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Separação da Igreja e do Estado na Noruega

Como o Ricardo já tinha referido, a situação anacrónica de um dos países menos religiosos do mundo, a Noruega, em que existe uma religião oficial e uma igreja de estado a que pertencem nominalmente 88% mas de facto apenas 10% da população, está prestes a terminar.

A discussão pública sobre a separação entre o Estado e a Igreja na Noruega iniciada há uns meses – que inclui a possibilidade de um referendo sobre o tema – num país em que a larga maioria da população apoia a medida, foi reforçada pela decisão de há uns dias do órgão máximo eclesiástico, o Sínodo Geral, que votou maioritariamente (63 contra 19) a favor da separação da Igreja e do Estado neste país.

Como referiu igualmente o Ricardo, a Igreja da Noruega, luterana, é liderada pelo Rei da Noruega, com o Storting (Parlamento Norueguês) como órgão legislativo supremo. A Constituição desta monarquia impõe que a família real e pelo menos metade dos membros do Governo professem a religião de Estado, uma imposição bizarra num país em que desde 1964 uma emenda à Constituição permite a todos os habitantes o direito de praticar a sua religião ou não religião livremente.

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