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Mês: Junho 2006

16 de Junho, 2006 Palmira Silva

Religião e obscurantismo: um esclarecimento

Estátua de Giordano Bruno no Campo dei Fiori (Roma) erigida no local onde este foi queimado vivo pela Igreja Católica em 17 de Fevereiro de 1600. O cardeal Bellarmino, que ordenou a morte de Bruno, ornamenta o panteão de santinhos católicos pela mão de Pio XI. O epicurista Bruno, para além de atomista, mantinha que o Universo era infinito.

O post do João Vasco sobre a objecção do finado Papa a que se estudasse a origem do Universo, relatada por Stephen Hawking no seu best seller «A Brief History of Time» (página 116 da edição inglesa) deu origem às expectáveis (e habituais) reacções dos beatos que frequentam estas páginas. Que, nomeadamente, ulularam ser esta uma infame mentira, uma calúnia a um «santo» homem que já cá não estava para se defender.

Acusações perfeitamente infundadas já que o livro é um recorde de vendas há quasi 20 anos e nunca foi refutado o que Hawking relata: que após a conferência os participantes foram «homenageados» com uma audiência com o Papa, em que este lhes disse estarem à vontade para estudar a evolução do Universo após o Big Bang mas não deveriam debruçar-se sobre o o Big Bang em si uma vez que este era o momento da Criação e como tal o «trabalho» de Deus.

Para os que, falaciosamente, querem que as afirmações de Hawking sejam confirmadas no discurso proferido pelo Papa a 3 de Outubro de 1981 na Pontifícia Academia de Ciências que antecedeu a audiência privada relembro que se trata de uma audiência (mais ou menos) privada. Mas Hawking desde essa altura que, para além de a relatar no livro, conta a história dessa audiência nas muitas conferências que dá em todo o mundo. O episódio é ainda relatado no filme de 1992 com o nome do best-seller de Hawking. Parecer-me-ia estranho que dada a recorrência com que o episódio vem a lume ainda ninguém que tenha estado na audiência o tivesse denunciado como empolado ou distorcido.

De qualquer forma, o próprio discurso do Papa deixa antever que o que Hawking relata é plausível uma vez que João Paullo II, para além de elogios ao pensamento sobre o tema de Pio XII, o Papa do Holocausto, adverte os físicos presentes de que não podem investigar as origens do Universo porque essa é competência exclusiva dos teólogos:

«Qualquer hipótese científica sobre a origem do Mundo (…) deixa em aberto a questão que concerne ao princípio do Universo. A ciência não pode resolver sózinha este problema: aqui é necessário aquele conhecimento humano que se ergue acima da física e da astrofísica e que se chama metafísica; aqui é necessário acima de tudo o conhecimento que vem da revelação de Deus.»

Para além do mais o que Hawking relata é perfeitamente concordante com o que o finado Papa debitou sobre ciência, por exemplo, na mensagem enviada por João Paulo II aos Membros da Pontifícia Academia das Ciências reunidos no Vaticano de 22 a 26 de Outubro de 1996 em Sessão Plenária dedicada aos temas: «As origens e a primeira evolução da vida», e «Reflexão sobre a ciência no alvorecer do terceiro Milénio».

Discurso esse que merece per se uma análise detalhada que se seguirá durante este fim de semana, conjugada com a opinião do actual Papa sobre as ciências biológicas em geral e a evolução em particular.

15 de Junho, 2006 Carlos Esperança

Um feriado bizarro

Hoje é dia da festa do corpo de Deus. Que os créus gozem o corpo são os votos de ateu inveterado que sabe que há corpos mais apetitosos e melhor conservados.

Não sei se se deve à eucaristia e à propensão teofágica dos avençados do divino o duplo sentido da palavra «comer» quando se refere a corpos, excluídos, por desuso, os hábitos antropofágicos.

Seguramente, por mais devoção que os crentes sintam, não lhes apraz percorrer o corpo de Deus em místico delírio, num turbilhão de emoções, num percurso onde se misturam fluidos e se esbate a loucura da paixão.

Só Teresa de Ávila, que a ICAR, na dúvida entre a excitação erótica e a paixão mística, elevou aos altares, terá sentido o prazer de devorar um corpo que imaginava, de afagá-lo com sofreguidão e entrar em êxtase.

Na excitação era o filho que via e não o pai ou o Espírito Santo. Era ao jovem de tanga que arrancava os cravos e descia da cruz para se aquecer nas noites frias do convento e saciar-se na solidão da cela.

A imaginação prodigiosa da ICAR há-de levá-la a propor um feriado para a festa do santo prepúcio ou, na loucura da devoção mariana, umas santas férias para o bendito hímen que resistiu ao parto.

Hoje, no Porto, a procissão do Corpo de Deus vai obrigar a cortes de trânsito em várias artérias da Baixa, a partir das 16H30. Se fosse a procissão do Corpo de Claudia Schiffer era maior a festa e a cidade inteira que ficava intransitável.

15 de Junho, 2006 Palmira Silva

Uma receita para o desastre

quasi um ano relatei como o fundamentalismo cristão e a sua aversão ao uso de preservativos como medida profiláctica no combate à SIDA estavam a ser desastrosos para o Uganda, até à interferência dos fundamentalistas cristãos um exemplo de sucesso no combate à disseminação do HIV. Graças ao programa ABC (abstem-te, sê fiel e, se não seguires as duas primeiras, usa preservativo) as taxas de infecção baixaram de cerca de 30% nos anos 80 para cerca de 5% no início do século XXI. O programa ABC assentava primariamente em informação e todas as estações de rádio ugandesas, com muitos protestos por parte dos moralistas religiosos, se envolveram na difícil tarefa de informar a população sobre a doença, como prevenir e como usar correctamente preservativos. Um trabalho importante foi desenvolvido localmente por grupos de pessoas infectadas com o vírus que andam de aldeia em aldeia em campanhas de informação e prevenção.

Os moralistas religiosos, nomeadamente na Casa Branca, usaram falaciosamente os excelentes resultados ugandeses no combate à SIDA assumindo que apenas o A&B (abstinência e fidelidade) do programa era seguido. O que está longe da realidade! E o piedoso G.W. Bush conseguiu que fosse aprovado um plano de combate à SIDA no continente africano em que os programas exclusivamente A&B recebem a fatia grande do orçamento. Pondo em perigo o combate à disseminação deste flagelo.

O gabinete da primeira dama do Uganda, a senhora Museveni, é o principal destinatário da «generosa» ajuda financeira norte-americana no suposto combate à SIDA. E a receita de sucesso do Uganda transformou-se numa receita de desastre quando a informação à população, nomeadamente às faixas etárias mais baixas, degenerou numa campanha cristã de promoção da abstinência. Em que abundaram orgias ululantes de fé organizadas por várias igrejas e movimentos como o americano «True Love Waits», destinadas a promover a abstinência e o sexo só depois do casamento. Orgias de fé que, como é habitual nos fanáticos cristãos, difundiam desinformação e mentiras óbvias como «Os preservativos são completamente ineficientes».

E os resultados da campanha de abstinência prodigamente financiada pelos Estados Unidos, mil milhões de dólares, foram recentemente anunciados pelo comissário ugandês para a SIDA num discurso público em 18 de Maio último. Kihumuro Apuuli anunciou que nos últimos dois anos as infecções com o vírus HIV quasi duplicaram no Uganda graças aos esforços empenhados dos fundamentalistas.

Não obstante a constatação prática (e não apenas esta) que as campanhas de abstinência tão do agrado dos fundamentalistas cristãos não funcionam, Bush continuou a apoiar os teocratas americanos na sua assassina campanha contra o uso de preservativos, nomeadamente foram os teocratas os representantes do governo americano numa sessão especial das Nações Unidas devotada ao tema que teve lugar no início de Junho.

Vale a pena ler o artigo da jornalista Esther Kaplan sobre o boicote da administração Bush a esta sessão da ONU sobre SIDA, nomeadamente enviando como delegados, em vez de peritos em saúde pública, «socialites» como Barbara Bush, filha de G.W. Bush, e uma amiga, evangelizadores profissionais e prosélitos da virgindade e abstinência.

14 de Junho, 2006 Ricardo Alves

Derrota judicial para o ateu Michael Newdow

O militante ateísta Michael Newdow sofreu, na segunda-feira, uma pequena derrota judicial: a sua queixa, avançada em Novembro, de que as palavras «In God we trust» não deveriam estar inscritas na moeda dos EUA foi derrotada em tribunal. O juiz alegou que o lema nacional estado-unidense («confiamos em Deus») «é secular» e «não tem impacto teológico ou ritualista».

Trata-se do mesmo ateu que desafiou em tribunal a declaração de lealdade («pledge of allegiance») dos EUA, conforme noticiado aqui no Diário Ateísta em várias ocasiões.

Michael Newdow já anunciou que vai recorrer desta decisão.
14 de Junho, 2006 Carlos Esperança

Bento 16 e o nazismo

Ninguém exigia a uma criança que resistisse ao nazismo. Nem a um adolescente.

Nem todos temos vocação de heróis e, muito menos, a coragem e o discernimento para tomar as opções certas, na altura própria, quando o medo e os constrangimentos sociais bloqueiam a decisão.

A situação era ainda mais difícil para quem acreditava numa religião onde a maioria dos bispos e o próprio Papa eram anti-semitas e simpatizantes ou cúmplices de Hitler.

Eis o azar de Ratzinger, a nódoa que cobriu com a sotaina, a cobardia que adorna com a tiara e disfarça com o camauro e os sapatinhos vermelhos.

É perturbador que, um dia, tenha afirmado que «era impossível ter resistido», quando Willy Brandt, por exemplo, resistiu. Mas, enquanto o futuro chanceler amava a liberdade e sonhava com a democracia, o jovem seminarista gostava de paramentos e ambicionava uma carreira eclesiástica.

O mais inquietante é que o Espírito Santo, um espécime zoológico que vive oculto entre conclaves, onde ilumina o bando de cardeais que designa o Papa, tenha decidido que o adolescente pusilânime era ideal para presidir ao Estado totalitário do Vaticano.

B16 é um digno sucessor de Pio 12 como já o demonstrou no fraterno acolhimento à Sociedade S. Pio X, no poder crescente que concedeu ao Opus Dei e na intromissão nos assuntos internos dos países democráticos.

14 de Junho, 2006 Palmira Silva

Submissão: a sequela


Podem ver aqui o filme «Submissão» (10 minutos), escrito por Ayaan Hirsi Ali. O realizador Theo van Gogh foi assassinado por um fanático islâmico devido a este filme. (Vídeo alojado no Google Video)

A sequela do filme «Submissão 2», escrita igualmente por Ayaan Hirsi Ali será lançado em breve e as autoridades holandesas receiam que tal torne a Holanda um alvo da intolerância e violência dos fundamentalistas islâmicos. O filme critica a posição do islamismo em relação à homossexualidade, exactamente a mesma do cristianismo, a única diferença reside em que na maioria dos países em que o cristianismo é maioritário existe, em menor ou maior grau, separação da Igreja-Estado e a homofobia religiosa não é transcrita na lei. Ou seja, não há apedrejamentos até à morte de «sodomitas».

Na quarta-feira foi publicado um relatório do Coordenador Nacional anti-Terrorismo (Nationaal Coördinator Terrorismebestrijding, NCTb) que avisa para a possibilidade de o filme despoletar uma «guerra» dos cartoons.

Considerando que o filme já foi abordado no 4º Encontro de Parlamentares da Organização da Conferência Islâmica (OIC) em que o seu secretário geral, Ibrahim Auf, foi instado a coordenar uma «reacção necessária» a «mais uma jogada insultuosa contra as sacralidades islâmicas» (neste caso a «sagrada» homofobia) e que a primeira parte do filme foi considerada um insulto ao Islão o alerta do NCTb é mais que fundamentado!

Sabendo ainda que os organizadores da «guerra dos cartoons» já tinham apresentado queixa contra uma emissora pública de televisão dinamarquesa, acusada de incitar ao ódio ao Islão por transmitir o filme «Submissão» podemos esperar que aproveitem a sequela do filme para outra jihad. Especialmente se considerarmos que o guerra dos cartoons foi despoletada pelo dossier Akkari-Laban, co-organizado (com Ahmed Akkari) pelo membro do Conselho Coordenador de Imans europeus Ahmad Abu Laban, com ligações ao grupo egípcio al-Gama’a al-Islamiyya, que por sua tem ligações à rede al-Qaeda, que há meses ameaça (em vão) sair da Dinamarca.

13 de Junho, 2006 Palmira Silva

Mundial proibido em Mogadishu

A guerra civil na Somália, embora intermitente, tem sido uma constante desde 1977. Guerra civil que escalou a partir de 1991 quando foi derrubado o ditador Mohamed Siad Barre, por senhores da guerra tribais que, desde então, têm semeado o terror e a insegurança na Somália na sua luta pelo poder.

As Nações Unidas ajudaram ao estabelecimento de um governo interino há dois anos, mas esse governo situado em Baidoa, a 250 km de Mogadiscío, não conseguiu entrar na capital, devastada por guerras entre senhores da guerra.

Segunda-feira, a União dos Tribunais Islâmicos, UTI, assumiu o controle da capital, expulsando os ditos senhores da guerra que a controlaram nos últimos 15 anos. Os habitantes da capital somali afirmaram-se inicialmente aliviados pela vitória da UTI, que pôs termo a décadas de insegurança e violência.

Mas agora os habitantes de Mogadiscío têm protestado energicamente as decisões dos fundamentalistas islâmicos que, não obstante os insinceros protestos em contrário, pretendem impôr o seu modelo aberrante de sociedade, nomeadamente a Sharia, a todos.

De facto, a milícia islâmica que controla a cidade proibiu a transmissão da Copa do Mundo de futebol, uma imoralidade ocidental. Todas as muitas exibições públicas improvisadas dos jogos de futebol do Mundial (não existe o equivalente à TvCabo na Somália) foram interrompidas à força pelos fanáticos islâmicos, desencandeando uma onda de protestos dos milhares de somalis que pretendem ver os jogos.

«Não permitiremos a exibição do Campeonato do Mundo porque isso corrompe as nossas crianças a quem nos esforçamos por ensinar a via islâmica da vida», declarou Abdul Kadir Ali Omar, vice-presidente da UTI, um grupo suspeito de ligações à Al-Qaeda.

A rota para a talibanização da Somália, análoga à do Afeganistão, parecia-me imparável mas aparentemente o futebol é o único catalizador capaz de despertar os somalis da complacência em relação ao fundamentalismo islâmico!

De facto, em todas as zonas da capital ainda sob o controle dos senhores da guerra os residentes mobilizaram-se para assistir à transmissão dos jogos e fora de Mogadiscío, nomeadamente em Jowhar, o reduto dos senhores da guerra 90 km a norte da capital, a população juntou-se em cinemas públicos para assistir ao Mundial.

«Nós não aceitamos que a milícia islâmica nos impeça de assistir à Copa do Mundo» afirma um residente de Mogadiscío, Ahmed Yusuf, «Continuaremos a manifestar-nos até eles cederem».

«Quando os islamistas assumiram a segurança da nossa cidade pensámos que teríamos liberdade» disse por sua vez Adam Hashi-Ali, um adolescente fã de futebol, «Mas agora eles têm impedido que nós assistamos ao Mundial».

13 de Junho, 2006 pfontela

Ainda o teatro

Tenho recebido uma série de emails de católicos que parecem estar muito zangados comigo por eu não concordar com a sua tentativa de censura da peça «Me Cago en Dios». Devo dizer que quando o Carlos Esperança publicou o seu artigo há uns dias eu nem liguei muito à coisa, não me parecia ser algo especialmente interessante (do ponto de vista da minha sensibilidade estética) e nem pensei mais no assunto. Passado pouco tempo recebo um email indignado com a reacção de vários católicos que exigem que se retire qualquer apoio estatal á peça. As suas razões para isso é que como contribuintes isso lhes seria ofensivo.

Ora como eu lhes respondi mais tarde é realmente verdade que os católicos pagam impostos, mas também é verdade que os ateus também o fazem, os agnósticos também, os anti-clericais também e por aí adiante. Ora sendo esse o caso não me parece muito lógico que um grupo (que está em pé de igualdade legal com os outros) tenha o direito de ditar o que pode ser financiado pelo estado, tornando o aparelho do estado ora numa máquina de propaganda religiosa ora numa máquina de repressão – uma questão diferente, muito pertinente, é saber que as criações artísticas, independentemente da sua natureza, devem ser subsidiadas, mas a questão aqui e agora não é essa.

Acho também do mais vergonhoso possível que meia dúzia de cristãos ultra conservadores montem uma cruzada contra uma peça de teatro e insinuem que falem em nome de tudo quanto é cidadão que no censo de população pôs uma cruzinha no quadrado que indica “católico” (a chamada orientação espiritual…). Quando a maioria de tais pessoas está ligada ao catolicismo de forma puramente nominal, sem conhecer o mais básico conjunto de princípios da “sua” fé, sem prestar qualquer atenção às alarvidades sem ética que emanam do Vaticano e cuja soma de participação na organização Igreja Católica é a organização de um casamento para a família ver (são os chamados cristãos folclóricos).

Esta negação do mais básico princípio de igualdade perante as opiniões quanto à natureza dos conceitos deus e religião mostra que existe um subgrupo católico que não assimilou bem que os tempos mudaram um bocado, que o estado não os vai tratar como delicadas flores de estufa, atropelando os direitos de todos os outros cidadãos em nome da sensibilidade religiosa que se recusa a aceitar que não tem direito a uma protecção especial.

12 de Junho, 2006 Carlos Esperança

O corpo de Deus

A próxima quinta-feira é feriado nacional. Comemora-se o a Festa do Corpo de Deus, ou seja, os crentes e os outros aproveitam o dia de praia, quiçá uma «ponte», para umas mini-férias, se o tempo ajudar.

Mas que vem a ser isso do corpo de Deus? Algo com esqueleto, músculos e órgãos, um conjunto de aparelhos capazes de desempenhar funções, desde a digestão, sem eructações nem ventosidades estrepitosas, até à reprodução pelo método tradicional?

Ou é uma invenção da Igreja católica para marcar a agenda de trabalho dos cidadãos?

Para a ICAR Deus é um ser incorpóreo, umas vezes, e um duplicado do próprio homem quando lhe convém.

A Igreja é como os animais que marcam o terreno com os dejectos. Umas vezes planta capelas no alto dos montes, outras erige cruzes a esmo e nichos de santos nas esquinas. Confisca a toponímia para divulgar taumaturgos desde as ruas aos hospitais, passando pela divisão administrativa do País.

Quando pode, lá constrói mais uma igreja. Sempre que coloca beatos no aparelho de Estado lá sai um santo para nome de ponte ou para patrono de uma escola.

Com tanta apetência para confiscar em seu proveito o espaço que é de todos, não admira que, cada vez mais, as pessoas se afastem da Igreja e expulsem Deus do seu convívio para poderem respirar.