Ateísmo na Blogosfera
- «Mas da filosofia à ciência o processo é contínuo, e já foi repetido em muitos domínios. «De que é feita a matéria?» era uma pergunta filosófica até se compreender o suficiente para formular hipóteses testáveis e, eventualmente, um modelo científico bem fundamentado. Há séculos que andamos nisto, avançando mais nuns domínios que noutros. E cada avanço levanta mais perguntas que é preciso compreender, e, uma vez compreendidas, tentar responder. Perguntas filosóficas que se transformam em perguntas científicas que dão respostas científicas e levantam novas perguntas filosóficas.
Nem a filosofia pode vencer a ciência nem a ciência vencer a filosofia. São ambas parte do mesmo processo de compreensão. Mas o
[leitor] tem razão em se preocupar com a religião, que sempre foi a roda quadrada desta carroça. A religião assume que já sabe as respostas e nem sequer gosta de perguntas. Enquanto as outras se ajudavam e avançavam a religião ficou na mesma, cada vez mais isolada da realidade.»(«Ciência, Filosofia e Religião.», no Que Treta!) - «Na realidade, Tyson aponta que não há nada em comum entre religião e ciência e que a inspecção da História revela uma guerra entre ambas como explicado no livro que já referi, «A History of the Warfare of Science with Theology in Christendom», do historiador e ex-presidente da Universidade de Cornell (uma das mais prestigiadas universidades do mundo, que incluiu Carl Sagan no seu corpo docente) Andrew D. White.
Para além disso, a ciência assenta em verificação experimental e a religião assenta na fé, que por definição dispensa qualquer tipo de comprovação, pelo que as duas abordagens ao conhecimento são completamente irreconciliáveis. E considerando que ao longo de boa parte da História da humanidade se tentou arduamente aproximar ambas parece pouco provável que a conciliação alguma vez aconteça
» («O perímetro da ignorância», no De Rerum Natura) - «John Edward é, sem dúvida, o mais famoso «psíquico» da actualidade.
Até a TV Cabo (se bem me lembro no «People & Arts»), já se rendeu aos «encantos» deste burlão, que se tornou multi-milionário a fazer crer às pessoas que comunica com o «mundo dos mortos» e que lhes transmite mensagens de familiares e amigos que estão «do outro lado».
E que não hesita em explorar despudoradamente os sentimentos das pessoas para lograr os seus únicos intentos: enriquecer como um nababo.» («O Sucesso dos Aldrabões», no Random Precision)