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Mês: Setembro 2007

1 de Setembro, 2007 Carlos Esperança

Braga consagra-se ao Coração de Maria

Hoje, dia 2 de Setembro, a cidade de Braga vai renovar a consagração ao Coração de Maria, junto ao monumento em sua honra, no Bairro da Misericórdia. Como noutros anos, o programa consta de missa campal pelas 15h00 seguindo-se a procissão com o seguinte itinerário: Bairro da Misericórdia, (…) e, de novo, Bairro da Misericórdia, onde se fará a renovação da consagração.
Este acto solene é levado a cabo pelo Movimento de Erecção dos Monumentos ao Imaculado Coração de Maria que conta, em Portugal, com 250 grupos.
Em Braga, está sedeado no Bairro da Misericórdia e por esta manifestação de fé se dá cumprimento à Mensagem de Fátima.

Esta notícia pia merece alguns comentários:

1 – É a cidade de Braga que se consagra ou os padres que a querem consagrar?

2 – Os ateus também são consagrados contra a sua vontade tal como fazia Pio IX com o baptismo das crianças judias?

3 – A consagração é frequente, como se vê pela notícia, donde se conclui que o prazo de validade da sagração é relativamente curto, seja pela fraca qualidade da bênção ou pela inépcia do clero.

4 – A mensagem de Fátima é uma burla certificada podendo o pretexto ser mais credível.

5 – O «Movimento de Erecção» faz jus ao nome, não poupa os descrentes.

1 de Setembro, 2007 Carlos Esperança

O terrorismo e a fé

Não se pode negar a ligação entre crença e terrorismo religioso e, por isso, seria ingénuo acreditar que é possível pôr cobro ao último sem desmascarar a irracionalidade da fé. Na defesa da paz e da harmonia entre as pessoas urge combater a mentira e desmascarar a superstição.

Sem fé não seriam assassinadas crianças que viajam de autocarro a caminho da escola. É a religião que guia os terroristas para um centro de veraneio, a caminho de edifícios cheios de escritórios ou para o centro de um mercado pejado de gente. A religião diz aos trogloditas da fé que o crime que cometem é uma bonita acção ao serviço de Deus e não lhes falta com a recompensa merecida destinando-lhes uma assoalhada no Paraíso.

Sem a demência mística teriam sido possíveis os massacres contra os albigenses, o extermínio dos índios, as cruzadas e os churrascos de improváveis bruxas e suspeitos judeus? Sem as palavras de ódio bolçadas na Bíblia e no Corão teriam sido possíveis a Inquisição, as Cruzadas, a evangelização e os rios de sangue que os muçulmanos se encarregam de alimentar para glória e gozo de Maomé?

É fácil fanatizar uma criança e os clérigos encarregam-se de as procurar à nascença para as transformarem sucessivamente em crentes, assassinos e residentes no Paraíso.

O proselitismo é a lepra que corrói os crentes fanatizados. O seu desejo é eliminar os infiéis ou convertê-los e as conversões acontecem, nem sempre por medo.

Algumas conversões são reacções psicóticas relativas ao confronto da cultura religiosa individual com a carga emotiva activada pelos lugares sagrados. Estes são fruto da propaganda (Santo Sepulcro, sítios de aparições, locais de martírio, mausoléus de imãs ou profetas, etc.), aquela é o produto da fanatização perpetrada por agentes da religião.

Ninguém poderá negar que os períodos de mais intensa fé corresponderam sempre aos tempos mais negros da história da humanidade. O maoísmo, o estalinismo e o nazismo, bem como diversos nacionalismos, não foram mais do que religiões que prestaram culto a Mão, Estaline e Hitler num histerismo mimético ao que se passa com Cristo, Maomé e outros ícones que embotam o pensamento e ensandecem as pessoas.