O crepúsculo da Igreja católica
Não são os ateus que destroem a Igreja Católica, como o Papa e os bispos nos acusam, atribuindo-nos uma importância que não temos e intenções que nos são alheias.
O ateísmo não faz proselitismo, limita-se a denunciar as mentiras em que as Igrejas se fundamentam, os crimes com que escreveram algumas das páginas mais negras da sua história e a obstinada resistência à democracia e à modernidade.
A ICAR foi a voz do feudalismo quando as transformações económicas e sociais se encarregaram de o liquidar; defendeu o absolutismo monárquico contra o liberalismo, a monarquia contra a república, o nazismo contra a democracia. As posições reaccionárias foram sempre bandeiras dos padres, bispos e Papas, assumidas com particular zelo nos dois últimos pontificados.
Numa sociedade de classes a ICAR quis ser a porta-voz de interesses antagónicos; num mundo que evolui e se transforma quis manter os dogmas e o imobilismo moral e social. Ficou só, num combate em que os jovens fugiram dos seminários e a sociedade entrou em choque com a última teocracia europeia – o Vaticano.
A contracepção, o aborto, o divórcio, a eutanásia, a homossexualidade, a clonagem e, sobretudo, a emancipação da mulher, reduziram a moral católica a um anacronismo que nem os crentes tradicionais estão dispostos a suportar.
E, se o apoio a todas as ditaduras, com excepção das comunistas, não contribuiu para o prestígio do último Estado totalitário da Europa, também o comportamento do seu clero não ajudou o prestígio do seu Deus.
Assim, a ICAR vai morrendo enquanto outras Igrejas, quiçá mais fanáticas, surgem com a violência das suas mentiras apoiadas no poder dos Estados que controlam, numa orgia mística e num desvario de violência e crueldade, como sucede com o fascismo islâmico.
Há-de ser a laicidade a ganhar a inteligência dos homens e a impor o Estado de direito ou serão as religiões a ditar as regras de conduta da Humanidade e a fazer regredir a civilização.
As religiões são incompatíveis com a democracia. A vocação totalitária só lhes permite fingir que se acomodam enquanto as não podem minar. As religiões fogem da liberdade como a ICAR diz do diabo em relação à cruz e os islamitas de Maomé face ao toucinho.
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
- Ponte Europa http://ponteeuropa.blogspot.com/
- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/
- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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