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Mês: Junho 2006

6 de Junho, 2006 Carlos Esperança

Nova Igreja da Santíssima Trindade

O negócio de Fátima através dos números

1. Custo: > 50 milhões de euros;

2. 9 mil lugares sentados;

3. Ar condicionado;

4. Lagos artificiais (aquele número do divino mestre a caminhar sobre as águas voltará a ser possível, ali);

5. 48 confessionários (será que o pessoal anda a pecar demasiado, ou prevê-se aumento do número de pecadores e dos pecados per capita, ajustando-se já a oferta à procura?).

6. 16 dos 48 confessionários são para estrangeiros;

7. Em redor serão plantadas oliveiras e colocadas estátuas: bispo José Alves Correia da Silva, e S. Santidades Pio XII e JP 2 (porque não Paulo VI? Algum ajuste de contas?).

Fonte: Diário de Leiria, cortesia de M. P. M.

6 de Junho, 2006 Palmira Silva

Os mitos do criacionismo cristão: Génese


Stairway To Heaven, Led Zepellin Escute Windows Media (clique na imagem para ouvir), em que supostamente o número 666 aparece como parte do «significado oculto» de duas das estrofes.

As influências exógenas de outras religiões na mitologia cristã são evidentes um pouco por toda a palavra «revelada». Nomeadamente no dia de hoje, em que os mais supersticiosos veêm augúrios apocalípticos, recordo que todas as mitologias retratam frequentemente o fim do mundo como uma grande destruição, de natureza bélica ou cósmica. Antes da destruição, surge um messias («ungido») ou salvador, que resgata os eleitos de Deus. Esse salvador pode ser o próprio ancestral do povo ou fundador da religião, que empreende uma batalha final contra as forças do mal e, após a vitória, inaugura um novo estágio da criação, um novo céu e uma nova terra.

Os mitos da destruição escatológica, abundantes e associados normalmente a ciclos de destruição-criação em outras religiões, manifestaram-se tardiamente na literatura apocalíptica judaico-cristã, que floresceu entre os séculos II a.C. e II d.C., com o zénite nos delírios do livro do Apocalipse.

Exemplo típico de um mito de destruição (embora não do fim dos tempos) são as grandes inundações. É bastante conhecido o episódio do Antigo Testamento que descreve um dilúvio e o apresenta como castigo de Deus à humanidade. Esse tema tem origens nos mitos mesopotâmicos, aliás é uma cópia integral desta mitologia. Depois de inúmeras tentativas para silenciar um povo ruidoso, desagradável aos ouvidos divinos, com pragas, secas e infertilidade, o deus Enlil lançou um dilúvio sobre a Terra. Somente sobreviveram a família e os animais do sábio Atrahasis.

De igual forma, o mito cristão da criação (indissociável dos mitos de destruição, morte e ressureição, o ciclo da vida na Terra) expresso no Génesis, recheado de alegorias decalcadas do Enuma elish, escrito 2000 anos antes da invenção do cristianismo, é um bom exemplo da forte influência mesopotâmica na mitologia judaico-cristã.

Numa altura em que criacionismos sortidos tentam recuperar para a religião a primazia perdida na explicação do mundo, importa explicar que, para palavra «revelada», a Bíblia revela claramente a sua origem humana (e humanos «reveladores» não especialmente imaginativos, já que copiaram, integralmente ou com poucas modificações, mitologias sortidas).

Segundo a Bíblia, com recurso a alegorias de clara inspiração babilónica, Deus criou o mundo a partir do caos, da escuridão, do abismo: os dois primeiros versículos bíblicos dizem que Deus criou o céu e a terra, e que a terra era um vazio informe, o tohu vabohu do texto hebraico.

A influência grega na génese da mitologia cristã da Criação pode ser encontrada nos versos 115 a 125 da Teogonia, em que Hesíodo (sécs. VIII-VII a. C.) pede às Musas que lhe contem o que existiu antes de tudo, deuses inclusive: «Em primeiro lugar – diz Hesíodo – existiu, realmente, o Caos». Seguiu-se-lhe Gaia, «a de amplos seios», e «do Caos nascerem Erebo e a negra Noite». Como «fruto dos amores destes dois, nasceram Éter e Hemera [Dia]».

Não podia deixar de referir o meu filósofo favorito, Epicurus, (341-270 a. C.), divulgado pelo epicurista Titus Lucrecius Carus (98-55 a.C.) no seu poema De Rerum Natura (A Natureza das Coisas). É interessante notar que o aforismo ex nihilo nihil fit (do nada, nada se faz) que resume a posição epicurista sobre a origem do Universo permanece actual. Aforismo inspirado numa das Sátiras (III, 24) do poeta estóico Pérsio (séc. I d. C.) e que significa simplesmente que nada é criado, tudo se transforma. A primeira formulação do que hoje apelidamos Lei de Lavoisier: na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

A convicção cristã de que Deus teria realmente criado o mundo a partir «de nada», a famosa creatio ex nihilo estabeleceu-se e progrediu sobretudo no século II d. C., assente nas teses do (gnóstico) Basilides (início século II) e do apologista (São) Justino (início século II).

Mas o grande «teórico» e divulgador da creatio ex nihilo foi o infelizmente ainda hoje grande teólogo do cristianismo, Agostinho de Hipona (354-430), que, para combater as concepções emanistas do neoplatonismo, sustentou que o Universo foi criado por Deus a partir de nada. Ele defende esta ideia nomeadamente no seu livro De natura boni – onde tenta demonstrar que o mal é a privação do bem, todas as coisas criadas por Deus são boas em essência – em que explica que o nihil do qual Deus criou o Cosmos não é qualquer espécie de matéria ou caos preexistente, mas que a expressão ex nihilo, «do nada», significa apenas «não de algo».

5 de Junho, 2006 Carlos Esperança

666 – A besta do Apocalipse

Hoje, 6-6-6, é um dia de ansiedade para todos os que a religião embruteceu.

A superstição e o medo estão na origem da fé.

5 de Junho, 2006 Palmira Silva

Fundamentalismo hindu

Bharath Mata (Mãe Índia), um quadro «herege» de Maqbool Fida Husain muito protestado

Os quadros de Maqbool Fida Husain, o mais reputado pintor indiano, considerado o Picasso deste país pela Forbes e fundador do Progressive Artists’ Group, são acusados por fundamentalistas hindus de denegrirem o hinduismo pelo facto de retratarem deuses e deusas do panteão hindu em nudez integral e poses eróticas. O fundamentalismo hindu não difere dos seus congéneres das religiões do livro, embora com menor divulgação no Ocidente e poucos seguidores, algo que enfurece os ditos fanáticos que se afadigam em trazer para a ribalta a intolerância da sua religião. Como se lamentou Vyankatesh Abdeo, o secretário-geral do partido de linha dura hindu Vishwa Hindu Parishad, que encenou uma série de protestos, sem grande adesão, em relação aos quadros do pintor (cuja cabeça já foi posta a prémio) que pretende ver na cadeia pela «blasfémia»:

«Apenas porque existe um cartoon do profeta Maomé, todo o mundo muçulmano protesta».

Em Inglaterra, o suposto ultrage destes fundamentalistas e as ameaças que produziram surtiram efeito e através dos grupos Fórum Hindu de Inglaterra e Hindu Human Rights conseguiram, como já indicou o Ricardo, cancelar uma exposição do referido pintor na Asia House Gallery em Londres (depois de destruirem dois dos quadros expostos).

Quarenta e dois académicos asiáticos, pertencentes à organização laica Awaaz – South Asia Watch, «uma rede secular baseada no Reino Unido que congrega organizações e indíviduos dedicados a acompanhar e combater o ódio religioso na Ásia do Sul e no Reino Unido», publicaram uma carta no Guardian pedindo a reabertura da exibição de Husain e condenando em termos veementes os fundamentalistas hindus britânicos:

«O Fórum Hindu de Inglaterra e o Hindu Human Rights acusam a Asia House de não os ‘consultar’ antes de montar a exposição. Consultas não deveriam ser um requerimento para a expressão artística. Estes grupos não foram eleitos, não são conhecidos por consultarem democraticamente a comunidade antes de exercerem pressão em outros em nome do hinduismo. As suas acções não seriam sancionadas pela maioria dos hindus. A tradição hindu tem uma história extensa de diversas representações das suas divindades, incluindo imagens nuas e eróticas de deuses e deusas. O hinduismo nunca teve o conceito de censura que estes grupos autoritários gostariam de promover. Nós pedimos à Asia House para reabrir a exposição – fazendo-o honrará as ricas e diversas tradições do hinduismo e da Índia».

Já anteriormente Lord Meghnad Desai tinha condenado, em outra carta ao Guardian, os grupos fundamentalistas. Carta a que o grupo de «tradicionalistas» hindus respondeu (aliás quasi uma réplica da carta que enviaram à New Humanist) afirmando que afinal as suas alegações iniciais de que era a nudez das divindades retratadas que os ofendia estavam erradas (isto é, eram patéticas de tão absurdas).

Afinal não é a nudez das deusas em poses sexuais, algo que Lord Desai tinha apontado ser frequente em templos hindus, que os ofende mas sim o facto de estas estarem envolvidas em «actos bestiais», isto é, sexo com animais. O que é obviamente falso, como quem quiser pode comprovar e apreciar os arrobos de imaginação (delirante) necessários para ver nos quadros «hereges» do muçulmano Husain a bestialidade que tanto «indigna» os fundamentalistas hindus!

De qualquer forma, considerando que os clérigos hindus casam frequentemente não só animais entre si mas também jovens raparigas com animais sortidos, desde cães a cobras, diria que se percebem as leituras delirantes dos devotos hindus…

4 de Junho, 2006 Carlos Esperança

A excisão genital e a fé

A mutilação genital feminina não é apenas uma crueldade inqualificável, é uma mistura de religião e tribalismo, um acto de demência religiosa que vê no prazer da mulher uma fonte de imoralidade.

No cristianismo a sexualidade feminina é uma abominação que Agostinho condenou quando a idade e o múnus o fizeram o casto. No islão é uma ofensa ao profeta, que os mullahs vigiam, e um perigo que as teocracias se encarregam de erradicar.

No mundo árabe, onde a Idade Média floresce nas teocracias que embrutecem e constrangem socialmente, todas as sevícias e actos de crueldade contra a mulher são formas de perpetuação do poder clerical e do carácter misógino do Corão.

Nos países cristãos a mesma demência, contida pelo carácter secular, é uma constante herdada da cultura judaico-cristã, uma obsessão do clero e um desatino dos mais retrógrados dirigentes.

Nos EUA o presidente Bush, em demência homofóbica, quer a revisão da Constituição para que os casamentos homossexuais sejam interditos.

Do Vaticano, a última teocracia europeia, o ditador vitalício ordena aos sicários que lhe servem de correia de transmissão, que defendam a ortodoxia bíblica, que se oponham à emancipação da mulher e lhe reprimam a sexualidade, numa cruzada pela castidade e por aquilo que designam de bons costumes.

A ICAR leva o caos e a chantagem a qualquer lugar onde os direitos humanos sejam interpretados de igual forma para ambos os sexos. Nem o passado obsceno que guardam os muros do Vaticano morigeram o Papa.

4 de Junho, 2006 Palmira Silva

Código da Vinci: never ending story

«O Código da Vinci» foi proibido em mais dois Estados indianos, Andhra Pradesh e Meghalaya, elevando-se assim para 7 o número de Estados na Índia onde não é possível ver o filme. A estes estados juntam-se o Punjab, Nagaland, Tamil Nadu, Pondicherry e Goa.

Em Goa, as ameaças dos grupos católicos locais do recurso à força, isto é violência, para evitar que o filme fosse visto, pouparam o governo local às decisões indigentes e cobardes dos seus congéneres de Andhra Pradesh, que confessaram ter imposto a proibição com medo das represálias católicas. De facto, a distribuidora retirou o filme. Em Bombaim (Mumbai), o Comissário da polícia local viu-se obrigado a medidas extraordinárias de segurança em torno dos cinemas que exibem o filme para evitar a fúria dos (poucos mas aguerridos) católicos locais.

Também no Paquistão o filme foi proibido, por pressão não só da minoria cristã como da maioria muçulmana do país. Como já referi, o perigo do filme para os dignitários cristãos e muçulmanos reside especialmente no facto de o livro levantar questões, ou antes, sugerir blasfémias execradas por estas religiões misóginas, sobre o papel das mulheres nas respectivas religiões. E especialmente por não só sugerir que a misoginia das três religiões do livro se revela na sua abominação da sexualidade, com especial ênfase na feminina que é dever dos «santos» das 3 religiões reprimir, como sugere que o pecado original nos moldes que hoje é entendido foi uma congeminação da Igreja para destruir o «sagrado feminino» e justificar a subjugação da mulher.

4 de Junho, 2006 Carlos Esperança

Laura VanRyn e a eficácia da oração

Durante cinco semanas – diz o Diário de Notícia de ontem (sítio indisponível) – os pais de Laura, profundamente religiosos, viveram «um misto de angústia e de esperança» enquanto durou o estado comatoso da filha, gravemente ferida num acidente de viação.

Estiveram noite e dia à cabeceira e, quando viram a jovem a sair de coma «deram graças a Deus».

Estranharam, à medida que ela recuperava a consciência, ouvir-lhe coisas incoerentes, como assinalaram no blog Laura VanRyn que propositadamente criaram.

As orações e os louvores a Deus tinham sido por uma colega da filha morta. No mesmo acidente Whitney Cerac, uma colega de 18 anos, com semelhanças físicas evidentes, era a paciente que recuperava do estado de coma.

O trágico equívoco fez explodir de alegria a família da sobrevivente, considerada morta, enquanto os infelizes pais reconheciam o capricho trágico da sorte que os iludiu durante cinco semanas.

4 de Junho, 2006 Palmira Silva

Um alibi do outro mundo

Um dos nossos leitores brasileiros informou-nos de um caso absurdo que ocorreu na cidade gaúcha de Viamão em que uma mulher foi inocentada da acusação de mandante de um assassínio que sob ela pendia, através de … cartas psicografadas!

Aparentemente a justiça brasileira reconhece as palermices sortidas do espiritismo e cartas psicografadas servem de prova nos tribunais brasileiros, o primeiro caso ocorrido em 1979 em que cinco cartas psicografadas inocentaram um homem acusado de assassínio: «pela primeira vez em toda a história jurídica do mundo, um juiz de Direito apoia sua decisão em uma mensagem vinda do Além». (Diário da Noite de 10.09.79, pág. 13).

A psicografia é descrita como integrando a apelidada pomposamente de «sematologia espírita» pelo fundador e codificador daquela que é hoje em dia uma religião com implantação crescente no Brasil – país em que co-habita inesperadamente com o cristianismo – Hippolite Léon Denizard Rivail aka Allan Kardec, nome assumido pelo fundador do espiritismo após o espírito Z o ter «informado» que esse era o seu nome no tempo dos druidas (gauleses).

Segundo Kardec, num artigo na Revista Espírita de Janeiro de 1858, a psicografia ou escrita automática divide-se em directa e indirecta consoante a fraude prosa ditada «do Além» é transcrita directa ou indirectamente pelo médium.

O psicógrafo mais famoso no Brasil e quiçá no mundo é Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) que para além das cartas psicografadas na origem da primeira absolvição do outro mundo, supostamente psicografou mais de 400 livros, incluindo textos (e poemas) de João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro.

Xico Vavier doou os lucros da sua profícua prosa «psicografada» à Federação Espírita Brasileira (FEB). Ambos ganharam notoriedade e manchetes dos jornais brasileiros quando 3 meses após a morte de Humberto Campos, a 5 de Dezembro de 1934, Chico Xavier começou a debitar crónicas do outro mundo do falecido. Manchetes redobradas quando em 1944 a viúva e os 3 filhos de Humberto Campos, moveram uma acção judicial contra a FEB, em relação aos direitos de autor sobre as obras psicografadas.

A psicógrafa que mais lucrou com prosa do outro mundo é a «médium» Zibia Gasparetto, uma escritora sem sucesso de policiais à la Agatha Christie até a inspiração espírita a ter catapultado para os tops de venda. Zibia montou por ordem do «outro mundo» um império editorial que atende pelo nome de Vida & Consciência.

Sobre a psicografia partilho da opinião de Agripino Grieco, crítico literário, que falava sobre textos psicografados atribuídos a autores famosos: «A psicografia é a prova cabal de que a morte faz muito mal ao estilo de um autor».

Como confirmação deixo para apreciação um texto do sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987) e uma passagem de um conto supostamente ditado pelo seu espírito a Zibia Gasparetto.

«O ambiente em que começou a vida brasileira foi de quase intoxicação sexual. O europeu saltava em terra escorregando em índia nua; os próprios padres da Companhia de Jesus precisavam descer com cuidado, senão atolavam o pé em carne. Muitos clérigos deixaram-se contaminar pela devassidão. As mulheres eram as primeiras a se entregar aos brancos, as mais ardentes indo esfregar-se nas pernas desses que supunham deuses.»
Casa Grande & Senzala

«Irene olhou o relógio e suspirou angustiada. Faltavam dez para as oito. Armando saíra com amigos. Olhou-se no espelho mais uma vez. Como gostaria de ser linda, elegante, maravilhosa, para poder vingar-se dele naquela hora. Para ver em seus olhos o arrependimento por havê-la perdido! Mas ela não se achava bonita. Seus amigos diziam, era sempre muito requisitada pelos homens, mas era porque ela era independente, bem na vida, e indiferente.»
O Encontro, conto de Gilberto Freyre psicografado por Zibia Gasparetto em 1995.

3 de Junho, 2006 Carlos Esperança

As religiões e a liberdade

Os estados industrializados exportam mercadorias, os totalitários ideologia.

O Irão desenvolve a bomba atómica, quer erradicar Israel e curvar o mundo a Maomé.

A Arábia Saudita usa as divisa do petróleo para divulgar o Corão e sustentar os mullahs que deviam estar no manicómio e se encontram, sem tratamento, à frente das mesquitas.

O Vaticano exporta moral e escândalos, impondo a primeira e escondendo os segundos.

Os protestantes evangélicos exigem o ensino do criacionismo e a guerra em defesa da bíblia e na promoção do seu Deus.

Os cristãos ortodoxos agarram-se aos Estados como as lapas à rocha e não prescindem dos privilégios que ao longo dos tempos conquistaram.

Todas as religiões pretendem o monopólio porque – dizem -, há um só Deus verdadeiro. A teocracia é para as religiões o modelo de Estado ideal , condescendendo estas que o Estado seja laico desde que se submeta à vontade do Deus de cada uma.

É neste caldo de cultura que os homens e mulheres livres têm de impor a Deus os princípios democráticos e ao clero o respeito das leis que os povos livremente decidem.

Deus pode ser uma ideia tolerável, como as fadas e os duendes, se não interferir com a vontade dos povos e os ideais de liberdade que se devem ao secularismo e à laicidade.

O ódio do clero à liberdade, em qualquer religião, rivaliza com a embirração de Maomé com a carne de porco.