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Mês: Fevereiro 2007

25 de Fevereiro, 2007 Carlos Esperança

Igreja evangeliza o mundo da pornografia

Quando os fregueses não vão à igreja, os pastores vão à procura das almas nos labirintos da pornografia.

O Novo Testamento é omisso quanto à passagem de Jesus por casas pornográficas mas o Diário Ateísta não duvida de que «Jesus Loves Porn Stars», como se lê nas inscrição das bíblias distribuídas nos pavilhões de Las Vegas onde se exibem os filmes hardcore.

25 de Fevereiro, 2007 jvasco

De volta à costela.

Depois de uma noite de sono já estou capaz de abordar isto de uma forma mais séria. E merece, porque ilustra um erro comum de raciocínio, ao qual todos devemos estar atentos.

Imaginem: A Carolina tem 30 anos, é inteligente, extrovertida, e independente. Formou-se em filosofia, sempre se preocupou com questões de justiça social e discriminação e, enquanto estudante, participou em manifestações contra a guerra. Qual destas duas afirmações vos parece mais plausível:

A- A Carolina trabalha ao balcão de um banco.
B- A Carolina trabalha ao balcão de um banco e assume-se como feminista.

A maioria das pessoas escolhe B, mas é fácil ver que está errado. Se B é verdade então A é verdade também, pois B é a conjunção de A com o feminismo assumido. É mais provável que A seja verdade, e por isso A é mais plausível. Esta é a falácia da conjunção: atribuir maior probabilidade à conjunção de proposições que a uma delas (1).

O raciocínio que Jónatas Machado apresentou é outro exemplo:

A- Deus criou Adão e Eva por milagre.
B- Deus criou Adão e Eva por milagre e usou uma costela de Adão para criar Eva.

A conjunção não pode ser mais plausível que uma das proposições isoladamente. É polémico se isto é sempre um raciocínio falacioso ou simplesmente uma interpretação diferente da noção de probabilidade, mas é fácil ver que não se justifica aceitar uma afirmação extraordinária apenas por se apresentar em conjunto com uma mais plausível. Quem não acredita que eu faço milagres não deve mudar de opinião apenas porque acrescento «e gosto de chocolate».

——————————–[Ludwig Krippahl]

25 de Fevereiro, 2007 jvasco

A costela, pois claro!…

Não devia escrever a esta hora. Devia fazê-lo só com calma para poder rever bem o texto antes de publicar. Mas temo que não vá conseguir dormir se não mandar já isto. Aqui está o comentário do Jónatas Machado:

«E, para informação do Ludwig Krippahl, deve dizer-se que Adão recuperou a sua costela. É verdade. O Ludwig devia saber que em caso de acidentes os cirurgiões recorrem todos os dias às costelas para retirar osso (v.g. para reconstrução facial) porque sabem que, mantendo intacto o periosteum, o osso da costela volta a crescer. Essa técnica foi descoverta há poucas décadas. No entanto, Deus utilizou-a para criar Eva, garantindo desse modo que em toda a família humana corre o mesmo sangue. O facto de Deus ter utilizado uma técnica que os modernos cirurgiões utilizam diariamente desde há algumas décadas só atesta a plausibilidade do relato do Génesis.»

Ora bem. Deus pega num pedaço de barro, faz um milagre, e aparece Adão. Manda-lhe um sono profundo, tira-lhe uma costela, e enche o buraco de carne. Duma costelita faz Eva que, presume-se, teria mais que meio palmo de estatura. Outro milagre. Mas perfeitamente plausível porque a costela regenera.

Coitado do Adão. Se Deus escolheu a costela porque a costela regenera sozinha, então fez estes milagres todos mas deixou o desgraçado com dores até recuperar. E se o curou por milagre lá se vai a plausibilidade toda, visto não ser essa uma «técnica que os modernos cirurgiões utilizam diariamente».

E se lá estivesse escrito úmero ou clavícula em vez de costela, será que os evangélicos já iam pensar que era fantasia?

E como é que sabem se Deus removeu o periosteum ou não, e se a costela regenerou? Essa parte não vem na Bíblia.

Há coisas que é o melhor é mesmo acreditar. Se tentamos compreender só dá dor de cabeça. Vou-me é deitar. Boa noite.

——————————–[Ludwig Krippahl]

25 de Fevereiro, 2007 Carlos Esperança

A crueldade de Deus e a demência dos homens

O crime de honra é uma velha excrescência religiosa que se observa nos meios mais reaccionários e embrutecidos pela fé. Deus é um ser misógino que odeia a mulher, acima de todas as coisas, e o amor como algo de vergonhoso.

A mulher é um ser desprezível que se destina a assegurar a reprodução da espécie, servir o marido e ensinar a doutrina aos filhos. Amar não é só o distúrbio dos sentidos, é uma ofensa para a família que apenas se consente dentro do matrimónio canónico, sem manifestações lascivas ou trejeitos mundanos, sem outro fim que não seja o da prossecução da espécie.

Esta notícia traz-me à memória a aldeia da minha infância, onde uma mãe solteira era expulsa de casa, pelos pais, e lançada na prostituição para que a honra da família ficasse limpa. E o responsável podia esperar o fio de uma navalha que lhe trespassasse as tripas por não ter reparado com o casamento a desonra de uma família.

Há nestes crimes cruéis várias infâmias que se perpetuam nos meios rurais, analfabetos e fortemente religiosos:

– Considerar a mulher um ser inferior;
– Considerar a sexualidade um tabu:
– Culto exacerbado da tradição;
– Ignorar os direitos humanos, em geral, e os da mulher, em particular;
– Manutenção de preconceitos hediondos.

Como curiosidade, aproveito para informar os leitores mais novos que, antes do 25 de Abril de 1974, em Portugal, o Estado considerava injustificadas «as faltas dadas por mães solteiras por motivo de parto». Que raio de país.

Pobres homens que não merecem que, ao menos uma vez na vida, uma mulher lhes diga «amo-te», porque as feras não merecem e os brutos não apreciam.

24 de Fevereiro, 2007 Helder Sanches

Jesus, Séc. XXI

Ajoelhem-se e rezem ou ergam os braços aos céus e gritem “Aleluia”, conforme preferirem. O Filho de Deus chegou! Desta vez não vem para fazer milagres ou falar em parábolas; o objectivo é educar(!) e, no processo, arrecadar uns milhões, viver bem e gozar a vida (eterna).

José Luis de Jesus Miranda auto intitula-se o verdadeiro Jesus, filho de Deus, regressado após dois mil anos. Até aqui, pode-se dizer, tudo bem. Em todo o mundo devem ser milhares os loucos ou esquizofrénicos que, anualmente, alegam tamanha identidade. O que já não é muito habitual é que milhares de pessoas os sigam em diversas partes do globo.

Mais de 300 congregações em mais de 20 países, um canal de satélite a transmitir 24 horas por dia, um programa de rádio e diversos sites na internet, dizem bem das proporções da paranóia à volta da Growing in Grace (Crescendo em Graça), nome da sua organização.

Homem suficientemente irónico para não esconder a sua tatuagem com o número dito da besta, o Zé controla todos os aspectos da sua organização, como bom empresário que se preze, e certifica-se que a recolha de dádivas é executada logo no inicio das cerimónias, onde aceita cartões de crédito, não vá algum dos adoradores esquecer-se de levar consigo dinheiro vivo.

Sinceramente, tenho alguma dificuldade em criticar o Zé. Ele até prega que o Diabo, o Inferno e o pecado não existem, as orações são uma perca de tempo e que os 10 Mandamentos são irrelevantes! Posso qualificá-lo como charlatão e pouco mais. Já para os seus seguidores, encontro uma série de adjectivos para os qualificar.

(Diário Ateísta/Penso, logo, Sou Ateu)

24 de Fevereiro, 2007 Carlos Esperança

Religiões = Casas de alterne

Deus é o subterfúgio que os homens criaram para as suas próprias limitações, o escudo para os seus medos e a desculpa para os seus fracassos. Mas podiam ter feito do mito a síntese do que de melhor os homens são capazes em vez do monstro vingativo e cruel que faz as delícias dos padres e o terror dos crédulos.

As religiões monoteístas são as casas de alterne onde se compra o patrocínio da Virgem, a protecção do Santo ou a bênção de Deus. Os clérigos são as alcoviteiras do divino que aconselham o santo adequado, a virgem mais dedicada ou o profeta melhor cotado.

Não há no bordel da fé a alcova da tranquilidade, tudo é agitação e frenesim com cheiro a incenso e estearina, em vez de fluidos e permanganato, isto se estivermos a pensar no antro do Vaticano.

No judaísmo ainda há os lúgubres crentes das trancinhas que se esforçam por derrubar o Muro das Lamentações à cabeçada e que odeiam a carne de porco e o livre-pensamento.

Mas é no Islão que a enorme quantidade de parasitas da fé mantém o cerco mais feroz à liberdade individual. Quem duvidar do profeta, arrisca a separação da cabeça; quem não repetir em voz alta que Deus é grande e Maomé o seu profeta, fica sob suspeita do clero; quem beber um simples copo de vinho ou atacar uma sanduíche de presunto, paga com a vida; e, se for mulher, as vergastadas e a lapidação tornam-se a diversão pública que delicia os crentes, numa orgia de demente crueldade para glória de Deus e satisfação do profeta. Basta uma acusação de adultério.

E ainda há quem não acredite na bondade das religiões!!!

23 de Fevereiro, 2007 Carlos Esperança

Um livro imprescindível (Continuação)


Comentário: Os pecados já foram mais caros mas a ICAR fazia descontos para grandes quantidades, como se pode ler. Basta clicar nas imagens.