Miscelânea de notícias (16/4/2007)
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O líder da maioria (democrática) do Congresso dos EUA, Steny Hoyer, encontrou-se no Cairo com um dirigente da Irmandade Muçulmana. A Irmandade Muçulmana está proibida no Egipto desde 1954. Um dos seus dirigentes, Sayid Qutb, foi o principal teórico do islamo-fascismo sunita. A jihad islâmica egípcia e outros grupos armados islamistas, como a Al-Qaeda, tiveram a sua origem em dissidências na Irmandade Muçulmana, que constitui hoje algo de semelhante a uma internacional islamista sunita. Não é claro se no encontro do Cairo se discutiu um possível plano de tréguas.
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Numa convenção, os sindicatos de professores do Reino Unido votaram uma moção pedindo que o governo deixe de financiar as escolas religiosas, muitas das quais sobrevivem à custa de subsídios do Estado, embora discriminem os alunos por critérios religiosos. A moção avisa que as escolas religiosas (anglicanas, católicas, muçulmanas, judaicas…) têm agravado a segregação social (um caso típico é a Irlanda do Norte). Algumas destas escolas parecem ser também uma das causas das gravidezes na adolescência, devido à sua insistência em programas de educação sexual irrealistas e contrários à própria natureza humana, em que se defende a total abstinência sexual.
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O ateísmo tem cada vez maior notoriedade e influência na Europa ocidental (talvez a região mais secularizada do mundo desenvolvido). Michel Onfray, o filósofo francês ateu e hedonista, acaba de publicar um novo livro, «La puissance d´exister». Em declarações à imprensa, diz que a fundação de toda a moral é «gozar e fazer os outros gozar sem fazer mal a si próprio ou aos outros». Não está mal como princípio.