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Evolucionismo: mais um elo encontrado

A revista Nature desta semana dá mais uma machadada nas pretensões neo-criacionistas ou IDiotas dos fundamentalistas cristãos que pretendem que um misterioso «designer», isto é Deus, criou a vida na Terra não exactamente como a conhecemos mas com uma reduzida margem de manobra que contempla apenas a micro-evolução ou evolução dentro de uma espécie.

Os grupos de investigação de Edward Daeschler da Academy of Natural Sciences em Filadélfia, Farish Jenkins da Harvard University e Neil H. Shubin da Universidade de Chicago descrevem em dois artigos a sua descoberta de um fóssil de uma espécie (quasi) tetrápode, a que chamaram Tiktaalik roseae do nome Inuit para um peixe de águas pouco profundas. Este fóssil com 375 milhões de anos foi encontrado nos sedimentos de um antigo leito de um rio, no Ártico canadiano, a cerca de 1000 km do Pólo Norte.

Os cientistas afirmam que esta espécie é um elo na evolução de alguns peixes para animais terrestres. O Tiktaalik apresenta escamas ósseas e barbatanas mas as barbatanas dianteiras estão no processo de transformação em membros; o seu esqueleto interno apresenta a estrutura de um braço, incluindo ombro, cotovelo e pulso com barbatanas em vez de dedos. A equipa procura ainda no local um exemplar mais completo que permita avaliar o parte posterior do esqueleto da espécie.

Esta descoberta está a provocar alguma agitação nas hostes criacionistas americanas, que pretendem falsamente não existirem espécies transicionais. Nomeadamente multiplicam-se em acusações de «cientifismo», disparates sortidos e citações biblícas no post sobre o tema do blog da Nature.

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