o Papa, referindo-se aos abusos sexuais contra menores cometidos ao longo de décadas por padres católicos. Os abusos permaneceram cobertos durante décadas, muitas vezes com a conivência da hierarquia eclesiástica, e só em 2002 a verdadeira dimensão do escândalo se tornou conhecida, levando as dioceses americanas a pagar mais de dois mil milhões de dólares em indemnizações às vítimas.
Bento XVI considera que, nos últimos anos, a Igreja católica fez grandes esforços para lidar “de forma honesta e justa” com as consequências deste escândalo, mas admite que os “danos causados na comunidade da Igreja” ainda não foram ultrapassados.
O Sumo Pontífice pede por, isso, aos católicos para apoiarem as vítimas e se reconciliarem com o clero, lembrando que a percentagem dos envolvidos no escândalo era muito pequena. “Peço-vos que ameis os vossos padres e que reconheçais o excelente trabalho que eles fazem”, apelou.
A eucaristia de hoje foi a primeira grande celebração realizada por Bento XVI desde a sua chegada a território norte-americano, na terça-feira. Amanhã, o líder da Igreja católica segue para Nova Iorque, onde no dia seguinte celebrará missa na catedral de Saint Patrick, mas o acontecimento mais mediático está agendado para domingo, altura em que visitará o Ground Zero.
Fonte: Público, 17 de Abril de 2008.
Em sete anos, caiu para menos de um terço o número de portugueses que visitaram os lugares santos de Israel e da Palestina, mas o fluxo tem alternado entre anos de queda acentuada com outros em que o interesse turístico português dá mostras de alguma recuperação.
Dados do gabinete de Turismo Israelita para a Península Ibérica, revelam que em 2000 viajaram para Israel 18.731 portugueses, o dobro dos visitantes de 1999, um número que no ano seguinte caiu para 2044 e atingiu o nível mais baixo de sempre em 2002, quando o país recebeu apenas 1284 turistas de Portugal.
A partir de 2003, registou-se uma tendência crescente no fluxo, que chegou quase a 8.000 visitantes em 2005, sofrendo nova quebra em 2006, com 3.410 visitantes de Portugal a chegarem a Israel. No ano passado, foram 5.178 os portugueses que visitaram o país, que em termos globais recebeu 2,2 milhões de turistas.
Dolores Pérez, do gabinete de Turismo Israelita, estima que 85 a 90 por cento dos portugueses que visitam Israel, quer sejam cristãos ou judeus, o fazem por motivos religiosos.
No entanto, em contraste, a religião atrai apenas 17 por cento dos turistas de todas as nacionalidades que procuram Israel. Para Dolores Pérez, as imagens e os relatos de violência que diariamente chegam do Médio Oriente afectam «obviamente» a imagem de Israel como destino turístico seguro.
«É verdade que temos medidas de segurança. Tivemo-las no passado e continuaremos a tê-las até que haja paz na região», disse. Contudo, no caso português, o padre António Pereira da Silva, responsável pelo Comissariado da Terra Santa em Portugal, junta às razões de segurança a crise financeira em que vivem os portugueses para explicar a diminuição dos peregrinos.
«Até à segunda Intifada, organizávamos 10 a 15 peregrinações por ano. Desde então fazem-se cinco a seis. Este ano temos programadas três», disse. Adiantou, no entanto, que em 2008, quando se comemoram os 60 anos do Estado de Israel, os hotéis estão lotados.
«As pessoas não têm meios económicos. São pessoas de meia-idade, com reformas pequenas que por vezes não têm dinheiro para comer, quanto mais para viajar à Terra Santa», sustentou o responsável pelo Comissariado, para quem estas viagens «são uma experiência de fé e evangelização».
Considerou que os relatos de complicações criam uma «mentalidade de medo» nas pessoas que, contudo, afirma não se sentem no território.
«Quando chegam as pessoas são surpreendidas pela ordem e pela segurança. Há 30 anos que viajo para a Terra Santa e nunca tive qualquer complicação com os grupos que liderei», disse.
Acrescentou que apesar de não haver perigo para peregrinos e turistas, acidentes acontecem e aconselha algumas cautelas, como por exemplo, evitar grandes aglomerações de pessoas.
Os mesmos conselhos são dados pela Geotur, um dos primeiros operadores de viagens portugueses com departamento de turismo religioso, que recomenda aos peregrinos que evitem locais públicos, como centros comerciais ou teatros, à noite. Francisco Moura, director do Departamento de Turismo Religioso da Geotur, sublinhou o facto de não terem ocorrido até ao momento incidentes em locais de peregrinação.
Destacou também o facto de nos últimos anos se terem registado “melhorias qualitativas” na oferta de Israel, que passam por mais segurança e melhores serviços hoteleiros.
O responsável da Geotur disse à Lusa que depois da quebra de visitantes verificada entre o Ano Santo (2000) e 2004, devido aos conflitos no Médio Oriente e à insegurança, os peregrinos «voltaram a ganhar confiança e começaram a regressar à Terra Santa».
Ainda assim, referiu, o sector do turismo em geral e o religioso em particular «não é alheio à crise económico-financeira que atravessa o país».
A Geotur estima levar este ano entre 2.000 e 2.500 peregrinos à Terra Santa, havendo já dificuldade em reservar quer aviões, quer serviços hoteleiros para a temporada que se aproxima. Quase 400 turistas portugueses visitaram Israel no primeiro mês deste ano, valor que representa um crescimento de 165 por cento em relação ao ano passado.
Os peregrinos são maioritariamente mulheres viúvas e casais, acima dos 50 anos, inseridos em comunidades paroquiais, que viajam principalmente nos meses de Julho e Agosto, pagando entre 1.200 e 1.900 euros por uma visita de 15 dias.
Para Dolores Pérez, do Turismo de Israel, a colaboração de párocos, pastores, visitantes e peregrinos «é inestimável» na promoção do país como destino seguro.
«Conhecem a realidade de Israel e também da Terra Santa porque estiveram lá. Certamente que durante a estada receberam telefonemas de familiares ou amigos preocupados porque viram alguma notícia na televisão, mas a sua experiência é de tranquilidade e segurança», disse.
Fonte: Sol, 13 de Abril de 2008.
Observe a selvajaria islâmica que se mostra nestes vídeos, com legendas em português (excepto um) no novo site “Monitor da Mídia Árabe” ( http://www.midiaarabe.com/)
Luís Veiga
Uma lei que mereceu tão amplo consenso parlamentar, apesar das ameaças e chantagem do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, vem ao encontro da maioria dos portugueses. Ninguém ficará obrigado a divorciar-se mas fica atenuado o calvário a que eram submetidos os cônjuges para quem o casamento tinha terminado e ficavam reféns dos vínculos.
Não deixa de ser curioso que o PSD cujo líder não vive com a esposa, como fez questão de revelar à comunicação social, acompanhado da namorada, fosse um partido que na sua maioria se opôs à nova lei.
E, como suprema ironia, coube ao líder parlamentar, Santana Lopes, debitar esta pérola: «O PSD é contra a iniciativa que visa “tornar mais fácil e mais célere a possibilidade de dissolução dos vínculos do matrimónio” quando “faltam incentivos para apoiar a estabilidade e a continuidade” da instituição nos dias de hoje».
Ao menos podia ter-se feito substituir por um deputado com maior espírito monogâmico e menor instabilidade matrimonial.
Quando o clero, que tanto se opôs a esta lei, for autorizado a casar, o divórcio deixa de ser pecado e passa a sacramento.
Quanto à luta contra o terrorismo, a tónica recai no respeito pelos Direitos Humanos. Ambos os líderes “evocaram a necessidade de lutar contra o terrorismo com meios apropriados, respeitando a pessoa humana e os seus direitos”, segundo o comunicado.
Após discursar, Bush e Bento 16 seguirão para a Sala Oval para um encontro privado, onde a Guerra do Iraque e a situação do Tibete serão alguns dos assuntos discutidos.
Durante a recepção Bush esteve com a mulher e o Papa com vários cardeais.
Eu acho muito bem que se siga o modelo laicista dos EUA. Em Portugal, isso implicaria imediatamente:
Enfim, Joseph Ratzinger, com estas declarações, aproximou-se de pedir a sua inscrição na Associação República e Laicidade.
João César das Neves (JCN), por espírito prosélito ou penitência, parece um cruzado depois de ouvir uma prédica de Urbano II ou um devoto de Santo Escrivá depois de algumas horas de cilício e oração.
O divórcio está para JCN como o Eixo do mal para Bush. É preciso exterminá-lo. JCN julga que o casamento é uma pena perpétua, que é preferível a violência doméstica à revogação do contrato, que a irredutível vontade de um dos cônjuges se doma com o chicote da lei.
«Por causa da lei agora revista, haverá lágrimas amargas, sofrimentos lancinantes, que o legislador alegremente ignora» – diz, pungente, o pio catequista. Não sei se o devoto defensor da moral já pensou nas lágrimas, sofrimento e sangue que levam ao divórcio, mas isso não lhe interessa, cuida das aparências.
Analisemos um parágrafo da sua homilia de segunda-feira:
«Durante mais de mil anos quem em Portugal casou as pessoas foi a Igreja Católica.
RE: Não havia outra forma de casamento, o divórcio era interdito e o catolicismo era obrigatório e ferozes os métodos de persuasão. É este passado de ignomínia que nos quer lembrar?
No século XIX os laicistas e maçons fizeram da crítica a este facto uma bandeira central. (…). Os passos principais são o Decreto de 16 de Maio de 1832 de Mouzinho da Silveira e o Código Civil de 1867. Foi apenas com a República, na Lei da Família de 25 de Dezembro de 1910 que se verificou a mudança definitiva».
RE: É verdade, até 1867 quem se quisesse casar só o podia fazer pela Igreja católica. Achará justo JCN? Ou só haverá o direito de professar a «única religião verdadeira»?
No salazarismo o divórcio passou, com a Concordata, a ser proibido para os casamentos católicos. Seria uma atitude justa de um país soberano ou uma prepotência eclesiástica, própria de um protectorado do Vaticano?
JCN pensa que a facilitação do divórcio o torna obrigatório. Esqueceu-se de que Sá Carneiro viveu amancebado com uma grande senhora, Snu Abecasis, porque a lei não lhe permitia o divórcio da primeira mulher. É com o regresso à lei a que o saudoso ministro da Justiça, Salgado Zenha, pôs termo que JCN sonha?
Por que obsessão beata quer complicar a vida aos casais que falharam o matrimónio? À democracia JCN quer opor a teocracia.
O Papa Bento XVI afirmou hoje sentir “profunda vergonha” pelo escândalo de abuso sexual de menores envolvendo padres católicos norte-americanos e prometeu tudo fazer para que pedófilos não possam tornar-se padres.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.