Padre católico condenado por genocídio
O sacerdote católico Athanase Seromba foi condenado a 15 de anos de prisão, pelo Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, por participação em genocídio e por crimes contra a humanidade. Durante os massacres de 1994, Seromba era responsável pela paróquia de Nyange. Depois de 2000 tutsis se terem refugiado na sua igreja, o sacerdote católico (que colaborava com as milícias hutus) ordenou que a igreja fosse destruída por máquinas escavadoras, com as pessoas lá dentro. Os sobreviventes foram mortos à facada.
Este é o primeiro sacerdote católico condenado por participação no genocídio por este tribunal internacional. Anteriormente, um sacerdote da Igreja Adventista do Sétimo Dia fora condenado a dez anos de prisão. O início do julgamento deste padre já fora noticiado pela Palmira e pela Mariana em 2004. Recentemente, uma freira católica, que selecionava tutsis para serem massacrados no hospital onde trabalhava, foi condenada por participação no genocídio (duas outras freiras católicas tinham sido condenadas em 2001 por um tribunal belga). Muitos outros membros do clero católico, e do clero de outras igrejas cristãs, estiveram envolvidos nos massacres do Ruanda (que antes de 1995, assinale-se, era o orgulho do Vaticano, devido à sua elevadíssima percentagem de católicos praticantes).
Existem pelo menos mais dois padres católicos detidos e aguardando julgamento.