Ainda na sala escura
O filme The Golden Compass [naõ sei qual será a tradução para Português] é um filme que vai estrear no dia 7 de Dezembro pela New Line Cinema. Quem quiser ver o trailer está aqui. [Nicole, you make my heart ache!]
A Catholic League [a Liga Católica Americana] já veio dizer que «os livros de onde o filme é adaptado denigrem o Cristianismo, dizem mal da Igreja Católica e vendem as virtudes do ateísmo» isto tudo dito pelo mal-educado e cretino do seu líder, Bill Donohue [e quem conhecer o senhor irá perceber o porquê de estar a usar estes termos para o descrever].
A New Line Cinema já admitiu ter «alterado ligeiramente o conteúdo do filme à luz dos livros, para ser uma história sobre amor, coragem, responsabilidade e liberdade», o que grupos de ateístas defendem [incluindo a Britan National Secular Society] ter sido uma manobra da produtora para evitar criticismo da «direita cristã Americana», fazendo uma versão «politicamente correcta» do filme.
Golden Compass é um filme sobre um universo paralelo similar a Oxford. O corpo governativo desse «universo» é um grupo malévolo chamado the Magesterium [referenciado no livro como «a Igreja»], com os «maus da fita» com títulos como «cardeais» ou «padres». O Magesterium responde perante o Vatican Council e tem como missão o controlo do mundo. Magesterium é um termo usado pela igreja católica para descrever o grupo de crentes que é responsável por interpretar a «palavra de Deus».
O autor dos livros, Philip Pullman, escreveu no seu sítio «o meu maior problema é com a natureza literalista e fundamentalista do poder absoluto e aqueles que tentam perverter e usar incorrectamente a religião, ou qualquer outra doutrina, onde um livro sagrado e um grupo de pessoas detentoras de autoridade indiscutível tentam dominar ou anular liberdades humanas».
No entanto, o brutamontes [não, não estou a exagerar] do Sr. Donohue já veio dizer que «eu não me importo com o filme, e com o facto de ter sido tornado em um filme politicamente correcto, o que me preocupa é que esta é uma tentativa descarada e insidiosa de seduzir os pais de crianças a comprar livros que são pró-ateístas».
«Faça-se uma fogueira bem alta, e lance-se para lá todos esta cultura herege», já estou a ver o estimado Bill a pensar enquanto a baba lhe escorre da boca: Harry Potter, Golden Compass, Teletubbies, SpongeBob, etc, por ele [e os Pat Robertson’e e os Jerry Falwell’s do mundo] era tudo banido. E assim as crianças podiam passar as tardes a ver o espectáculo masoquista, sórdido e horrendo da «Paixão de Cristo» e a ler as fantasias sobre genocídios, intolerância, e «ciência» na Bíblia.
E queremos nós, que a nossa sociedade progrida.