Noves fora… nada!
A fé per si não é o que mais me surpreende na crença religiosa. O que mais me custa a entender é como é que os crentes não se interrogam sobre a multiplicidade de crenças existentes por esse mundo fora. Vou aqui conceder – talvez demasiado – o flanco e partir do princípio que todos os crentes o são convictamente, com a melhor e mais honesta das intenções.
Como é que essa honestidade não os leva a interrogarem-se sobre a plausibilidade da sua crença face à existência de outras? Vejamos, agarremos em dois crentes de quaisquer duas religiões; um deles estará, necessariamente, enganado! Como esta confrontação é válida para quaisquer duas religiões que se escolham, não é muito mais provável estarem todas erradas?
Tentei explicar este raciocínio à minha filha mais nova quando ela ainda tinha apenas 7 anos e ela percebeu. Como é que gente crescida não entende?
(Publicação simultânea: Diário Ateísta / Penso, logo, sou ateu)
Perfil de Autor
Casado e pai de duas filhas, nunca revelou tendências para o sobrenatural. Aos oito anos aprendeu a dizer "Somos surdos, Senhor" no lugar de "Ouvimos, Senhor". Defende que o ateísmo deve ser construído à conta dos seus próprios méritos e não baseado nos desméritos das religiões. Fundador e webmaster do Portal Ateu, prefere abordar as questões de laicidade, moral e cultura. Blog pessoal: Penso, logo, sou ateu. Também no Twitter e no Facebook.