Loucura e santidade
Já sabíamos que é preciso ser doido para acreditar em santos. Só não sabíamos que a Igreja católica partilha da mesma convicção.
Ao anunciar uma exposição sobre a Inquisição, onde não são exibidos os instrumentos de tortura, como se compreende, a Agência Ecclesia – a voz do dono – afirma a certa altura: «É possível encontrar ainda o missal de um santo do século XVII que acreditava ser a reencarnação de Cristo, os primeiros mapas dos bairros judeus da Itália e os decretos com os quais a Igreja ordenava a censura de livros». Um santo que acreditava ser a incarnação de Cristo? Se o doido pensasse que era a incarnação da Virgem Maria levantava suspeitas mas se pensasse que era a incarnação de S. José só teria chegado a beato.
E há quem leve a Igreja a sério. Para transformar o Vaticano num manicómio seguro bastava erguer um muro à volta. Para ser santo talvez não seja obrigatório ser doido, mas ajuda. Outro caminho é o apoio aos ditadores sádicos. Veja-se o caso de S. Josemaria Escrivà.
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
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- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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