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Leitura recomendada

Um artigo absolutamente imperdível no Guardian sobre o cisma anunciado da Igreja Anglicana devido à ordenação de bispos no feminino ou homossexuais. Gosto especialmente da solução do autor, o ateu confesso Simon Jenkins, para acabar com a crise: a abolição dos bispos!

Alguns excertos:

«Como deve um ateísta reagir à última actividade sísmica dentro da Igreja de Inglaterra? Eu debato, tu escolhes argumentos mas os anglicanos têm cismas. (…)

«A fonte de todos estes problemas são os bispos. Os presbiterianos estavam certos. Os Bispos são um pestilência maçadora e burocrática. (…) Na Idade Mádia, em que todos eram supostamente cristãos activos, tinham de suportar 20 bispos, e apenas seis foram adicionados antes da era vitoriana. Em 1845 eram 30; em 1945 o seu número tinha aumentado para 90. Hoje temos 114 bispos e bispos auxiliares. (…) A Igreja Anglicana parece a marinha moderna, com mais almirantes que navios no mar. (…)

Para a maior parte das pessoas, mesmo para muitos anglicanos, isto parece a discussão do sexo dos anjos. A controvérsia acerca de bispos homossexuais ou mulheres é absurda. Que uma instituição do século XXI possa promover trabalhadores não com base no mérito mas com base em discriminação sexual não é matéria de discussão. Esta é uma Igreja em que os membros episcopais compreendem aqueles que apoiam a cadeira eléctica e a tortura militar: certamente que podem abranger a homossexualidade e a emancipação da mulher. (…)

O ateísmo não tem exércitos mas o cristianismo, judaismo, hinduismo e o Islão claramente têm. Nunca uma maior mentira foi dita que aquela que sustém que o Papa não tem divisões [militares].

Este não é o lugar para discutir se a religião promove ou simplesmente reflecte conflitos entre pessoas. É um dado na maioria das guerras modernas e, em muitas, o fundamentalismo e intolerância religiosos exacerbam em vez de diminuirem a ferocidade do conflito.»

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