Código da Vinci: never ending story
«O Código da Vinci» foi proibido em mais dois Estados indianos, Andhra Pradesh e Meghalaya, elevando-se assim para 7 o número de Estados na Índia onde não é possível ver o filme. A estes estados juntam-se o Punjab, Nagaland, Tamil Nadu, Pondicherry e Goa.
Em Goa, as ameaças dos grupos católicos locais do recurso à força, isto é violência, para evitar que o filme fosse visto, pouparam o governo local às decisões indigentes e cobardes dos seus congéneres de Andhra Pradesh, que confessaram ter imposto a proibição com medo das represálias católicas. De facto, a distribuidora retirou o filme. Em Bombaim (Mumbai), o Comissário da polícia local viu-se obrigado a medidas extraordinárias de segurança em torno dos cinemas que exibem o filme para evitar a fúria dos (poucos mas aguerridos) católicos locais.
Também no Paquistão o filme foi proibido, por pressão não só da minoria cristã como da maioria muçulmana do país. Como já referi, o perigo do filme para os dignitários cristãos e muçulmanos reside especialmente no facto de o livro levantar questões, ou antes, sugerir blasfémias execradas por estas religiões misóginas, sobre o papel das mulheres nas respectivas religiões. E especialmente por não só sugerir que a misoginia das três religiões do livro se revela na sua abominação da sexualidade, com especial ênfase na feminina que é dever dos «santos» das 3 religiões reprimir, como sugere que o pecado original nos moldes que hoje é entendido foi uma congeminação da Igreja para destruir o «sagrado feminino» e justificar a subjugação da mulher.