15 de Junho, 2007 Carlos Esperança
Palestina – A religião só prejudica
A Palestina explodiu. As milícias islâmicas do Hamas venceram os últimos focos de resistência do presidente Mahmud Abas. Alá é grande e Maomé o seu profeta.
A faixa de Gaza, com cerca de 330 quilómetros quadrados, está separada da Cijordânia. Até há pouco a Palestina era um Estado à espera de território e de paz, agora é um lugar de mais violência à espera de Estado e com o território em risco.
Sem água, comida, paz ou recursos, a Palestina deixou de ser a pátria ansiada para se transformar num Inferno garantido, por mérito próprio, sem precisar da ajuda sionista.
Apesar de afirmações em contrário, o Hamas não resiste a criar um Estado confessional. «Chegou a era da justiça e da lei islâmica», disse, ontem em Gaza, Islam Shahawan, um porta-voz da milícia do Hamas. Aliás já começaram as execuções sumárias de membros da Fatah.
Parece que a irracionalidade e o ódio vão tomando conta do mundo. Às religiões chegou o momento de serem lideradas pelos movimentos mais sectários e cruéis. A demência da fé e o nacionalismo deram as mãos. O resultado é dramático.
Não tarda que a violência alastre à Cisjordânia.
DA/Ponte Europa Ler artigo de Ricardo Alves