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Iraque – Violência religiosa

Se, cada vez que morre um iraquiano, vítima da violência sectária, pensássemos no carácter pacífico das religiões, detestaríamos Deus e os seus prosélitos.

Os iraquianos que sucumbem na orgia de sangue, que o tribalismo e a fé se encarregam de levar a cabo, lembram aos agressores o maior erro histórico deste século, mas ilustram a crueldade que só Deus pode.

Quando as rivalidades étnicas entre xiitas e sunitas atingem uma violência intolerável, a que ninguém consegue pôr cobro, vêm à memória as guerras religiosas entre católicos e protestantes que dilaceraram a Europa.

Então era a obediência ao Papa que estava em jogo, misturada com um negócio de indulgências, hoje é o ajuste de contas por umas divergências antigas sobre Maomé, com um genro de permeio.

Os sunitas ganham o Paraíso a matar xiitas, estes têm acesso a matar aqueles. Se vissem o estado lastimável em que chegam, desistiam das 70 virgens que julgam à espera!

Talvez por isso as virgens que aguardam os dementes da fé permaneçam eternamente virgens.

Perfil de Autor

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- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa

- Sócio fundador da Associação República e laicidade;

- Sócio da Associação 25 de Abril

- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;

- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida

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- Colaborador do Jornal do Fundão;

- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»

- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:

- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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