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Fundamentalismo católico

O presidente do Pontifício Conselho “da Justiça e da Paz“, Cardeal Renato Raffaele Martino, acusou a organização de defesa dos direitos humanos, Amnistia Internacional (AI) de responder à violência com a violência, por apoiar o aborto, no caso de gravidez resultante de estupro.

Comentário: O fundamentalismo, palavra que começou por ser atribuída, no início do século XX, ao protestantismo evangélico, que pregava um Deus vingativo, apocalíptico e violento, é comum a todas as religiões monoteístas.

A condenação do aborto, em casos de violação, é uma atitude de uma violência inaudita, própria de quem nega a si próprio o direito à interrupção do celibato. A mulher não tem direito ao planeamento familiar nem à sexualidade. Nem, pelos vistos, a interromper a gravidez na sequência de uma violação.

A impiedade contra as mulheres é uma herança misógina que corrói a Igreja católica desde Santo Agostinho. Imagine-se como seria o direito penal sob a orientação do Vaticano.

Perfil de Autor

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- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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