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Mês: Novembro 2007

10 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Feminismo anticlerical islâmico

Uma apresentadora da televisão Saudi TV, Buthayna Nasser, enfrenta corajosamente as demências de uma sotaina islâmica, expondo um livre pensamento e expressão sublimes perante o fascismo islâmico da Arábia Saudita. Incrível a comparação entre a total vacuidade intelectual emanada pelo clérigo e a riqueza de pensamento, raciocínio e beleza de Nasser.

Também publicado em: LiVerdades

10 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

A canonização de Nuno Álvares Pereira

Não cuido de saber se Nuno Álvares traiu ou não os códigos de honra da nobreza ao assumir o lado da barricada onde se destacou; não emito juízos de valor sobre os bens que exigiu para se colocar ao lado do Mestre de Avis; não julgo à luz dos critérios de hoje as decisões de D. Nuno, na Idade Média.

Custa-me ver o herói, que inflamou gerações, acabar como santo. Enquanto a Espanha impava de fé jamais o Vaticano se atreveu a fazer-lhe a ofensa de canonizar o algoz de castelhanos e a humilhação imposta, apesar do empenhamento do salazarismo e do seu braço pio – o episcopado católico -, em elevá-lo aos altares.

Mas, à medida que a fé se liquefaz numa Espanha rica, culta e poderosa, a canonização do guerreiro português é uma gota de água no mar de santidade ibérica onde um milhar de beatos foi dispensado de milagres em troca do martírio. Não se adivinha qualquer protesto do Governo espanhol, pouco dado a milagres, nem do clero, mais inquieto com o fim do ensino obrigatório da disciplina de Religião católica nas escolas públicas.

O direito canónico dispensa de milagres os bem-aventurados que sejam reconhecidos como santos, pelo povo, há mais de duzentos anos. Não se vê para que se exige um milagre, sempre sujeito ao crivo da dúvida e à galhofa dos incrédulos.

Sei que as minhas tias-avós, casadas em Espanha, ameaçavam os filhos com D. Nuno quando recusavam a sopa e os resultados épicos da ameaça ainda hoje são recordados pelos últimos sobreviventes. Como duvidar de tanta santidade?

É certo que não matou mouros nem judeus e eram católicos os que mais cedo chegaram ao Paraíso nas batalhas dos Atoleiros e de Aljubarrota mas adivinha-se o que faria se os andaluzes, que ainda eram moiros, lhe tivessem saído ao caminho, vindos de Granada.

9 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

e agora, um momento desportivo

Este é um artigo baseado num texto que saiu no sítio Slate.

entre [ ] estão comentários meus.

«Deus parece que está cada vez mais interessado em desporto profissional. Mais interessado do que alguns dos fazedores de apostas desportivas em Las Vegas.

Algumas semanas antes do SuperBowl [final do campeonato americano de Futebol Americano] o melhor jogador da equipa de St Louis, Kurt Warner, um cristão devoto, declarava «o Senhor tem alguma coisa especial preparado para a nossa equipa». Também na mesma equipa, Issac Bruce, que afirmou que por gritar o nome «Jesus» não se magoou seriamente num acidente de carro, descreveu a recepção da bola que acabou por ser a jogada vencedora «Não fui eu. Foi exclusivamente Deus, eu só tive de fazer um pequeno ajustamento e Deus fez o resto» [o que leva a pensar que deus pode ser considerado como doping, uma ajuda extra fora das regras do jogo].

Um antigo jogador da equipa de Green Bay [ainda futebol Americano] Reggie White, um dos mais vocais lideres dos atletas cristãos, sabia que deus intervém em jogos de futebol «por causa de ter interferido na luta entre David e Gólias». O capelão da equipa dos Atlanta Falcons [mais uma equipa de futebol Americano] chegou a afirmar que «Deus preocupa-se com os pontapés aos postes e se eles vão entrar ou não».

O Prof. James Mathisen do Wheaton College diz que «atletas são pessoas pragmáticas e viradas para a performance. Muitos atletas acreditam na existência de Deus e no seu envolvimento no desporto, uma vez que esses atletas querem ver resultados, e resultados das suas preces

Alguns capelões, teólogos e ministros evangelistas rejeitam a ideia de deus ou Jesus Cristo estarem a guiar passes ou a ajudar a apanhar uma bola. Na opinião de alguns dessas pessoas, como por exemplo o teólogo James Freeman da Emory University, «Deus não se importa com quem ganha ou perde, uma vez que Deus preocupa-se com problemas do mundo e não acontecimentos desportivos.» Igualmente o director da organização Pro Atheletes Outreach, um grupo de atletas influentes que afirmam o seu cristianismo, James Mitchell, diz que «Deus intervêm em assuntos que são realmente importantes, como por exemplo quando Hitler tentou dominar o mundo, mas que não se preocupa com jogos de homens crescidos» [não estou a brincar, podem ler no texto original, este Capelão teve a coragem de dizer esta frase, que o seu deus esperou 5 anos e 70 milhões de pessoas mortas para impedir Hitler de conquistar o mundo].»

Tragédias naturais? Acidentes? Más formações congénitas? Pobreza? Crime? Desespero?
Que nada! Remates ao canto, defesas apertadas, «nossas senhoras» nos balneários para a Selecção Nacional ir dar um beijo nos pés: deus é o capitão de equipa.

Quem sabe de mais infantilidades como estas? Conte como foi.

9 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

É preciso topete

Já imaginaram os monárquicos a preparar o centenário da República e os vegetarianos a integrarem-se na festa do leitão à Bairrada? Já pensaram no rei de Espanha a preparar-se para visitar Portugal e associar-se às comemorações da batalha de Aljubarrota?

Era como se Angola, Moçambique e Guiné mandassem os seus presidentes a exaltar os soldados portugueses mortos na guerra colonial e a condecorar os órfãos e as viúvas dos militares que os combateram, num qualquer dia 10 de Junho de triste memória.

Por mais humor negro que alguém tenha não pensa que os japoneses prepararem as comemorações do ataque à base de Pearl Harbor ou os alemães comemorem a invasão da Polónia. Como jamais os americanos se atreverão, no futuro, a comemorar a decisão que Bush tomou de invadir o Iraque.

Mas o impensável acontece. Os bispos portugueses querem estar presentes na celebração do centenário da implantação da República, eventualmente com uma missa de Acção de Graças.

Ninguém acredita, conhecida a união de facto entre o trono e o altar, que os bispos vão celebrar as leis do divórcio, da separação da Igreja e do Estado e a do registo civil obrigatório. Nem sequer para manifestarem arrependimento do ódio e do ressentimento que manifestaram à República e do apoio que deram ao seu derrube no 28 de Maio e à cumplicidade com a ditadura salazarista.

Para meditação dos leitores ficam aqui as Palavras do Presidente da CEP na abertura da Assembleia Plenária, em Roma: [Com o aproximar da celebração do centenário da implantação da República, D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), disse que «devemos estar presentes para que a interpretação dos acontecimentos seja exacta»].

Ora o 5 de Outubro também foi feito contra o poder das sotainas.

8 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

O ateísmo salva

Foi convidado para a excursão da Universidade Sénior Albicastrense, apesar de só a mulher a frequentar. Henrique Alves, de 70 anos, acabou por não aceitar o convite porque diz ser “ateu”. “Se fosse a outro local eu tinha ido, agora a Fátima não vou”, revela o reformado. (JN)

8 de Novembro, 2007 Helder Sanches

Quem é mais ateu?

Na Theosfera do padre João António pode-se ler o seguinte texto:

QUEM É MAIS ATEU?

A superfície dá um tipo de resposta. A profundidade oferece outro.

Quem é mais ateu? O descrente que se assume? Ou o crente que se presume?

Não será que o ateísmo dos ateus, no fundo, é mais uma denúncia de muitos crentes em Deus do que uma negação do Deus dos crentes?

A leitura dos livros de Richard Dawkins e Michel Onfray tem-me feito pensar deveras e interrogar bastante.

Quando se contesta a presença pública da fé será que há um incómodo perante Deus ou um desencanto diante do contra-testemunho dos crentes?

E, desse modo, não poderá ser o ateísmo uma busca de autenticidade? Não poderão estar, portanto, muitos ateus mais próximos de Deus?

Não serão as suas perguntas mais consistentes que as nossas respostas?

Acho todo o texto muito interessante, embora a ideia de poder estar mais próximo de deus me deixe um bocado perplexo! Em relação à última questão, acho-a fenomenal; sempre achei que a resposta é um claro “Sim”.

(Publicação simultânea: Diário Ateísta / Penso, logo, sou ateu)

8 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

«É um milagre!»

Por favor, vejam este link

Eu não consigo colocar o vídeo como é de costume vermos por aqui, mas façam o esforço.

Este clip aplica-se aos últimos artigos sobre acidentes e «milagres»

Hilariante e muito acertado

8 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Religiões abraâmicas – farinha do mesmo saco

Perante a demência do Islão, face aos banhos de sangue perpetrados pelos trogloditas de Maomé, cheguei a pensar que o catolicismo se tivesse convertido numa seita tolerante, democrática e plural, uma espécie de religião verde, amiga do ambiente.

Julguei que Meca estivesse para o Vaticano como o tráfico internacional da droga para a contrafacção de roupa na Feira do Relógio. Puro equívoco. Uns e outros não renunciam a converter o mundo às mentiras da sua fé e submeter os povos ao pavor do seu Deus.

Que um desgraçado a quem falte a vista, o olfacto, o paladar e o tacto, confunda uma alheira de Mirandela com a feijoada à brasileira, não é de admirar, mas que uma pessoa normal, graças à cegueira da fé, veja numa rodela de pão ázimo o corpo e o sangue de JC já é preciso superstição e teimosia. Começam por distinguir a água benta da outra e acabam por não saber diferenciar as proteínas dos hidratos de carbono.

São esses aprendizes de Torquemada que viajam pelo Diário Ateísta à espera de achar o Camiño ou a edição portuguesa de «L’Osservatore Romano». Herdeiros dos falsários da «Doação de Constantino» e do «Sudário», adoradores de relíquias e outros lixos pios, crédulos em milagres, não toleram que haja quem despreze Deus, anjos, santos, Virgens e restante fauna etérea com que se enganam e pretendem ludibriar os outros.

Temo que os ares do Diário Ateísta lhes façam mal à saúde. Quem tem dois mil anos de intolerância e proselitismo dá-se mal com a liberdade e o pluralismo. Para recuperarem, nada melhor do que a sacristia, procissões, muitas missas, algumas novenas, a eucaristia semanal e peregrinações aos lugares santos. Pouco adianta à alma, mas alivia o ódio pio que aqui vêm bolçar num local desinfectado de superstições e dogmas.

7 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Muito sofre o ditador vitalício

O Papa Bento XVI manifestou hoje, na habitual audiência geral das quartas-feiras, no Vaticano, a sua «tristeza» face ao acidente ocorrido na A-23, na noite de segunda-feira, que provocou 15 mortos.