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Outra guerra dos cartoons?

Um grupo intitulado «Defending Denmark» infiltrou a juventude do partido Danish People’s Party para «documentar as suas associações de extrema-direita». Uma dessas documentações foi um vídeo filmado no campo de Verão da juventude partidária e mostrava um concurso de «desenho» em que os jovens se entretiveram a desenhar cartoons de Maomé, entre outros cartoons alusivos ao terrorismo islâmico.

O filme foi colocado no Youtube (agora retirado) e depois transmitido em dois canais da televisão dinamarquesa.

O primeiro ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que os excertos do vído transmitidos o foram não para «provocar os muçulmanos mas sim para ilustrar o assunto».

Esta explicação não obstou a que o Irão e a Irmandade Muçulmana, mais uma vez confundindo as acções de alguns com uma posição oficial, reagissem contra o sucedido ululando que os cartoons são insultuosos ao Islão e um grupo militante em Gaza ameaçasse os dinamarqueses que se encontram na Palestina. Os governos iraniano e indonésio exigiram explicações aos respectivos embaixadores dinamarqueses. A maioria dos deputados iranianos pediu ao presidente Ahmadinejad para suspender as relações diplomáticas com a Dinamarca.

Ontem a embaixada da Dinamarca em Teerão foi atacada com cocktails molotov e encontra-se temporariamente encerrada.

O governo dinamarquês, entretanto, avisou os seus cidadãos para não visitarem alguns países muçulmanos e espera o conteúdo das orações de sexta-feira para ver se o incidente vai acender outra guerra dos cartoons.

O ministro dos negócios estrangeiros, Per Stig Moller, afirmou numa conferência de imprensa que:

«Nós vamos esperar pelas orações de sexta-feira (no mundo muçulmano) e se nada acontecer talvez este assunto seja ultrapassado».

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