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Cristo proibido nos templos cristãos?

O Paulo de Tarso deve ter sido um dos mais irritantes personagens da História Universal, um dos seus passatempos preferidos era enviar cartas para populações inteiras, género correio electrónico em massa, na altura o spam devia ser conhecido como «Corpus Paulinum», exercido pelo discípulo do Cristo, mais conhecido como Paulo, O Epístoleiro.

Uma das suas cartas, dirigida aos Colossenses, frisava a circuncisão do Cristo, para além da lengalenga habitual do “faz isto, não faças aquilo, o José disse que o Manuel tinha conversado com o António e que a Maria lhe havia dito que tinha ouvido o Afonso a contar que a sua prima tinha ouvido dizer que a sogra do Joaquim tinha uma filha que tinha visto uma serpente voadora a cuspir fogo e a dançar o malhão.”.

Em Colossenses 2:11 pode-se ler o seguinte: “No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo.“.

Cristo tinha um pedaço a menos no seu orgão genital portanto, bocado esse que segundo o teólogo Leo Allatius havia ascendido aos céus quando o Cristo ressuscitou e formado os anéis de Saturno, teorização advinda do século XVII, escrita na obra católica de magnânima importância religiosa, espiritual, transcendental, metafísica, ultra física, “De Praeputio Domini Nostri Jesu Christi Diatriba“, ou a “Discussão sobre o prepúcio do nosso senhor Jesus Cristo”.

Ora acontece que em termos genitais o cristianismo é ligeiramente exigente, ou brejeiramente coscuvilheiro em certos casos, e em Deuteronómio 23:1 diz o seguinte: “Aquele a quem forem trilhados os testículos, ou cortado o membro viril, não entrará na congregação do senhor.“. Serão trilhamentos parciais ou totais? Serão cortes rentes, pela raiz genital, ou só umas esfaqueadelas na ponta? Ambiguidades teológicas…

Parece que o Cristo está proibido de entrar na congregação do senhor devido a cortes genitais…

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