Notícias (4/6/2007)
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Políticos suíços têm defendido abertamente que se proíba a construção de minaretes. Este ataque à liberdade de culto, que dificilmente terá paralelo em algo que se passe em qualquer outro país da União Europeia, é selectivo: nada foi dito sobre a construção de igrejas ou sinagogas. No Irão, os casamentos temporários estão em alta (o islão xíita permite que um casal se case por algumas horas ou alguns dias, o que entusiasma alguns jovens a casarem-se temporariamente para passarem fins-de-semana no mar Cáspio). E na Malásia, uma mulher viu negado num tribunal do Estado o seu direito a abandonar o Islão, apesar de se ter convertido ao cristianismo (na minha ingenuidade, pensava que mudar de religião é um direito fundamental de qualquer ser humano).
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A Tailândia decidiu não adoptar o budismo enquanto religião oficial de Estado. A iniciativa poderia ter agravado um conflito entre budistas e muçulmanos, nas províncias do sul, onde já morreram cerca de 2 000 pessoas. No México, a ICAR insiste em intervir politicamente na questão do aborto. E em Malta, a presença do Presidente e do Primeiro Ministro numa canonização é severamente criticada.
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Teodoro de Faria, que foi recentemente substituído na diocese do Funchal da ICAR, atribuiu a condenação judicial do seu secretário, o sacerdote católico Frederico Cunha, a «um acto de vingança» presumivelmente orquestrado por «diversos lugares de diversão nocturna inteiramente repreensíveis» contra os quais se teria pronunciado. Recorde-se que o padre católico Frederico Cunha foi condenado, em 1993, por crimes de abuso sexual de menor e homicídio, tendo cumprido pena de prisão até à primeira saída precária, momento em que fugiu para o Brasil. No julgamento, provou-se também que o sacerdote Frederico usava a casa de paróquia para abusar sexualmente de menores.