A vitória da Educação Sexual
Aparentemente o obscurantismo católico associado à sexualidade sofreu pesada derrota de acordo com dados avançados pelo governo. Vence finalmente a Educação e perde o obscurantismo, a desinformação e o sectarismo sexual, e a fábula da castidade afunda-se rapidamente.
Em 30 de Janeiro de 2007, Policarpo, representante de alguma coisa pouco concreta visto não ter sido eleito democraticamente, quiçá representante dos negócios estrangeiros do Estado vaticanista, teceu algumas elações, opiniões se democraticamente se falasse, linguagem desconhecida no Estado totalitário das sotainas, sobre a (des)Educação Sexual.
Defendia que “em termos religiosos como culturais a castidade surge como uma vivência generosa e responsável da própria sexualidade”, o que falha em vários pontos, refere-se a todas as religiões quando fala exclusivamente de catolicismo, e realmente a castidade pode ser interessante para os católicos, mas não vivemos no Vaticano, ponto que terá escapado à análise da sotaina.
Acrescenta que “o exercício individualista da liberdade origina uma sociedade permissiva. O Estado gasta uma parte significativa das suas capacidades e energias a corrigir abusos de liberdade”. Esta declaração é simplesmente ridícula, se uma pessoa se masturbar em casa terá de ser presa para que seja corrigido esse “abuso de liberdade”, ou a policia teria de andar a espreitar nas janelas das pessoas a averiguar se estariam a fazer sexo anal, sexo oral, a utilizarem chicotes e algemas, se as posições sexuais são as permitidas pelo Vaticano, se alguém geme em sinal de prazer esquecendo-se que o sexo é exclusivamente procriativo?
Diz também que se “trata de uma liberdade individual sem responsabilidade que se encontra nos acidentes de viação, nas agressões contra o ambiente, no abandono e abuso de crianças, no aborto”. É na responsabilidade que reside a Educação Sexual, na prevenção de doenças por exemplo, o que é irresponsável na óptica vaticanista, o não uso do preservativo é o acto responsável defendido pelo catolicismo, aparentemente porque os vírus, fungos e outros patogénicos também são filhos de deus, por alguma coisa Noé os salvou do grande dilúvio. A nível dos acidentes de viação até existe bastante lógica, sexo e conduzir ao mesmo tempo nem sempre combina, a não ser em auto-estrada à noite sem tráfego, mas isso já são outras histórias. Agredir o ambiente dependerá de vários factores, considerando uma relação heterossexual na companhia harmoniosa da Natureza, se a mulher tomar a pílula pouco mal vem ao ambiente, caso se use preservativo será moralmente correcto guardá-lo para posteriormente o deitar fora em local adequado. Não esquecendo que é mesmo para deitar fora, não deve ser utilizado novamente depois de lavado e passado por pó-de-talco (histórias reais dos quotidianos das pessoas que experimentaram o fascismo católico português). Quanto ao abuso de crianças… os encapuzados sabem muito mais sobre o tema que eu. Relativamente ao aborto parece que nada mais existe a argumentar, até porque nem vale a pena, o bolor religioso que se apropria do cérebro impossibilita qualquer tipo de clarividência, a argumentação católica sobre o assunto arruína-se logo nas bases, formação da alma aquando da fecundação, seja portanto duas meias almas caso se formem gémeos, um terço de alma em trigémeos, contas feitas e o catolicismo chumba com 0 no exame.
Interessante as alusões do clérigo a uma das muitas temáticas que desconhece completamente, seguindo fielmente o catecismo morre-se estúpido, para além de infligir graves problemas psicológicos associados à repressão de algo que não pode ser reprimido, as leis da Natureza são muito mais poderosas que as leis impostas por qualquer Homem. Parece que a sexualidade se poderá finalmente emancipar pela forma com que qualquer temática se emancipa, pela sua compreensão e respectiva liberdade pessoal de exercer os conhecimentos para uma vida mais feliz e digna.
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