Se não pode ser julgado, não lhe chames bom
Já apresentei neste blogue alguns artigos sobre o paradoxo do mal (I, II, III, IV e V), e obtive várias respostas curiosas a respeito deste assunto.
Uma das respostas defende que «Deus não pode ser julgado pelos nossos padrões de moralidade». É uma afirmação que oiço ser repetida, com a qual muitos crentes concordam.
Mas se os crentes acreditassem num Deus que não pudesse ser julgado pelos nossos padrões de moralidade, então não faria sentido dizer que ele é bom. É que dizer que Deus é bom é precisamente julgar Deus pelos nossos padrões de moralidade.
Um Deus que não pode ser julgado por tais padrões não pode ser considerado bom nem mau.