O Sr. Joaquim Gonçalves, bispo de Vila Real, aponta, na sua mensagem pascal, que os símbolos de fé, são também construtores da civilização. Crucifixo, sacrário e o lava-pés são ícones «cimeiros das igrejas».
Comentário:
– Para dependurar paramentos, o crucifixo foi substituído, com vantagem, pelos cabides;
– O sacrário, se guardasse algo importante, teria dado lugar aos cofres blindados, com muito maior segurança;
– E o lava-pés? É assim tão importante? É incómodo para um semicúpio e, de certo, o Sr. bispo encontra melhor quando a bexiga o apoquenta.
A legenda, segundo a imprensa israelita, diz que o papa Pio XII «se absteve de assinar a declaração dos Aliados condenando o extermínio dos judeus» e «manteve sua posição neutra em toda a guerra».
Comentário: De facto, Pio XII não foi neutro. Foi cúmplice do nazismo.
O Presidente polaco, Lech Kaczynski, e o Primeiro-ministro Jaroslaw Kaczynski, ambos conhecidos pela sua extrema religiosidade e pelo seu enorme fervor católico, começaram já a levar a cabo iniciativas legislativas e políticas para impôr os seus valores morais a todos os cidadãos.
Além de promoverem um discurso abertamente anti-semita, de proibirem qualquer forma de união de facto entre pessoas do mesmo sexo, de anunciarem a proibição do divórcio, de alterarem os currículos escolares para que o criacionismo fosse ensinado nas aulas, os irmãos procuram agora impedir os homossexuais de trabalhar na função pública, estando já em curso a apresentação de uma lista inicial oficial de proibições.
Perante esta situação creio que faz sentido aderir à exortação feita no blogue Devaneios Desintéricos, e expor claramente o seguinte protesto:
«Exmo Sr Embaixador da Polónia,
Ciente do árduo percurso do Povo do seu país rumo a uma Democracia expurgada de totalitarismos como os que historicamente se abateram sobre a Polónia, é com genuína inquietação que assisto à implementação de medidas governativas tendentes a instaurar um clima de desrespeito pelos mais basilares Direitos Humanos. As soluções propugnadas pelo executivo de Varsóvia, ao terem como consequência o desrespeito pela liberdade de não prossecução de um dado credo, a perseguição de minorias sexuais e modelos familiares atípicos, assim como as sugestões vindas a público de uma proibição total do aborto ou, por outro lado, a apologia da pena de morte feita por alguns membros do Executivo que representa, traduzem uma divergência inaceitável com os valores que assumimos comuns nesta União Europeia.
Ciente que o Povo polaco, como outrora, saberá levantar-se contra a instauração da intolerância e do desrespeito pela dignidade humana, junto de vós lavro o presente protesto.»
Vou encaminhar este protesto para o embaixador da Polónia, e convido todos os leitores a fazer o mesmo. Convido também todos os blogues a aderir à iniciativa.
Na sequência de dois artigos do Ricardo Alves, «Leituras Recomendadas» e «Foram os do Costume», vale a pena insistir na denúncia dos ataques terroristas de índole religiosa perpetrados na Argélia e Marrocos e a que a agenda mediática portuguesa deu pouco relevo.
A Al-qaeda, uma espécie de Opus Dei bombista do Islão, continua a espalhar o terror à escala global. O sangue é uma exigência do Profeta e o suicídio o bilhete para o Paraíso.
Se um partido político fizesse a apologia do ódio e da xenofobia, se tivesse nos seus princípios programáticos o incitamento à violência que a Bíblia e o Corão preconizam, há muito que tinham sido dissolvidos pelos Tribunais e presos os seus dirigentes.
A suposição de que a maldade alarve é a vontade de Deus, cruel e sanguinário, protege os facínoras de serviço da aplicação do Código Penal e da vigilância dos campos de pregação do ódio — os templos.
A crença é um direito mas não é uma obrigação. À semelhança do dono da loja de legumes que acha que o cliente é obrigado a comprar, depois de apalpar um melão ou pegar num repolho, também o clero exige que o cidadão obedeça à religião depois de borrifado com água benta ou besuntado com óleo do travão de um veículo litúrgico chamado crisma.
Os crentes têm direito à genuflexão e à posição de rastos, mas não podem impedir a postura vertical e a dignidade dos livres-pensadores. E, sobretudo, não lhes assiste o direito de converter à bomba ou impedir a apostasia com a decapitação.
Não podemos deixar substituir as fogueiras da Inquisição da ICAR pelas bombas do Islão .
Devo ser uma daquelas poucas estranhas pessoas que gosta de ouvir música clássica ao conduzir no tráfego da cidade. Na zona de Lisboa apenas existem duas opções: Antena 2 e Classe FM (ex-Luna FM), esta última a emitir a partir do Montijo, em 106.2 MHz.
Esta frequência foi recentemente adquirida pela Media Capital fazendo, portanto, parte da rede de rádios que também inclui a Rádio Cidade, Rádio Comercial, RCP, entre muitas outras; tudo normal até aqui.
Aberrante mesmo é o facto de durante algumas horas de emissão, a Classe FM emitir divulgação religiosa e publicidade a um tal Professor Bambú ou Mambú! Então, uma rádio que se dedica à transmissão de música clássica, ópera e jazz – de excelente bom gosto, diga-se – encharca depois a sua frequência com missas em português e espanhol em simultâneo e consultas astrológicas em francês magrebino!?! Que falta de classe…
(Diário Ateísta / Penso, logo, sou ateu)
Numa declaração difundida no dia 11 de Setembro de 2006, o nº2 da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, anunciara que o Grupo Salafista para a Predicação e o Combate (um grupo terrorista argelino dissidente do GIA) passara a integrar a Al-Qaeda. Em Janeiro de 2007, mudaram de nome para «Organização da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico». 11/9 na América, 11/3 na Europa, 11/4 em África…
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.