Loading

Mês: Julho 2007

11 de Julho, 2007 jvasco

Enviesamentos Cognitivos III – O pensamento veleitário

O pensamento veleitário, ou pensamento propiciatório já foi por mim abordado neste espaço. É um enviesamento cognitivo que corresponde à tendência para confundir desejos com realidades: considerar mais provável aquilo que é mais desejável.
Este enviesamento, entre outras coisas, acaba por resultar numa tendência para acreditar nalguma forma de imortalidade, mesmo perante toda a evidência em contrário. Este engano é uma pedra basilar da religião, razão pela qual existem muito poucas religiões que não garantam a certos crentes a possibilidade de viver além da morte.

11 de Julho, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

ICAR e a evangelização à força

A Conferência Episcopal Portuguesa reuniu-se no antro em Fátima para declarar guerra à Laicidade e ao povo português, chantageando tudo o que aparece à frente, debitando diarreias totalitárias baseadas numa suposta importância maior da ICAR em relação ao governo português, rejeitam a Laicidade e atacam o poder de unhas e dentes, maníacos nostálgicos das idades das trevas ensombradas pelo Iluminismo da emancipação Humana à subserviência de desígnios divinos ou esquizofrenia socialmente aceite.

Entre muitos dos atentados terroristas à população portuguesa, esta é feita de possíveis homens e mulheres de joelhos que arrastam pesos mortos e mentes vácuas, um tal de D. Carlos Azevedo, D. de desequilibrado mental ao que se aparenta, proferiu que “O peso da Igreja na sociedade portuguesa não é o Estado que o define”, vigoroso discurso arrogante e insultuoso ao governo eleito pelo povo, se existem definições essas são dadas pelas pessoas e não pelo que uns quantos mafiosos coniventes com pedófilias, genocídios a escalas imensuráveis com as suas guerras ao preservativo, humilhação feminina face ao poder dos pénis vaticanistas devidamente apalpados e quem sabe ensalivados quando de escolha de papa se trata, quem sabe não apareça outra Joana, intrusos da vida sexual de quem nunca lhes pediu opinião, legisladores de sectarismos alucinados provenientes dos escritos bíblicos, um tal de Cristo a inspiração, filho de um grande Ser Superior que nem o ensinou a escrever, ouvi dizer que um gajo disse que outro gajo disse que um primo da sobrinha do alfaiate tinha dito que uma cuspidela curava a cegueira.

Uma tal de concordata obriga Portugal a ajoelhar-se perante os clericais, assim define em conversa de nevoeiro católico o tal de D., racionalismo impede tal facto, liberdade ainda mais, que procure joelhos a raspar no chão no seu covil em Fátima, que defina regras e legislações aos rastejantes, carraças expurgam-se, mais não seja pela coleira da Laicidade, responsabilidade de quem tem peso a mais ou menos é decidido pela voz de todos, e a voz do Vaticano que se fique por lá, ditaduras em terrenos democráticos entram no erro de choque perfeito entre poder de dizer o que vem à cabeça, monólogo portanto, debate deixaria uma enorme vitima prostrada, conhecimento e racionalismo contagiam, se assim não o acontecem, esmagam demolidoramente a tirania.

Este porta voz Católico definiu a lei da liberdade religiosa, é “um diploma que só se aplica às minorias existentes”, mas terá este desequilíbrio mental uma razão? Existem pessoas que são mais pessoas que outras? Existem religiões que são mais verdadeiras ou falsas que outras? Cristianismo é o plágio de proporções escandalosas, o roubo de crenças e mitologias acompanhado de carnificinas, mais uma das muitas religiões, fé mais forte que a islâmica? Nunca. Mais importante que a religião mais antiga viva, o Hinduísmo? Deus verdadeiro? Existem milhares deles, todos tão verdadeiros como mentirosos, Cristo o profeta? Quantos profetas caminharam pela Terra? Milhares? Doidivanas sedentos de oprimir povos e deles sugar dinheiro e a própria existência, torpes indagações que ruminam na demência religiosa, sanguessugas de Vida e Liberdade, mentes desvairadas pelos luxos e mentirosos natos, tal gene desumano que instiga ao prosélito, ao totalitarismo e ridicularidade de argumentação e raciocínio de reles encadeamento, pobres almas penadas há muito vencidas pela luminosidade da Razão, triste caminho obscuro de desencontro com a moral, a existência e a hegemonia da uniformidade da paz na diversidade e criatividade ilimitada Humana.

Revolvem leis e dinheiros, implantam pedras com sinos onde podem, introduzem vírus religiosos nas crianças que sugam para lavagem cerebral, cérebros fortes e aguerridos não vergam, não caem em prosélitos nem em mentiras escondidas debaixo do tapete, as derrotas da ICAR serão no número correcto de atentados à Liberdade, a opressão não é uma escolha, a Liberdade é única e incontornável, as bases construídas pelos libertadores são muitas e minimamente firmes, os alicerces tornam-se mais fortes quanto mais se tenta ruir o que tanto custou a construir, as vidas Humanas perdidas nas lutas contra as ditaduras foram baratas para a ICAR mas extraordinariamente ricas para os Homens Livres e sempre respeitadas.

A concordata interessa apenas quando se acaba o papel higiénico.

Também publicado em LiVerdades

11 de Julho, 2007 Carlos Esperança

Bispos chantageiam o Governo

O Conselho Permanente da CEP, piquete de prevenção do episcopado, disponível para se atirar às canelas de quem ponha em causa a hegemonia da ICAR, que tanto sangue derramou ao longo da história, atirou-se ao laicismo, como gato a bofes, e ao Governo que lhe alimenta a gula.

Para o episcopado «a educação, a solidariedade social, o sector da comunicação social, o acompanhamento espiritual dos doentes e dos presos, o apoio à família e à natalidade» são áreas de que querem o exclusivo, apesar da alegada castidade que se impõem.

É difícil saber o que, se pudessem, deixariam para a sociedade. A vocação totalitária está bem viva sob as sotainas. O Inferno é uma projecção dos seus desejos íntimos para quem despreze a religião e se ria da liturgia.

Se estas santas alimárias pudessem rachar cabeças com o báculo e meter-lhes dentro o veneno da fé não haveria heresia a que não pusessem cobro, livre-pensamento que não erradicassem, direitos humanos que não abolissem.

Sob a mitra fervilha o ódio à liberdade, a gula pelo poder e o proselitismo católico. Se nos deixarmos reduzir a um bando de beatos e tímidos os bispos impõem ao ar que respiramos uma percentagem de incenso e à água que bebemos o ritual cabalístico que a torna benta.

O Diário Ateísta é uma trincheira da luta contra todos os totalitarismos pelo que não podemos permitir que das igrejas, mesquitas ou sinagogas sopre o vento da opressão e da violência.

10 de Julho, 2007 jvasco

Enviesamentos Cognitivos II – Superstição e negação

Ao procurar padrões e relações quando se analisam dados, podem ocorrer dois erros: a superstição e a negação. A superstição corresponde à detecção de um padrão inexistente: ver regularidade onde só existe acaso. A este propósito interessa contar algo.

Fizeram-se várias experiências com pombos. Em algumas, quando o pombo tocava num determinado ponto da gaiola, ele recebia comida. Se estamos perante um pombo faminto, aquilo que acontece quando ele toca nesse ponto da gaiola e recebe comida é que vai ocorrer um reforço positivo desse comportamento. Se isto acontecer varias vezes, o pombo vai «aprendendo» que tocar nesse ponto gaiola significa que vai surgir comida.
E se o pombo tocar nesse ponto da gaiola e não surgir comida? Da primeira vez que acontecer, o pombo não vai desaprender esse comportamento: esta ausência de reforço não será suficiente para fazer com que o pombo desista de tocar nesse ponto da gaiola. Mas se o pombo tocar várias vezes, sem que nada aconteça, irá ocorrer a “extinção” do comportamento anteriormente aprendido. Ele vai desaprendê-lo.
Nós podemos estabelecer uma determinada probabilidade p. Quando o pombo toca num ponto da gaiola, tem uma probabilidade p de ser alimentado. Se a probabilidade p for acima de um determinado valor, os reforços positivos serão suficientemente frequentes, e a ausência ocasional destes não impedirá a aprendizagem. O pombo saberá o que fazer para se alimentar. Se a probabilidade for abaixo de determinado valor, o pombo poderá não chegar a entender o mecanismo para obter comida.
A condição para que o pombo receba comida pode ser variada – ele pode receber ao dar um pequeno pulo, ao dar um passo para trás, ao virar o pescoço depressa, etc.. O importante é que acima de um determinado valor de probabilidade p (que pode ser bastante inferior a 1/2) o pombo aprende a lição.

B.F. Skinner fez uma outra experiência com os pombos famintos: decidiu dar-lhes comida lentamente, mas ao acaso. Sucede-se que os pombos nunca entenderam que a comida lhes era dada ao acaso. Cada vez que recebiam um grão todos os gestos que tinham efectuado nesse momento recebiam um reforço positivo. À medida que os iam repetindo sem sucesso, esse reforço ia-se perdendo, mas quando surgia um novo grão, novos gestos eram reforçados – e aqueles que tivessem acontecido em ambas as ocorrências saiam muito reforçados. Grão a grão, o pombo ia recebendo reforços e reforços, e detectando padrões onde não existia nenhum. Cada pombo foi criando uma verdadeira «dança». Às vezes davam alguns passos atrás e esticavam o pescoço para a esquerda, outras vezes andavam em círculos e davam pulinhos pequenos para a direita. Depois, a dança ia-se mantendo à medida que mais grãos iam chegando – o pombo interpretava a dança como estando a funcionar. Detectava portanto um padrão – dança igual a comida – onde ele não existia. O pombo demonstrava um comportamento supersticioso.

O comportamento supersticioso do pombo é fácil de explicar à luz da selecção natural. E os mesmos motivos que fizeram com que os pombos cometessem tais erros ao analisar a realidade também se aplicam aos mamíferos em geral e aos seres humanos em particular. Acreditar na ferradura e na pata de coelho é natural. Acreditar no azar trazido pelos gatos pretos e nos benefícios de evitar uma escada também o é.

E a negação – a recusa em assimilar padrões óbvios – pode auxiliar a superstição. As danças da chuva continuam a ser executadas, por muitas vezes que não funcionem. A pata do coelho continua a dar sorte, por muito azar em que participe, e por aí fora…

Muitas das mentiras da religião nascem desta tendência natural para a superstição e para a negação.

10 de Julho, 2007 jvasco

Enviesamentos Cognitivos I – Sobrevivendo

Num mundo sem Deus, regulado pelas leis que conhecemos, seria de esperar o aparecimento da religião.
Afinal de contas, o homem é um animal que passou quase toda a sua história como caçador-recolector, e o seu cérebro funciona de tal forma que muitas vezes se engana ao analisar o mundo que o rodeia. São comuns vários enviesamentos cognitivos.

A razão pela qual tais envisamentos cognitivos ocorrem é muitas vezes explicada pela selecção natural, pela forma como o cérebro funciona, pela psicologia humana. Importa conhecê-los para que a nossa análise ao mundo que nos rodeia seja menos deturpada.

Nesta série de artigos falarei sobre a superstição, a negação, o pensamento veleitário, a ilusão de controlo, o efeito de rebanho, a percepção selectiva e o enviesamento confirmatório. Conhecendo estes enviesamentos cognitivos, é mais fácil compreender o fenómeno religioso.

10 de Julho, 2007 Carlos Esperança

O fundamentalismo católico

O Papa B16 não é só o monarca absoluto cuja vocação autoritária arredou da comunhão os teólogos progressistas, é o autocrata que abraçou os sucessores de Lefebvre e se conluiou com o Opus Dei com os quais sempre partilhou a fé e a intolerância.

Bento 16, apesar dos tempos maus para o pensamento único, entende que há um só Deus verdadeiro – o seu, uma só língua sagrada – o latim e um só representante legítimo – ele próprio.

O velho autocrata sangra o Vaticano II como os magarefes os porcos, até à última gota. Era previsível um Papa que vingasse a tentativa de acertar o passo com a modernidade, que combatesse o pluralismo e declarasse guerra à democracia.

Ninguém seria melhor do que o antigo e inflexível Prefeito da Sagrada Congregação da Fé, herdeiro espiritual das fogueiras do Santo Ofício e da tortura, para ressuscitar a Igreja medieval, fábrica de heróis, santos e mártires, capaz de espalhar a fé e a peçonha pelos quatro cantos do mundo.

O Vaticano reafirma a «exclusividade» católica, isto é, declara que há uma só Igreja verdadeira, donde se conclui que todas as religiões são falsas, excepto a católica, na melhor das hipóteses. Provavelmente são todas.

Eis o fundamentalismo católico em todo o seu esplendor, a demência da verdade única, a visão simétrica do Islão, a cruzada contra a tolerância, o ódio à liberdade, o requiem pela democracia. O Papa fez tábua rasa da Reforma. É a Contra-Reforma que volta. Não são apenas as mesquitas que semeiam o ódio e a exclusão. O catolicismo pede meças.

10 de Julho, 2007 Ricardo Alves

Sacerdote católico implicado em genocídio

Na Argentina, o padre católico Christian Federico von Wernich sentou-se no banco dos réus pela primeira vez no dia 5 de Julho. É acusado de participar em sete crimes de homicídio e em quarenta e um de sequestro e tortura. Os crimes em que participou ocorreram entre 1976 e 1983, durante a ditadura militar de que a ICAR foi cúmplice e entusiasta de tal forma que, em 23/9/1975, o capelão católico das Forças Armadas chegou a afirmar, numa homilia em que falava de «Cristo»: «o Exército está expiando a impureza do nosso país (…) os militares foram purificados no Jordão do sangue para se porem à frente de todo o país» (outro sacerdote diria anos mais tarde que «por vezes a repressão física é necessária, obrigatória e, enquanto tal, lícita»). A repressão militar vitimou mortalmente cerca de 30 000 pessoas, num país que tinha uma população de 30 milhões. Tratou-se de um verdadeiro genocídio, que a ICAR caucionou moralmente, e em que sacerdotes católicos participaram. O padre católico von Wernich, uma peça chave do sistema repressivo, será acusado de genocídio.

Von Wernich, que era capelão da polícia de Buenos Aires, actuava nas prisões durante as sessões de tortura. Com o pretexto de prestar «assistência religiosa», e perante presos políticos enfraquecidos pelos espancamentos e pelos choques eléctricos, o padre oferecia a última tortura: a «salvação» a troco da confissão. Os seus longos interrogatórios tiveram frequentemente sucesso. Não parecia ter problemas éticos com o que fazia: quando um oficial do exército matou um oposicionista na presença de Von Wernich, este sossegou-o dizendo-lhe que «o que tinha feito era necessário; era um acto patriótico que Deus sabia que tinha sido para o bem do país». Graças aos seus mui católicos serviços, foi mesmo condecorado publicamente pela ditadura fascista. Em tribunal, tem-se recusado a dar detalhes alegando o «segredo de confissão».

A ICAR apoiou-o sempre. Quando, após o final da ditadura, se refugiou numa paróquia de província, a população protestou contra a presença do padre torcionário. A ICAR não ouviu os protestos, mas mudou-o de paróquia quando teve um caso amoroso com uma paroquiana. Conclusão: para a ética invertida que a ICAR pratica, a tortura não é condenável, mas o amor, esse sim, é intolerável.

Em 2003, um juiz argentino defensor dos Direitos do Homem pediu a sua captura. A ICAR disse que não sabia do facínora, mas era mentira: Von Wernich estava numa paróquia remota do Chile, dando missa tranquilamente. Foi capturado depois de a imprensa argentina e chilena ter descoberto o seu esconderijo. É caso para dizer que há jornalistas que têm princípios éticos que não se aprendem na missa.

(Mais informações actualizadas na Federación Internacional de Ateos; mais fotografias em atheisme.org.)

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

10 de Julho, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

"Medicina" religiosa nos Hospitais

Seria por certo lógico alargar a medicina para fora dos Hospitais, quem sabe inserir cursos de primeiros socorros em todos os sistemas de educação, mas aparentemente não o é. Quem de lógica e racionalidade pouco usufrui não perde tempo em inverter as necessidades Humanas e consequente bem-estar, antes contagiar pilares da ciência, tecnologia e conhecimento ao serviço da saúde com vírus religiosos, religioso neste caso concreto, a diversidade das mutações tende a ser erradicada pelo vírus dominante.

A Comissão de Liberdade Religiosa (CLR) debate mitologia inserida à força de marreta onde mais ela destrói, educação, saúde e quem sabe um dia nas aulas de condução também, Jesus Cristo é o meu guia, esbarramento provável pois o homem não sabia conduzir. Meias verdades e meias mentiras, tudo o mesmo mas difere sempre nos arranjos demagógicos polidos a várias mãos, sempre pela mesma lixa da falácia, da afirmação sem evidências, e ginásticas de raciocínio a provar que o contorcionismo está na cabeça de quem tem fé, existe mesmo.

O conceito de liberdade religiosa é uma grande mentira, liberdade do autoritarismo cristão seria já uma meia verdade, libertinagem cristã o melhor nome para a espécie de Comissão. Do Jornal de Notícias de 4 de Julho de 2007, 2ª página tão importante o tema é, extraímos casos interessantes do anteriormente exposto.

O padre José da Silva, coordenador dos capelães hospitalares afirma que a remuneração faz parte do princípio de que a assistência religiosa “é um cuidado de saúde”. Até hoje ninguém provou tal afirmação, e o dogma do “cuidado de saúde” lembra os pecados do preservativo e os milhares de mortos com SIDA devido a tão excelsas medicinas cristãs. Quem sabe não serão antes exorcismos como os que alguns padres fizeram recentemente em Itália a homossexuais para lhes tirar uma substância maligna do corpo, exorcismos também feitos a Hitler e Estaline pelo chefe médico do Vaticano, parece que a distância interferia nas emissões e recepções.

Assistência de saúde por via psicológica? Conforto? Fé? Não passam de processos neuronais em muito semelhantes ao sexo. Fé? Apenas uma baixa densidade do receptor serotonínico 5-HT1A. Uma alteração da consciência que pode ser induzida por alucinogénios como o LSD e a psicocibina. Se doenças neuronais aparentam os doentes, existem psicólogos e psiquiatras, induzir estes estados em Hospitais é contra producente.

Outro assunto abordado no jornal anteriormente referido foi o do conceito de liberdade religiosa, onde se falam de diversas religiões, pluralismo portanto, Igreja Católica, Igreja Evangélica e Protestantismo, em suma, sem nevoeiros, Cristianismo. Isto não é pluralidade nem em Marte, é uma religião, e por mais que a ramifiquem continua a ser a mesma religião, uniformidade e não pluralismo como se tenta fazer acreditar. Podem acrescentar a Igreja Batista Da Pomba Sacrificada, a Igreja Evangélica Do Pastor Paulo Andrade (O Homem Que Vive Sem Pecados), o Terreiro Umbandista Da Mãe Maria Da Lavagem, toneladas delas, é apenas Cristianismo.

Logicamente esta agressão é extensa, envolve todos os ateus, agnósticos, hindus, budistas, judeus, islâmicos, em suma, um sectarismo ridículo e uma descriminação a todos os não-religiosos e não-cristãos. As igrejas esvaziam, factor que empurra os fomentadores das religiões cristãs para os sítios públicos onde não deveriam ter lugar. Doentes que queiram homilias que as paguem e as recebam nos horários das visitas, os hospitais deveriam ter batas brancas e não sotainas pretas.

Relativamente à posse de objectos pessoais de culto pelos doentes, segue a seguinte afirmação do mesmo jornal “direito de posse de publicações e objectos pessoais de culto, assim como de sinais e vestes”. Poderão os doentes andar com incensos? Poderão andar com o Kama Sutra (livro sagrado do Hinduísmo) e efectuar actos de culto sexuais? Poderão fumar cannabis como forma de contacto com os deuses? Poderão consumir alucinogénios para conforto espiritual? Poderão efectuar sessões de Reiki? Yoga? Poderão andar nus como liberdade religiosa de vestes? Poderão levar Budas e panos psicadélicos de deuses Hindus para adornar paredes?

Para além dos Hospitais, esta Comissão de Autoritarismo Cristão quer marretar religião em quartéis, centros educativos, forças de segurança e prisões. Não tarda e querem meter cruzes e outros símbolos de culto nas casas de banho públicas, tirem de lá o homem pelo menos que ver uma pessoa a sofrer e a escorrer sangue numa cruz é deprimente, culto ao sofrimento já dá nó na tripa que chegue.

Ámen.