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O Cardeal Heil Hitler

Mal as forças alemãs marcharam sobre Viena em Março de 1938, no início do Anschluss, o Cardeal Theodore Innitzer, arcebispo de Viena, entrou em contacto com Hitler. Três dias depois envia instruções aos seus subordinados: «Os crentes e aqueles que cuidam das suas almas, devem submeter-se incondicionalmente ao Führer e ao grande estado germânico. A batalha histórica contra a ilusão criminosa do bolchevismo e para a segurança da Alemanha, por trabalho e pão, para o poder e honra do Reich e pela unidade da nação germânica, têm manifestamente a bênção da Divina Providência».

Duas semanas depois o episcopado austríaco emite um comunicado de apoio ao plebiscito sobre a incorporação da Aústria no III Reich (que teve o apoio de 99,73% dos votantes) em que se pode ler «No dia do plebiscito é claramente o nosso dever nacional, como alemães, declararmo-nos em favor do Reich germânico, e esperamos igualmente que todos os crentes cristãos percebam correctamente o seu dever para com a nação».

No primeiro de Abril de 1938, a assinatura de Innitzer numa mensagem para o Cardeal Bertram, é precedida por «Und Heil Hitler!», a mesma saudação inscrita na carta dirigida a Gauleiter, Fritz Bürkel, que acompanha a declaração de júbilo dos bispos austríacos pela (próxima) anexação da Áustria. Nesta declaração os bispos reconhecem ainda «com alegria» «que o movimento Nacional Socialista realizou e continua a realizar excelentes resultados na área do desenvolvimento étnico e económico da Alemanha».

Innitzer era conhecido como o Cardeal Heil Hitler.

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