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As virtudes do catolicismo liberal

Uma verdadeira cultura política independente e autónoma
Perceber o papel espiritual da Igreja
Tolerância pela liberdade de expressão, mesmo quando envolve crítica à religião
Uso de honestidade intelectual
Não usar a esfera religiosa para poder influenciar a política
Responsabilidade e seriedade dentro da actual situação global

O catolicismo liberal, tal como a ideia de catolicismo moderno, é um conceito sem sentido. A estrutura da igreja não está desenhada para seres humanos autónomos, a lógica que permeia a organização é a de obedecer ou calar. O próprio Ratzinger foi um perito durante os anos que esteve à frente da inquisição reformada em suprimir vozes dissidentes (proibindo a publicação de certos autores ou minando carreiras académicas).

Isto quer dizer que não existem católicos que pensem e sejam sérios no seu civismo? Não. O que quer dizer é que essas pessoas não são muito ortodoxas e com o rumo que as coisas tomam (o regresso ao passado) arriscam-se seriamente a não ter um lugar à mesa. O que espero é que os verdadeiros católicos progressistas (em oposição aos publicistas do “regime”) se apercebam que estão a servir de relações públicas para uma organização que não os representa e que promove activamente a antítese de todos os valores progressistas e liberais.

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