Ratzinger despede o evolucionista George Coyne
O jesuíta George Coyne, director do observatório do Vaticano, foi demitido por Bento XVI que o substitui no seu posto pelo argentino Jose Funes.
A demissão de Coyne, um cientista de facto, era algo que eu já esperava há quasi um ano. Mais concretamente desde as primeiras posições públicas de Coyne sobre o Desenho Inteligente coincidentes com a sua dissensão com o bispo de Viena. De facto, Coyne foi muito vocal contra as declarações do bispo Christoph Schönborn. Schönborn, que não só se doutorou com Ratzinger como fez um post-doc com ele, um dos autores do actual catecismo e uma figura muito influente na hierarquia católica, afirmou num artigo no New York Times que a teoria da evolução não é compatível com o catolicismo. Artigo imediatamente contestado por Coyne.
A notícia vem a lume umas escassas duas semanas antes do seminário que Bento XVI conduzirá em Castel Gandolfo, devotado a examinar a teoria da evolução e o seu impacto no catolicismo. O seminário é a última edição do Schulerkreis, um encontro anual de Ratzinger com os seus ex-alunos de doutoramento. Christoph Schönborn não só fará parte do encontro como será um dos principais oradores…
Não é muito complicado prever o que vai sair do seminário… um retorno ao dogmatismo anti-científico e obscurantista indispensável para a recuperação do integrismo católico. Agora sem contestação interna já que a voz mais vocal contra a IDiotia foi silenciada.
Bruce Chapman, o director do Discovery Institute, já manifestou publicamente o seu júbilo pela decisão papal!