A asneira de Ratzinger (telegraficamente)
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Por princípio, defendo a liberdade de expressão até para os que não me reconhecem esse direito, como é o caso de Joseph Ratzinger.
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Não sei se a já famosa passagem bizantina sobre o Islão foi inserida como uma provocação calculada, ou se foi uma amostra da insensibilidade papal. Inclino-me para a segunda hipótese.
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As reacções violentas das organizações islamistas legais (Irmandade Muçulmana, Jamaat-e-islami) indiciaram aquilo mesmo que pretendiam desmentir: que o Islão não inculca a contenção e a tolerância pelos erros e pelas provocações.
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Nada disto aconteceria com Karol Wojtyla, que era um diplomata prudente e um entusiasta do diálogo inter-religioso.
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A violência actual poderia ter sido evitada se B16 tivesse mencionado a violência pretérita da sua igreja.
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Provocação ou erro, Ratzinger recuou. Não haverá ninguém, entre os que o imaginam líder de cruzada, que lhe chame «islamófilo» ou «Chamberlain»?